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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Tchova e o Burro Sem Rabo - Maputo - Moçambique

Outro aspecto que marcou na viagem que fiz a Moçambique foi o hábito, certamente movido pela necessidade, de transportar todo tipo de coisas em pequenos carros de tração humana, as Tchovas.

De acordo com o Vocabulário de Moçambicanismos de Carlos Alberto Machado, a palavra Tchova é uma expressão irônica em língua changana que significa ”empurra que há-de pegar” e designa um tipo de carrinho puxado ou empurrado à mão, geralmente de duas rodas, e que é usado frequentemente como meio de transporte alternativo de carga a baixo custo.

Como na época morava em Porto Alegre, no extremo sul do Brasil, não estava habituado a esta modalidade de transporte, o quê explica a surpresa. Foi  só em 2009, com a mudança para o Rio de Janeiro que percebi que este hábito havia sido incorporado em algumas regiões do país.

Com relação ao Brasil, cabe destacar que aqui este tipo de prestador de serviço é conhecido como Burro Sem Rabo, em analogia que dispensa explicações. Outra diferença, é que os carrinhos brasileiros apresentam uma diversificação maior de modelos, muitos dos quais otimizados para um tipo específico de carga. Há também a incorporação da bicicleta como forma de aumentar o conforto e diminuir o esforço.

Ecologicamente falando, o uso desta alternativa apresenta enormes vantagens, pois não são poluentes, promovem o exercício físico e não agridem a paisagem. Do ponto de vista econômico, dinamizam um setor popular e que requer baixo investimento e oferecem a população uma alternativa mais acessível em termos de custo do frete.



Família transporta geladeira em uma tchova, em Catembe.
Family carries a refrigerator in a tchova - in Catembe - Mozambique.

Freteiros em busca de fregueses pelas ruas de Maputo.
Freighters in search of customers through the streets of Maputo - Mozambique.


Entrega em domicílio, na Ilha de Paquetá.
Home delivery, on the island of Paqueta - Brazil.



Carregador transporta mercadorias na Feira do Rio Antigo.
Charger carries goods in Rio Antigo Fair - Brazil.

Ambulante oferece sua mercadoria no Aterro do Flamengo.
Street vendor offers its merchandise in Flamengo - Brazil.


Tchova and No Tail Donkey - Maputo - Mozambique

Another aspect that marked me in the trip I took to Mozambique was the habit to transport all sorts of things in human-powered small cars, named Tchovas.

According to the Vocabulary of Moçambicanismos, from Carlos Alberto Machado, the word tchova is an ironic expression in changana language which means "push to get there" and refers to a type of cart pulled or pushed by hand, usually two-wheeled, and which is often used as alternative means of transport load at low cost.
As at in this time I lived in Porto Alegre City, in extreme southern Brazil, I was not accustomed to this mode of transportation, what explains my surprise. It was only in 2009, when I moved to Rio de Janeiro I realized that this habit had been incorporated in some regions of the country.

With respect to Brazil, it is worth noting that this type of service provider is known as Burro Sem Rabo, a joke of words that make sense in portuguese and can be translated like No Tail Donkey. Another difference is that the Brazilian carts have a greater diversification of models, many of which are optimized for a specific type of load. There is also the embodiment of the bicycle as a way to increase comfort and decrease efforts

In terms of ecology, the use of this alternative presents enormous advantages, because they are not pollutants, promote exercises and do not harm the landscape. From the economic point of view, increase a popular industry that requires low investment and offer to the public a more affordable alternative in terms of cost of freight.





quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O sol abriu seu para-sol bordado - Bananal - SP

O sol abençoa a todos com luz e calor, mas as vezes exagera um pouco e o jeito é apelar para a sombrinha para poder cruzar a praça em segurança.



E como não lembrar do poetinha ao ver uma cena como esta?

Mário Quintana

O dia abriu seu pára-sol bordado
de nuvens e de verde ramaria.
E estava até um fumo, que subia,
mi-nu-ci-o-sa-men-te desenhado.

Depois surgiu, no céu arqueado,
a Lua – a Lua! – em pleno meio-dia.
Na rua, um menininho que seguia
parou, ficou a olhá-lo admirado…

Pus meus sapatos na janela alta,
sobre o rebordo… Céu é que lhes falta
pra suportarem a existência rude!

E eles sonham, imóveis, deslumbrados,
que são dois velhos barcos, encalhados
sobre a margem tranquila de um açude…

sábado, 21 de setembro de 2013

Um pouco de tudo - Bananal - São Paulo

Muito antes de surgirem os supermercados e os shoppings, eram os armazéns de secos e molhados que se encarregavam de suprir o básico necessário para o dia-a-dia dos consumidores, então conhecidos como "fregueses".

Apesar de tantas mudanças, na periferia dos grandes centros urbanos e nas cidades do interior o armazém resiste. Com suas prateleiras atulhadas, as sacas de arroz, milho e feijão, o fumo de corda e tantas outras coisas, aguarda que algum fregues apareça para um dedo de prosa e uma compra. E se não tiver dinheiro, não tem problema. Para isto serve a caderneta!

Armazém a moda antiga
Old fashioned warehouse


A bit of everything

Despite the supermarkets, malls and another kind of mega stores, in the countryside of Brazil, warehouses still are an option to the costumers. In a warehouse, you can find more than goods that you need. You can meet friends, drink cachaça and enjoy the life.