60 km de poeira
Eram 08:30 quando os veículos 4x4 contratados pelo pessoal do Namuchila - operadora responsável pela logística do evento - chegaram à pousada para nos levar até o ponto inicial da trilha, localizado a aproximadamente 60 km dali através de uma estrada de chão batido e muita poeira! Na imensidão do Cerrado as estradas não são asfaltadas, as distâncias consideráveis e a poeira uma constante, mas nada que um pouco de espírito de aventura não dê conta. Durante o trajeto aproveitamos para apreciar a exuberância do Cerrado e alguns de seus habitantes locais, como gaviões carcará e seriemas que acompanharam o carro por um tempo.
A trilha
O caminho é bem demarcado e sem obstáculos significativos |
O complexo de Cachoeiras do Rio Prata oferece uma série de atrativos para os amantes da natureza, incluindo a principal queda d'água conhecida como Rei do Prata, corredeiras, um cânion e mirantes com vistas sensacionais.
Esse atrativo está localizado numa propriedade particular - Fazenda Ouro Fino - e é preciso pagar pela entrada. Na ocasião o preço era de R$ 20,00 por pessoa.
O percurso em si é tranquilo, com poucos desníveis significativos. Há três passagens sobre o Rio da Prata e aí vai uma curiosidade: esse rio delimita a fronteira dos Estados de Goiás e Tocantins. Então, em alguns momentos a trilha é feita num Estado e depois no outro!!
Uma das passagens sobre o Rio da Prata |
O caminho estava bem demarcado, sendo que próximo a metade do percurso há uma palhoça que serve como ponto de apoio para os trilheiros. Na ida encontramos alguns funcionários responsáveis pelo monitoramento do local e pela manutenção da via, bem como pelo controle de entrada e saída dos visitantes. Na volta nos deliciamos com uma garrafa térmica com café e cumbucas recheadas de rapadura, goiabada e biscoitos que eles haviam deixado à disposição. Bem próximo desse lugar há um abrigo onde é possível pernoitar e uma área de acampamento.
Ponto de apoio |
Passando esse ponto em direção à cachoeira a paisagem muda significativamente e é possível se ter uma bela visão da Serra Nova Aurora.
A paisagem é deslumbrante |
A Cachoeira Rei do Prata |
Embora a Rei do Prata seja o destino final da trilha é bom lembrar que há outros atrativos bem próximos que podem - e devem! ser visitados, principalmente os mirantes.
Para ver o registro completo da trilha, clique aqui.
Veja outras imagens da Chapada dos Veadeiros em nosso perfil no Instagram @gastandosola.
A turma da expedição fotográfica fazendo o que mais gosta: fotografar!! |
Ficha técnica
Alguns dados | |
Extensão: | 8.800 m |
Saída: | Ponto de acesso pela estrada São José |
Altura máxima: | 980 m acima do nível do mar |
Desnível de subida: | 275 m |
Classificação do percurso de acordo com a NBR 15505-2 |
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Severidade do Meio: | 2 - moderadamente severo |
Orientação no Percurso: | 2 - caminho ou sinalização que indica a continuidade |
Condições do Terreno: | 3 - percurso por trilhas escalonadas ou terrenos irregulares |
Intensidade de Esforço Físico: | 3 - esforço significativo |
Observações:
- Severidade do meio: como todo ambiente natural existe o risco de acidente com animais peçonhentos, por isso é sempre bom ficar atento. A maior parte do trajeto é feita a céu aberto, com alta exposição à radiação solar. Há vários pontos de captação de água corrente e límpida, mas é altamente recomendável o uso de purificadores de água;
- Orientação: o caminho é bem sinalizado e o risco de desorientação é mínimo;
- Terreno: um pouco irregular em alguns trechos, com travessia de rio em vários pontos - inclusive sobre pedras;
- Esforço físico: esteja preparado para percorrer quase nove quilômetros com trechos em ascensão moderada. Faça paradas curtas sempre que necessário, mas não se demore demais no caminho.