sábado, 28 de fevereiro de 2015

Fortaleza de São João da Barra : o Rio começou aqui - Rio de Janeiro - RJ

Este ano o Rio de Janeiro comemora 450 anos de fundação com muita festa e uma programação que deve se estender até 2016. A data escolhida para marcar o aniversário da cidade é uma referência a chegada de Estácio de Sá e seu exército na Baia de Guanabara, os quais aqui chegaram com a missão de expulsar os invasores franceses da colônia portuguesa. Esta história nós contamos no post Cidade Maravilhosa Completa 449 Anos (para rever, clique aqui).

Dizem os historiadores que a praia onde desembarcou Estácio de Sá e sua tropa localiza-se no atual bairro da Urca, mais precisamente no interior da Fortaleza de São João da Barra.


Praia onde desembarcaram Estácio de Sá e seu exército.

Veja estas e outras imagens no álbum Fortaleza de São João da Barra do Rio de Janeiro em nossa página no Facebook.
Hábeis estrategistas, os portugueses souberam escolher uma posição privilegiada que lhes assegurava comandamento sobre a movimentação marítima e ao mesmo tempo fosse naturalmente protegida de uma aproximação por terra. A evolução das técnicas militares tornou obsoleta estas vantagens, mas em compensação hoje se tem um bela vista da cidade.

Baia da Guanabara, vista da área da Fortaleza de São João da Barra.

Eles também perceberam que para manter a posse efetiva da terra era preciso estabelecer ali uma povoação junto as fortificações que estavam sendo erguidas. Dessa decisão histórica nasceu, em 1º de março de 1565, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Com o passar do tempo e o crescimento da população ficou evidente que as características geográficas que permitiam a defesa também inibiam o desenvolvimento da cidade. Assim, o núcleo urbano foi posteriormente transferido para a região do Morro do Castelo.

O sistema de defesa foi gradativamente aprimorado e a fortificação inicial acabou por tornar-se um complexo composto pelos fortes de São Martinho, São Teodósio, São José e São Diogo.

Caminho de acesso à bateria de costa do Forte São José.

Durante o Império a bateria ganhou a conformação atual, com um conjunto de 17 casamatas de pedra lavrada, com 1.40m de espessura, encimado por parapeito de granito e complementado por um grande paiol em forma de abóbada.

Área interna da bateria com acesso as casamatas dos canhões.

Em 1893 a Fortaleza de São João teve um importante papel no combate aos revoltosos que se insurgiram contra o então Presidente Floriano Peixoto no episódio que ficou conhecido como Revolta da Armada (1893-1894).

Canhão Armstrong de 280mm, conhecido como Vovô.

No dia 30 de setembro daquele ano, na eclosão da revolta, a Fortaleza trocou tiros com o encouraçado Aquidabã (capitânea da armada brasileira à época) e os cruzadores Javari e Trajano, tendo o canhão Armstrong de 280 mm (o "Vovô") sido manejado por cadetes da escola Militar da Praia Vermelha.

Atualmente a fortificação perdeu sua função original e passou a sediar o Centro de Capacitação Fìsica do Exército e a Escola Superior de Guerra.

Fortaleza de São João da Barra


Endereço: Av. João Luiz Alves, s/n, Urca - Rio de Janeiro - RJ
A visitação é permitida mediante agendamento prévio.
Contato: (21) 2586-2219

Fonte


BRASIL. EXÉRCITO BRASILEIRO. DIRETORIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DO EXÉRCITO. Fortaleza de São João. Disponível em http://www.dphcex.ensino.eb.br/?page=de_saojoao. Acessado em 27 fev. 2015.

WIKIPÉDIA. Fortaleza de São João. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Fortaleza_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3o. Acessado em 28 fev. 2015.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ipiabas - Barra do Piraí - RJ

Tranquilidade tem se tornado um bem precioso e difícil de encontrar ultimamente. Com o crescimento das cidades, a cada feriado hordas de turistas invadem recantos antes bucólicos e pacíficos, trazendo consigo as mazelas que gostariam de deixar para trás.

Por isso foi com grata satisfação que passamos alguns dias curtindo a paz, o sossego e o clima ameno de Ipiabas, um pequeno distrito do município de Barra do Piraí. E o mais incrível é que este oásis está localizado a apenas duas horas de carro da cidade do Rio de Janeiro.

O centro de Ipiabas é pequeno e pode ser percorrido a pé em bem pouco tempo. Não há muito para ver além da antiga estação da linha férrea e da vila dos ferroviários. Por outro lado, é de fácil acesso e está bem servido pelo comércio local, com farmácias, bares, restaurantes e super-mercado.

Caminhos rurais.

Mas quem vem a Ipiabas não está interessado na parte urbana e sim em seu interior. No passado as fazendas de café prosperavam, deixando casarões que merecem ser visitados. E hoje, como a base econômica do município ainda é o agronegócio, há diversas propriedades rurais espalhadas pela região que ajudam a manter o clima rural da paisagem. Aqui é possível explorar as trilhas em longas caminhadas para apreciar a natureza e avistar uma infinidade de pássaros, com destaque para os tucanos, pica-paus e canários.

Veja estas e outras imagens no álbum Eu Quero Uma Casa no Campo em nossa página no Facebook.

Pica-pau ao amanhecer.

Outra atração importante é a Cachoeira de Ipiabas, formada por duas quedas, uma com 3,5m de altura e a outra com 5m. Estivemos ali no início de fevereiro deste ano, época de estiagem, e o volume de água era impressionante! Apesar da correnteza, havia pequenas piscinas naturais próprias para banho. Infelizmente também havia muita sujeira deixada pelos frequentadores que não se dignam a recolher o lixo que produzem. Outro problema é a falta de sinalização para chegar até a cachoeira. Apesar do acesso ser relativamente fácil, é preciso conhecer o caminho para não se perder nas diversas bifurcações existentes na estradinha de chão batido que leva até ela.

Cachoeira!

O turismo ecológico vem se desenvolvendo aos poucos em Ipiabas, que já conta com uma boa infra-estrutura para receber seus visitantes. No Portal da Prefeitura de Barra do Piraí é possível encontrar uma relação de hotéis e pousadas que atendem a localidade. E ai vai uma dica: Ipiabas fica a 16km de Conservatória, onde os custos de hospedagem são bem maiores. Graças a isto, muitos turistas que se dirigem a Terra da Seresta preferem se hospedar por aqui devido aos preços mais acessíveis.


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Orquestra Voadora : um desfile de virar a cabeça - Rio de Janeiro - RJ

Com 350 músicos, 60 pernaltas, acrobatas e artistas circenses a Orquestra Voadora repetiu o sucesso de anos anteriores, atraindo um público estimado em 90 mil pessoas ao Aterro do Flamengo na terça-feira de Carnaval.

A orquestra, minutos antes de decolar.

Mais que um desfile, foi um espetáculo onde a mistura de ritmos e as evoluções dos malabaristas eram seguidas de perto pela multidão. O repertório incluiu desde as tradicionais marchinhas de carnaval até samba, rock, pop e até mesmo trilhas sonoras de filmes e desenhos animados.

Acrobatas encantaram o público com suas habilidades.

Belezas de outro mundo compareceram à festa.

Com muitas horas de voo livre - tudo começou em 2008 - a Orquestra se caracteriza por apresentar clássicos da música popular brasileira com arranjos inovadores e por congregar no desfile de Carnaval músicos integrantes de outros blocos. Uma mistura que tem se mostrado acertada a julgar pelo grande número de pessoas atraídas por suas apresentações.

Multidão lotou o Aterro do Flamengo para ver e ouvir a Orquestra Voadora.

Veja estas e outras imagens deste desfile-show no álbum Carnaval 2015 - Orquestra Voadora na nossa página no Facebook.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Cachorro Cansado - Rio de Janeiro - RJ

Domingo de Carnaval e a folia correndo solta pela Zona Sul do Rio de Janeiro, sob o comando do bloco mais tradicional e animado do Flamengo: o Cachorro Cansado!

Animação tomou conta do Flamengo!!!

Com 40 anos de experiência em batucada (o grupo desfila desde 1975!), o Cachorro Cansado arregimenta uma matilha de milhares de foliões dispostos a levar sua alegria contagiante da concentração na Praça José de Alencar à Praia de Botafogo sem perder o fôlego.

E o que não falta para este povo é criatividade! Em meio aos tradicionais piratas, fadinhas e chapéus coloridos vão surgindo figuras que desafiam a seriedade de quem não curte Carnaval.

Quem não quer namorar uma miss?!

Numa festa monopolizada pela Ambev, a presença de uma Devassa não passa desapercebida.

Uma devassa no Carnaval da Antártica.

E depois de tanta cerveja é claro que a natureza pede um alívio. Fazer xixi na rua não pode e a fila dos banheiros químicos desanima qualquer bexiga. Ainda bem que existem almas caridosas dispostas a ajudar, como estes dois.  

Serviço de utilidade pública?!

Para ver estas e outras - hilárias - imagens do desfile, veja o álbum Carnaval 2015 - Cachorro Cansado em nossa página no Facebook.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Amigos do Catete - Rio de Janeiro - RJ

O Carnaval de Rua aqui no Rio de Janeiro segue animado, colorindo as ruas com a alegria dos foliões que se reúnem para brincar e se divertir ao som de novos e antigos sucessos.

Tudo pronto na concentração, aguardando para entrar na avenida.

Ontem foi a vez do bloco Amigos do Catete reunir uma multidão para desfilar por uma das principais avenidas da Zona Sul: a rua do Catete. O ponto de partida foi no Largo do Machado por volta das 18h00 em virtude do forte calor que tem feito aqui na Cidade Maravilhosa.

Abre alas que os Amigos do Catete vem ai.

Ao som da bateria o Mestre Sala e a Porta Bandeira puxaram o desfile, seguidos por uma animada e colorida Ala das Baianas, arrastando o cordão pela avenida rumo à Glória.

Adoçando o bico, literalmente!

Animação total por conta dos passistas que encantaram o público com evoluções e malabarismos.

Samba no pé e muito equilíbrio nesta hora.

Para ver estas e outras imagens do desfile, veja o álbum Carnaval 2015 - Amigos do Catete em nossa página no Facebook.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O estranho caso da velha que explodiu - Manaus - AM

Quem viaja sempre tem história pra contar, pois o que não falta numa viagem são imprevistos, surpresas e emoção frente ao inesperado. Por vezes os relatos soam tão estranhos para quem não vivenciou aquele momento que chega a ser difícil para o ouvinte acreditar no que conta o viajante. O mesmo acontece com quem pesca, mas neste caso, de tanto exagerar no tamanho dos peixes que escaparam, o termo pescador é quase um sinônimo de mentiroso, não é mesmo?

E o que acontece quando se viaja para um lugar em que todo mundo é pescador? O diário de bordo volta com histórias a rodo, é claro!!

Senta que lá vem a história


Durante nossa estada em Manaus tivemos a oportunidade de confraternizar com grandes figuras, nascidas e criadas em meio a uma natureza exuberante, que só faz excitar a imaginação, e que nos brindaram com causos maravilhosos. De um modo geral todos tem um fundo de verdade e uma certa dose de exagero, remetendo a aspectos da sabedoria popular, lendas amazônicas e provas de coragem. Verdadeiros? Isso já é outra história ...

Entre uma prosa e outra fomos anotando as mais pitorescas, todas contadas dentro de um linguajar próprio, recheado de palavras exclusivas da região. Para facilitar o entendimento, acabamos por reunir os termos num pequeno glossário, reproduzido no final deste post.

Dentre as muitas que ouvimos recordo aquela da sucuri gigante que cava túneis por baixo da Amazônia, causando desmoronamentos na superfície. Uma sonda da Petrobrás até já localizou o bicho. Eles só não matam a cobra porque ela é tão grande que iria contaminar todo o Rio Amazonas! Gostou? Então tome outra: certa feita um caboclo entrou no rio para flechar um tambaqui parrudo. Ia pisando com cuidado no fundo barrento quando sentiu algo duro. Pensando ser um tronco, subiu, firmou a azagaia e retesou o arco. Quando ia flechar a presa, o "tronco" começou a se mexer e veio à tona um enorme jacaré com o caboclo por cima!! Dotado da agilidade que só o medo é capaz de fornecer, surfou o bichão até conseguir chegar na margem, desgostoso por ter perdido a oportunidade de pegar um peixão. Mas de todas as histórias que ouvimos nenhuma se compara a esta:

O Estranho Caso da Velha que Explodiu


Conta o povo que há muito tempo vivia lá pros lados de Varre Vento o Caboclo Chicotada. De origem incerta - alguns dizem que ele era filho de boto e outros de cobra - o certo é que era um mateiro valente, hábil no uso do tessada, versado nas artes da mandinga e capaz de enfrentar qualquer misura sem pestanejar.

Caboclo segue rio acima em seu casco.

Certa feita estava o Caboclo Chicotada em Manaus, negociando uma partida de pirarucu salgado que trouxera para vender na capital, quando soube que uma velha senhora, sua conterrânea, havia partido desta para a melhor enquanto visitava parentes na cidade.

Consternado pela notícia foi apresentar seus respeitos aos poucos familiares reunidos num pequeno velódromo. Entre os suspiros das mulheres e o murmúrio dos homens, ficou sabendo que nenhum barqueiro queria levar o corpo da defunta para ser sepultado em sua terra natal, como manda a tradição. Superticiosos ao extremo, alegavam ser mau agouro transportar um caixão - seja num imponente motor ou num modesto casco. Sabedores de sua valentia, os parentes da falecida apelaram ao Chicotada para que levasse a finada vozinha em sua canoa na viagem de volta.

Sensível aos apelos daquela pobre gente e alheio ao medo que costuma assolar aqueles que temem o sobrenatural, Chicotada não se fez de rogado e aceitou a missão. Assim, ao raiar do outro dia, um pequeno cortejo deixava o velódromo rumo a uma pequena praia no Rio Negro, onde Chicotada e outros quatro caboclos aguardavam para dar início ao transporte daquela carga inusitada.

Feitas as despedidas, lá se foram os canoeiros remando debaixo de um sol forte rumo ao Campo Santo de Varre Vento. Na Amazônia tudo é grande, principalmente as distâncias, por isso não é de estranhar que Chicotada e seus amigos levaram dois dias para alcançar o seu destino.

Como o nível do rio estava baixo devido a época do ano, ao chegarem em Varre Vento os remadores tiveram dificuldade em localizar um ponto de atracação que facilitasse o transporte do esquife. Por isso, decidiram desembarcar primeiro os remadores para procurarem o melhor caminho rumo ao Cemitério. Para evitar qualquer imprevisto, deixaram Chicotada tomando conta da canoa com a defunta e se embrenharam mata a dentro.

Cansado pelo tanto que havia remado para chegar até ali e afogueado pelo calor, o caboclo começou a sentir um aperto de fome a subir pelas entranhas. Conhecedor dos segredos da mata, não tardou a localizar um ingazeiro carregado de frutas que estendia seus ramos sobre a água. Sem perda de tempo remou mais alguns metros e começou a se fartar com aquela delícia que a mãe natureza oferecia.

Entretido em matar quem estava lhe matando, mal percebeu quando um assobio agudo cortou o silêncio que reinava no local. Lá se foi um ingá goela adentro e mais outro e outro e enfim dezenas de ingás já haviam se passado quando o assobio se fez presente, desta vez mais forte:

- Fiuuuuuuuu ...

Agora Caboclo Chicotada escutara bem escutado. A mão direita segurava mais um ingá rumo a boca, mas estava parada, suspenso o movimento no meio do caminho. Que diacho de assobio era aquele? Em toda sua vida, Chicotada nunca escutara nada igual. Bicho não era. Misura também não ...

- Fiuuuuuuuuuu ...

Desta vez o barulho foi mais alto. Chicotada levou a mão ao tessada e fez menção de levantar, mas um poderoso estrondo o fez cair na água, junto com a tampa do caixão!!

Ainda aturdido pela violência do baque, Chicotada segurou na borda do barco enquanto o banzeiro provocado pela explosão se espalhava pelo igarape. Ao sentir o pitiú que empesteava o ar compreendeu logo o que havia ocorrido. A pobre senhora passara desta para a melhor há três dias e o forte calor que haviam enfrentado na viagem devia ter apressado a decomposição. Como o caixão estava bem fechado, os gases formados durante este processo foram se acumulando até que a madeira não pode mais suportar a pressão.

O barulho foi tão forte que os companheiros voltaram correndo, a tempo de encontrar o Caboclo Chicotada tentando voltar para dentro da canoa enquanto recitava seu vasto repertório de impropérios e palavrões que fariam corar até mesmo um frade de pedra!!

Uma vez arrumada a bagunça, o cortejo seguiu rumo a última morada daquela pobre senhora que hoje é mais lembrada pelas circunstâncias de seu enterro do que pelas benfeitorias feitas em vida.

Quanto ao Caboclo Chicotada, contam que seguiu rio acima em busca do portal de acesso ao povo que vive no centro da terra. Mas isto já é uma outra história ...

Glossário Manauara


Azagaia: flecha tipo arpão com ponta de metal, muito utilizada em pescarias;
Açacu ou pau-de-açacu: árvore que exala uma resina que em contato com a pele provoca queimadura;
Banzeiro: ondas, também se diz quando as águas do rio estão agitadas;
Cambada: fieria de peixes;
Cambito: gancho de madeira utilizado para baixar o mato na hora de cortá-lo;
Canoa: barco com mais de 4 m de comprimento;
Carapanã: mosquito;
Casco: canoa pequena, sem motor;
Catraia: barco a remo;
Caxiri: pó alucinógeno;
Dim-dim: sacolé;
Ficou chibata: algo que ficou bom, ficou nota dez;
Ingau: ilha de superfície formada pela vegetação do rio;
Jato: barco de maior velocidade;
Kikao ou Quicao: hot dog, cachorro-quente;
Lancha: barco bem equipado e confortável;
Malhadeira: rede de pesca;
Mambeca: capim flutuante, utilizado como isolante para fazer fogo dentro da canoa;
Maromba: plataforma flutuante utilizada para colocar o gado durante a época da cheia
Misura: assombração;
Motor ou barco de linha: embarcação destinada ao transporte de passageiros;
Pegar o beco: ir embora;
Pegar corda: acreditar numa lorota;
Pegar menino: fazer o parto, ofício de parteira;
Picolé da massa: picolé feito com a polpa da fruta;
Pitiú: catinga, cheiro forte;
Poronga: lamparina de querosone;
Porronco: cigarro de palha;
Quicão: cachorro-quente;
Rabeta: lancha de pequeno porte com motor;
Regatão: barco que cruza o rio abastecendo os ribeirinhos, tipo um mercado flutuante;
Tambaqui: espécie de peixe muito apreciado na culinária amazônica;
Tessada: facão;
Tratar o peixe: limpar e temperar o pescado;
Velódromo: lugar onde se velam os mortos, capela mortuária;

Veja também estes outros posts sobre o Amazonas:



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Odoya Iemanjá!! Salve N. S. dos Navegantes!!

Seja como Nossa Senhora dos Navegantes, para os católicos, ou Iemanjá, para os umbandistas, hoje é dia de festejar aquela que é considerada a Rainha do Mar e a Grande Mãe, cuja energia feminina cria e protege todos os seus filhos, os lares e a família.

N. S. dos Navegantes, Igreja da Candelária.

Estão previstas muitas homenagens no decorrer deste 02 de fevereiro, principalmente nas cidades do Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre - onde é feriado.

De acordo com o pesquisador Luiz Alberto de Souza Pedroso o litoral do Rio Grande do Sul abriga o maior número de imagens desta divindade em todo o Brasil, com 12 locais distribuídos ao longo da costa. Isto demonstra o elevado grau de devoção do povo gaúcho em especial na cidade portuária de Rio Grande e em Porto Alegre, capital do Estado, onde uma grande procissão fluvial atrai milhares de devotos.

Iemanjá, numa gira na praia do Leme.

Salve Rainha do Mar e Protetora dos Navegantes! Que a todos proteja e a nós não desempare.