sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Carnaval de Rua 2015 - Rio de Janeiro - RJ

Começa hoje, oficialmente, o Carnaval de Rua do Rio de Janeiro e a cidade já está em ritmo de folia! Este ano a festa vai ser quente e os foliões devem trazer para a avenida os temas que movimentaram o início de 2015, como o calor, falta d'água, escândalos e muito mais.

E por falar em falta d'água alguns blocos já avisaram que este ano não haverá o tradicional banho coletivo devido aos altos custos de aluguel dos carros-pipa. Em tempos de seca e sol escaldante os foliões terão que ser criativos na hora de aliviar o calor. A dica é investir em fantasias leves e com pouca roupa.

Vem gente de todo o universo curtir o Carnaval carioca!

O importante é não perder a animação e botar o bloco na rua para curtir a festa sem entrar em furadas. E por falar nisso, este ano a Prefeitura prometeu aumentar o número de banheiros químicos e apertar a fiscalização sobre os mijões. Fique atento!

Ala das Baianas ... Só Que Não!!

E como em outros Carnavais a equipe do GSMA estará na rua fotografando a bagunça alheia para registrar e divulgar os melhores momentos desta grande festa popular.

Entre um bloco e outro, confira em nossa página os melhores momentos do dia.

Para ver a relação completa dos blocos por dia, local e horário visite a página da WikiRio: www.wikirio.com.br/Blocos_do_Carnaval_2015_na_cidade_do_Rio_de_Janeiro

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Flutuante dos Botos - Novo Airão - AM

Depois de rodar quase 200km Amazônia adentro, passar uma noite tranquila e degustar um café regional com direito a tapioca recheada, finalmente era hora de conhecer o tão falado Flutuante dos Botos - para saber como tudo começou, veja a primeira parte desta história em Uma aventura inesperada (clique aqui).

O boto cor-de-rosa.

Casas flutuantes são comuns por aqui não só pela facilidade de locomoção, mas também devido as constantes, e dramáticas, mudanças nos níveis dos rios. E não só as casas flutuam, pois há também mercados de artesanato, armazéns, postos de saúde, agências bancárias e, acredite, até chiqueiros que utilizam este sistema.

Um pouco de história


Há pouco mais de dez anos o flutuante era apenas a residência de D. Marilza e suas duas filhas, Marisa e Monike. Quando tinha por volta de oito anos, Marisa começou a alimentar os botos que circulavam por ali e acabou criando um vínculo com alguns deles. É importante salientar que esta foi uma atitude pioneira numa época em que a conscientização sobre a necessidade de preservar o meio-ambiente ainda não havia chegado até os ribeirinhos da região. Mesmo nos dias atuais o boto cor-de-rosa é caçado indiscriminadamente para servir de isca ou para extração dos órgãos genitais para confecção de poções as quais a crendice popular atribui propriedades afrodisíacas. A docilidade que fez com que eles se aproximassem da menina Marisa é também o elemento que facilita o trabalho destes pescadores inescrupulosos.

Aos poucos o número de animais atraídos pelas crianças foi crescendo e a interação entre eles também. Além de alimentá-los, elas passaram a nadar com eles, o que lhes valeu o apelido de Encantadoras de Botos. Não demorou para que a história se espalhasse e atraísse o interesse da imprensa. O flutuante já foi tema de dois documentários internacionais, teve uma participação no filme Fundo do Abismo e já foi tema de reportagens de diversas emissoras brasileiras. Personalidades do calibre de Bill Gates, Richard Rasmussem, Lawrence Wahba, Sandra Annenberg, entre outros, já deram o ar da graça por aqui. Hoje a atração é geradora de renda para toda a cidade de Novo Airão devido ao grande número de turistas atraídos pela possibilidade de ficar tão próximo a um boto amazônico.

A coisa tomou tal dimensão que em 2010, por iniciativa do Conselho Consultivo do Parque Anavilhanas (onde o flutuante está inserido) foi criado o Grupo de Trabalhos para analisar o assunto, o GT-Botos.

Apenas os monitores podem alimentar os botos.

O resultado deste trabalho foi uma proposta de ordenamento do turismo com botos que procurou conciliar todos os aspectos envolvidos: biológicos, ecológicos, além das variáveis culturais, sociais e econômicas. A partir daí foram implementadas as seguintes medidas de ordem prática:

  • Somente funcionários treinados podem alimentar os animais; 
  • O limite é de 2 kg/dia de peixe para cada boto;
  • Não é mais permitido nadar com os animais. Os visitantes podem entrar na plataforma submersa desde que se comportem de maneira passiva, sem molestar os animais;
  • Antes da observação é ministrada uma palestra sobre os botos e a atividade de interação desenvolvida;
  • O número de pessoas na plataforma emersa e submersa é controlado;
  • Está proibida a navegação em um raio de 20 metros ao redor do flutuante.

Curumim na esperança de ganhar mais um peixinho.

Turismo consciente


Pelas conversas que tivemos com a equipe que nos atendeu, mas principalmente pelo que pudemos observar durante o tempo que permanecemos no local, há uma grande preocupação com o bem-estar dos botos. Aqui não há redes ou telas prendendo os animais, os quais vem e vão livremente e nem sempre são os mesmos. O convívio da equipe com eles é tão natural que os mais assíduos tem até nome e são tratados de acordo com suas preferências.

No dia em que visitamos o Flutuante, deram o ar da graça Chico, um macho irrequieto e guloso que corria os demais querendo abocanhar todos os peixes, uma fêmea e Curumim, outro macho, mais velho que os demais e também o mais fácil de identificar porque tem a mordida cruzada. Segundo a monitora, Curumim tinha o bico normal até ser arpoado por um pescador e escapar. A ponta do arpão ficou presa em sua boca e foram os outros botos que a arrancaram, deixando torta sua queixada.

Eles adoram um carinho no papo.

Durante a exposição que antecede o contato, Marisa foi passando algumas orientações importantes sobre os hábitos, o comportamento e a maneira como deveríamos nos comportar. Tocar nos botos faz parte da atração, mas é preciso seguir algumas regras para evitar incidentes desagradáveis, afinal, apesar de fofinhos, são animais selvagens: nunca encostar na parte de cima da cabeça (a bossa onde fica o "sonar" do animal). O correto é acariciar a parte de baixo ou das costas para o rabo. Desde 2010 não é mais permitido nadar com os botos, mas o Flutuante conta com uma plataforma submersa onde os visitantes podem se apoiar para ter um contato mais próximo com os bichinhos.

Uma curiosidade interessante a respeito dos botos é que eles tem personalidade própria. Por exemplo, quando o boto Dani aparece é proibido entrar na água, pois ela - é uma fêmea - gosta de interagir com as pessoas mordendo. Embora a mordida seja uma forma de brincar, os turistas acabavam se machucando ao se assustar e puxar o membro mordido instintivamente, o que ocasionava arranhões e cortes superficiais na pele.

Uma experiência emocionante


Enquanto estava na plataforma submersa fotografando por diversas vezes um deles vinha e roçava nas minhas pernas como se estivesse querendo chamar minha atenção. Em outro momento, a Renata (da equipe do blog) estava sentada com os pés dentro da água quando sentiu que Chico vinha e mordiscava levemente seus dedos. Apesar de não domesticados, são animais que aprenderam a conviver com as pessoas e parecem gostar de brincar com elas.

Não sei se terei a oportunidade de encostar num boto dentro da água novamente, mas posso garantir que a sensação que tive naquele dia não será esquecida facilmente! Sob uma pele macia e escorregadia é possível sentir que há muita força naquele corpo adaptado a vida aquática e que na verdade ele é que está dando a oportunidade de viver aquela experiência. Sai de lá com um sentimento bom e, a julgar pela expressão dos demais visitantes, não fui o único.

De olho no chapéu. Quem conhece a lenda do boto sabe porque!!

Veja o início desta aventura no post Uma aventura inesperada (clique aqui).

Para ver estas e outras fotos, acesse o álbum Novo Airão - Amazonas (clique aqui) em nossa página no Facebook.

Flutuante dos Botos


Endereço: Rua Antenor Carlos Frederico, s/n, Novo Airão - Amazonas.
Horário: 08h00 às 17h00. Os botos são alimentados em intervalos regulares às 09, 10, 11, 12, 14. 15, 16 e 17 horas.
Ingresso: R$ 25,00 por pessoa. Crianças até 10 anos são isentas.
Dica: vá com trajes de banho para poder curtir os botos dentro da água.


Veja também estes outros posts sobre o Amazonas:



Fontes


AMA BOTO. História. Novo Airão. Disponível em http://amaboto.com.br/historia/. Acessado em 27 jan. 2015.

PARQUE NACIONAL DE ANAVILHANAS. ICMBio. Turismo com botos vermelhos. Novo Airão. Disponível em http://www.icmbio.gov.br/parnaanavilhanas/turismo-com-botos-vermelhos.html. Acessado em 27 jan. 2015.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Uma aventura inesperada - Novo Airão - AM

Visitar o Flutuante dos Botos em Novo Airão foi um dos pontos altos de nossa visita ao Amazonas - e também o mais surpreendente! O Flutuante é ótimo, não há dúvidas, mas a surpresa mesmo ficou por conta de como chegamos até lá. Uma história que merece ser contada.

Como tudo começou


Era segunda-feira e o dia corria tranquilo enquanto aguardávamos o transporte que nos levaria a uma praia no município de Manacapuru, próximo a Manaus. Na véspera uma prima da Renata (integrante da equipe do blog), havia nos convidado para realizar este passeio, mas como já passava das 15h00 comecei a ficar apreensivo com a possibilidade de chegar lá com pouca luz.

Felizmente a prima não demorou muito e demos início ao deslocamento, seguindo em direção à Ponte do Rio Negro para então pegarmos a rodovia AM-070. A conversa a bordo era animada e o tema principal eram os atrativos da região. Lá pelas tantas, depois de rodar um bom trecho, nossa motorista perguntou meio de sopetão:

- Vocês já viram os botinhos de Novo Airão?!

- Ainda não! Respondemos em coro.

Na verdade, nós nunca tínhamos sequer ouvido falar em Novo Airão. Puxando pela memória lembrei de ter lido sobre um lugar onde os botos interagiam com os visitantes quando preparava o material para a viagem e me parecia que era próximo a Manaus. Por isso, quando ela quis saber se preferíamos ver os botinhos ou ir a praia a resposta veio pronta:

- Os botos, é claro!!

Boto Cor-de-rosa.

Para quem não sabe, os rios da Amazônia são povoados por uma espécie muito peculiar de cetáceo, o Boto-Cor-de-Rosa. Trata-se de uma espécie única, encontrada somente na região e que se caracteriza pela coloração avermelhada da pele. São animais de comportamento social e pouco agressivos, que com frequência acompanham as embarcações saltando e fazendo evoluções. Com o ecoturismo em alta logo surgiu uma demanda pelo avistamento dos botos. Turistas do mundo inteiro querem conhecer a Amazônia e seus habitantes - e pagam bem para isso! -, criando assim um nicho de mercado voltado para roteiros que incluem o contato com animais da floresta, entre eles a visitação onde é possível brincar com os botos em seu ambiente natural.

É logo ali


Tomada a decisão, seguimos lépidos e fagueiros estrada afora confiantes que muito em breve estaríamos na água, brincando com os botinhos. Ledo engano ...

Depois de rodar por umas duas horas nossa motorista revelou que não conhecia a localização exata do flutuante e que não fazia ideia de que era tão longe. Como já passava das 17h00 comecei a pensar que não chegaríamos a tempo, uma vez que este tipo de atração costuma encerrar suas atividades ao final da tarde. Além disso, sempre é bom lembrar que estávamos na Amazônia. Ou seja, nesse ponto da viagem a paisagem era deserta, com a estrada cercada pela floresta. O ponteiro indicativo do combustível começava a baixar perigosamente e a probabilidade de encontrarmos um posto de combustível por ali era cada vez menor.

A certa altura avistamos um tronco caído na estrada, ocupando meia pista. Como não era muito grosso seguimos em frente sem desviar. Para nossa surpresa, com a aproximação do carro, o "galho" começou a se mover rapidamente tentando escapar, sem sucesso. Sentimos as rodas passando sobre a enorme cobra (possivelmente uma jovem sucuri) com receio de tê-la esmagado. Entretanto, olhando pelo retrovisor ainda pudemos vê-la seguindo em direção das árvores como se nada tivesse acontecido ...

Alguns quilômetros adiante outro "galho" na pista. Desta vez, mais preparados, desviamos e estacionamos o carro alguns metros adiante. Agora era uma papa-ovo de uns três metros de comprimento!

A papa-ovo de olho na lente.

Durante o percurso paramos umas duas ou três vezes para perguntar o caminho e a que distância ficava Novo Airão. O caminho era aquele mesmo e para aqueles caboclos acostumados a medir distâncias com dimensões amazônicas Novo Airão era "logo ali"... Resumindo, a chegada se deu por volta das 18h30, depois de percorrermos 200 km de estrada. Nada mal para quem pretendia dar um pulinho na praia e voltar.

Contando os trocados


Nem preciso dizer que o Flutuante dos Botos já havia fechado há muito tempo e só iria reabrir no dia seguinte, por volta das 08h00 da manhã. Para compensar um pouco a frustração, restou a bela paisagem do anoitecer as margens do Rio Negro. 

Cai a noite sobre o Rio Negro.

Devido ao avançado da hora decidimos pernoitar na cidade para, no dia seguinte, visitar os botos e retornar a Manaus. O plano era simples, mas esbarrou num pequeno problema: em Novo Airão os estabelecimentos comerciais não aceitam cartões de débito ou crédito! E há apenas uma agência bancária, sendo que nós todos possuímos conta em outros bancos.

O jeito foi sacar as carteiras e ver quanto cada um tinha em dinheiro para então saber quanto se poderia gastar com hospedagem, jantar, café da manhã e gasolina. O valor dos ingressos para visitar os botos foi o primeiro a ser separado, pois não havia dúvidas sobre o quê era prioridade naquele momento. Afinal, viajar aquela distância e não ver os botinhos estava fora de questão.

Depois de percorrer todos os hotéis e pousadas disponíveis optamos pela Pousada da Lana onde o pernoite custava apenas R$ 40,00 o quarto. Estava longe de ser um cinco estrelas, mas os lençóis eram limpos, o colchão decente e o banheiro privativo.

Resolvida a questão do pernoite, passamos para a próxima tarefa: jantar. Esta foi fácil de resolver, uma vez que após percorrer praticamente todas as ruas da cidade em busca de pouso já sabíamos nos localizar e fomos direto numa lancheria com mesinhas ao ar livre. Foram três sanduíches de bom tamanho e um refrigerante litro por apenas R$ 24,00 - menos que o preço de uma refeição para uma pessoa no Rio de Janeiro.

Um dinossauro na praça


Aqui não há muitas opções de lazer e, como é comum em cidades do interior, a praça principal acaba servindo como ponto de encontro dos moradores. Como logo podemos descobrir, a noite nos reservava outras surpresas, sendo que a primeira foi avistar em plena praça a estátua de um enorme dinossauro!

O dinossauro que dá nome a praça.

A silhueta daquele animal pré-histórico em uma praça no interior do Amazonas foi uma visão surpreendente, com uma pitada de surrealismo e algo divertido. Não encontramos uma explicação oficial para o fato, mas, de acordo com algumas versões, a estátua é uma referência aos sítios arqueológicos da região onde teriam sido encontrados vestígios de antigos animais. Diga-se de passagem que o lugar é conhecido como Praça do Dinossauro.

Enquanto fotografávamos o dino notamos uma forte movimentação de moradores e fomos conferir o que estava acontecendo. Era o pessoal da cidade se reunindo para ensaiar as apresentações que seriam feitas durante o Festival do Peixe Boi, evento que ocorre na cidade no final de dezembro de cada ano. O grupo estava afinado e a batida era forte e contagiante.

Bateria dos Moradores de Novo Airão.

Será que valeu a pena?


Depois de uma noite tranquila só restava um item na agenda: visitar os tão famosos botinhos que nos haviam feito percorrer 200 km de estrada e viver a melhor parte da viagem numa aventura completamente inesperada. Se valeu a pena? É claro que sim. Não foi a primeira - e tomara que não tenha sido a última - vez que nos desviamos do planejamento original para descobrir que se perder é uma das melhores formas de encontrar novos caminhos.

Depois de um bom café com tapioca seguimos até as margens do Rio Negro onde o Flutuante aguardava os visitantes para a primeira sessão do dia, mas o relato desta visita é assunto para outra postagem!


Na manhã seguinte, o Flutuante aberto!

Porque Novo Airão?

Quando ouvi falar em Novo Airão a primeira coisa que me veio a mente é o porquê da palavra Novo. Onde estaria Airão, a Velha, a cidade original? E o que teria acontecido com ela? Depois de algumas pesquisas, descobri no Portal Amazônia o seguinte:
A história da cidade começou no final do século 19, com um devastador ataque de formigas. O incidente aconteceu na comunidade de Airão Velho, hoje uma cidade fantasma. A invasão dos insetos ao município obrigou a população a se mudar para a outra margem do rio Negro. Airão Velho abriga hoje apenas ruínas de uma igreja, enquanto a nova sede se desenvolveu e é lar de 15 mil habitantes. 
Acompanhe o desfecho desta aventura no post Flutuante dos Botos (clique aqui).

Veja estas e outras fotos em Abaretiba, nossa página no Facebook, no álbum Novo Airão - Amazonas (clique aqui).

Veja também estes outros posts sobre o Amazonas:



Fonte:


PORTAL AMAZÔNIA. Novo Airão, lar de riquezas naturais no coração da Amazônia. Manaus, 24 set. 2011. Disponível emhttp://www.portalamazonia.com.br/cultura/turismo/novo-airao-lar-de-riquezas-naturais-no-coracao-da-amazonia/. Acessado em 16 jan. 2015.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Aeronautas decidem parar

O Sindicato Nacional dos Aeronautas publicou nota avisando aos usuários do transporte aéreo que comandantes, pilotos e comissários decidiram em assembléia dar início a uma paralisação parcial das atividades a partir do próximo dia 22.

Aeronautas anunciam paralisação de atividades.

Quem costuma viajar de avião no período de Natal e Ano Novo deve ter percebido que em 2014 não houve suspensão dos serviços como em anos anteriores e, ao que tudo indica, a data escolhida para a mobilização em 2015 reflete a preocupação da categoria em não se indispor com a opinião pública.

Segundo a nota divulgada, a paralisação ocorrerá nos voos previstos entre 06h00 e 07h00 da manhã em todo o Brasil e poderá ser intensificada nos dias subsequentes por tempo indeterminado.

A categoria reivindica um reajuste salarial de 8,5%, escalas de trabalho que evitem o risco de fadiga dos tripulantes, limitação dos períodos de trabalho nas madrugadas e redução da jornada de trabalho, condições que afetam diretamente a segurança de voo e a qualidade de vida das tripulações e, consequentemente, dos passageiros.

Apesar de legítima, a paralisação deverá ocasionar muitos transtornos para aqueles que precisam viajar neste período. Passageiros, apertem os cintos e tenham paciência porque os atrasos serão inevitáveis.

Leia a nota na íntegra no site do Sindicato Nacional dos Aeronautas em http://www.aeronautas.org.br/assembleia-decide-iniciar-greve-dos-aeronautas-em-22-de-janeiro.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Catedral de Nossa Senhora da Conceição - Manaus - AM

A Igreja Matriz de Manaus é uma bela construção em estilo neoclássico, localizada no centro da cidade e voltada para o Rio Negro, conforme o costume português durante o período colonial. É considerada a primeira obra arquitetônica de Manaus, embora o prédio atual tenha sido erguido apenas na segunda metade do século XIX.

Fachada da Matriz, dedicada à N. S. da Conceição.

Um pouco de história


No ano de 1695 missionários carmelitas ergueram uma pequena capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição junto à Fortaleza de São José da Barra do Rio Negro. Infelizmente não restam mais vestígios desta primeira ocupação, uma vez que ela foi demolida em 1781 para dar lugar a construção de uma outra, a qual nunca foi concluída. Por volta de 1786, por ordem do então governador Manuel da Gama Lobo de Almada, a obra inacabada foi demolida para que outra maior fosse erguida em seu lugar.

Em 1850 um violento incêndio reduz a cinzas a igreja e tem início um lento processo de reconstrução que chegaria ao cabo somente em 15 de agosto de 1878 com a benção e inauguração do templo com a configuração atual. Em 1946 é elevada a condição de Catedral.

Altar-mor visto a partir da nave principal.

Por ser uma construção relativamente recente, a Catedral de Manaus possui um interior sóbrio, bem diferente daquele encontrado nas igrejas barrocas de Minas, por exemplo. Sua beleza singela se revela nos detalhes das pinturas e das estátuas que ladeiam o altar-mor. Boa parte dos materiais empregados em sua construção foram importados da Europa, inclusive os seis sinos que vieram de Portugal.

Detalhe do anjo sobre o altar-mor.

300 anos de resistência!


Como se pode perceber a partir da análise da história da Catedral Manauara, sua trajetória até os dias de hoje tem sido marcada por derrubadas e reconstruções (seja em virtude de melhorias ou de sinistros), donde se pode concluir que sua existência revela o grande apreço que a população lhe devota  e que isto a dotou de uma robusta capacidade de resistir aos sucessivos infortúnios.

Quando visitamos a igreja, em dezembro de 2014, era possível encontrar andaimes espalhados pelo local, como se estivesse ocorrendo alguma reforma. Entretanto, numa das colunas havia um aviso do IPHAN informando que as obras haviam sido embargadas devido a desconformidades em relação ao trabalho de restauro realizado.

Escadaria com os painéis da Via Sacra.

Do lado de fora, duas escadarias em forma de lira conduzem os fiéis da praça ao átrio (a igreja está sobre uma pequena elevação). Ladeando estas escadas há um muro com painéis de azulejos representando as estações da Via Sacra. Infelizmente estes muros encontram-se em lastimável estado de conservação e ameaçam ruir, pondo em risco os passantes e os belos murais de azulejos.

Entre as duas escadas há uma área aberta com evidentes sinais de abandono. Como ela está subdividida por paredes de alvenaria, inicialmente julgamos que se tratava de bancas para comércio. Uma pesquisa posterior revelou que ali funcionava um zoológico e as divisórias eram na verdade as antigas jaulas onde ficavam confinados os animais. Com a transferência destes inquilinos a área ficou jogada a própria sorte.

Somado a isto o cenário caótico formado pelos camelôs alojados na praça e a balbúrdia do trânsito - há um terminal de ônibus com várias linhas ali - a impressão que se tem é de completo abandono. Uma lástima, pois se este recanto tivesse o tratamento adequado certamente seria um ponto turístico tão apreciado quanto o Teatro Amazonas.

O descaso do poder público é evidente, por isso talvez seja hora dos manauaras demonstrarem novamente seu amor pela Catedral exigindo que algo seja feito, antes que uma nova reconstrução entre para a história.


Veja estas e outras imagens em Abaretiba, nossa página no Facebook, no álbum Catedral de Nossa Senhora da Conceição.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Bosque da Ciência - Manaus - AM

Ao saber que iria visitar um local no qual seria possível ver peixe-boi ao vivo logo imaginei que se tratava de alguma estação experimental no meio do mato. Qual não foi minha surpresa ao descobrir que se tratava do Bosque da Ciência, uma iniciativa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA que fica em plena cidade de Manaus, com acesso fácil, estacionamento gratuito e ingressos a R$ 5,00!

Um pedaço da floresta no coração da cidade


São aproximadamente 13 hectares de área verde onde adultos e crianças podem se divertir e aprender sobre o meio ambiente, a natureza e a importância de sua preservação de uma forma totalmente lúdica e divertida.
 
Na Casa da Ciência tem de tudo um pouco.

Um exemplo disto é o museu conhecido como Casa da Ciência, um espaço destinado a funcionar como centro de exposições didáticas que contam um pouco da história da Amazônia. Aqui o visitante encontra painéis informativos, exemplares da fauna e da flora amazônica, maquetes, aquários, amostras de produtos e a reprodução do modo de vida do seringueiro.

Nem peixe nem boi


O bosque conta com outras atrações interessantes, como a trilha suspensa, as ariranhas, os jacarés e os poraquês (peixe-elétrico). Mas indiscutivelmente as estrelas do show são os imensos peixes-boi que vivem em tanques com janelas de vidro para observação dos visitantes.

Todos querem ver o peixe-boi!

Por ser um animal extremamente dócil e muito procurado por sua carne, óleo e couro, o peixe-boi da Amazônia foi caçado até quase a extinção, sendo que a partir da década de 70 tiveram início diversas iniciativas de preservação deste mamífero aquático.

Cauda de peixe-boi.

Os estudos sobre a biologia e conservação do peixe-boi da Amazônia iniciaram-se em 1974 no Laboratório de Mamíferos Aquáticos - LMA, do INPA, o qual já reabilitou com sucesso mais de 60 filhotes, cujas mães foram vítimas de caçadores. Nestes tanques, em 1998, nasceu Erê, o primeiro filhote de peixe-boi da Amazônia reproduzido em cativeiro.

Peixes-boi no tanque de aclimatação, aguardando reintegração no ambiente natural.

Órgãos de defesa ambiental como o IBAMA e o Batalhão Ambiental da Polícia Militar costumam trazer para cá filhotes órfãos recolhidos durante as operações de fiscalização e repressão à caça ilegal. Via de regra os filhotes chegam desnutridos e precisam passar por um período de reabilitação para só então serem transferidos para os tanques de crescimento, onde vivem em média por três anos. Uma vez que atinjam as condições ideais de maturidade, passam algum tempo em tanques de água turva para se adaptarem as condições da vida selvagem. Após este período, são reintroduzidos no ambiente natural.


Para saber mais sobre o Bosque da Ciência visite a página oficial clicando aqui.

Veja estas e outras imagens em Abaretiba, nossa página no Facebook, no álbum Bosque da Ciência - INPA (clique aqui).

Bosque da Ciência

Endereço: R. Otávio Cabral, s/n - Manaus - AM.
Telefones: (092) 3643-3192, 3643-3312 e 3643-3293.
Horário: Terça à sexta das 9h às 12h e das 14h às 17h. Sábados, domingos e feriados das 9h às 16h.
Atenção: Às segundas-feiras o Bosque é fechado para manutenção!
Venda de ingressos: Pela manhã das 9h às 11h30m e a tarde das 14h às 16h.
Valor do Ingresso: R$ 5,00 - crianças até 12 anos e idosos a partir de 60 anos não pagam. Visitas de grupos Escolares terão entrada franca, porém, precisa ser feita uma solicitação através de ofício.
Como chegar: de ônibus pela linha 519, de micro-ônibus linha 810.