sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Parcão - Porto Alegre - RS

Oficialmente é Parque Moinhos de Vento, mas os porto-alegrenses o conhecem, e chamam, de Parcão. O mais curioso deste nome é que este não é o maior parque da cidade, perdendo em área para pelo menos dois: o Parque da Redenção, no centro da cidade, e o Parque Marinha do Brasil, na orla do Guaíba.

Por outro lado, o Parcão está longe de ser pequeno, pois ocupa uma área de 11,6 hectares numa das regiões mais elegantes e valorizadas de Porto Alegre: o bairro Moinhos de Vento. Apesar de sua localização, é um espaço democrático onde os gaúchos de apartamento podem se exercitar, lagartear ao sol e, é claro, tomar um belo chimarrão!


Moinho de Vento é uma homenagem as origens do bairro

Um pouco de história


Ainda criança, acompanhei  a mudança da família para Porto Alegre na década de 60, quando meus pais fixaram residência no bairro Auxiliadora, vizinho ao Moinhos de Vento. Conforme ia crescendo, ia expandindo as fronteiras de minhas andanças (naquela época não havia perigo em deixar os filhos soltos por ai) e em pouco tempo alcancei o enorme terreno abandonado que havia sido, segundo me contavam, o Prado - local onde se realizavam as corridas de cavalo. Com a transferência do Jockey Club para sua nova sede na Zona Sul, o terreno foi desapropriado e destinado a construção de uma área verde.

Alheios as discussões que ocorriam na Câmara de Vereadores e na Prefeitura, eu e meus colegas aproveitávamos o local para jogar bola, brincar e caçar girinos num olho d'água que havia por ali. Com o desenvolvimento urbano do bairro o local foi fechado para obras e ressurgiu para ser inaugurado em 1972 como o Parque Moinhos de Vento.


O lago central abriga diversos tipos de aves e animais.

Atualmente estão disponíveis diversas opções de lazer como pistas para corrida, patinação, quadras de futebol, tênis, vôlei e aparelhos de ginástica. Para o público infantil, estão à disposição equipamentos de recreação artesanais, feitos de toras de eucalipto. Na réplica de um moinho no estilo açoriano (ver imagem acima) funciona a Biblioteca Infantil Ecológica Maria Dinorah.

O Parcão integra o roteiro dos ônibus da Linha Turismo (para saber mais, clique aqui), sendo que há uma parada na Av. Goethe.

Arte monumental


Numa das extremidades do parque, aquela mais próxima da Av. 24 de Outubro, encontra-se uma gigantesca escultura de ferro, representando três guerreiros em posição de sentinela. A estrutura tem aproximadamente 30  metros de altura, pesa algo em torno de 60 toneladas e já deu muito o que falar.

Trata-se de uma homenagem ao ex-presidente Castello Branco feita pelo artista plástico Carlos Tenius e inaugurada em 1979. A polêmica fica por conta da monumentalidade da obra, que interfere no aspecto paisagístico da região e na figura do homenageado. Afinal, sempre é bom lembrar que neste último primeiro de outubro a Câmera de Vereadores de Porto Alegre oficializou a mudança do nome de uma importante avenida da Capital de Castello Branco para Avenida da Legalidade e da Democracia.

Monumento à Castello Branco, obra de Carlos Tenius.

Rusgas políticas a parte, a verdade é que o monumento já está integrado ao conjunto arquitetônico e é um ponto de referência da região. Aliás, é bem possível que as novas gerações nem se importem tanto com a figura do homenageado e passem a chamar a obra por um nome mais contemporâneo e próximo a eles, pois os imensos guerreiros de metal lembram muito os heróis da Hasbro no último filme de Michael Bay: os Transformers.

Veja estas e outras fotos em Abaretiba, nossa página no Facebook, no álbum Parque Moinhos de Vento - Parcão (clique aqui).

Parque Moinhos de Vento - Parcão


Endereço: rua Comendador Caminha, s/n - bairro Moinhos de Vento
Telefone: (51) 3332-1021
Inaugurado em: 9 de novembro de 1972

Fonte


PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE. Parque Moinhos de Vento (Parcão). Disponível em http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smam/default.php?p_secao=204. Acessado em 31 out. 2014.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Hidráulica Moinhos de Vento oferece sombra e água fresca - Porto Alegre - RS

Sempre gostei de caminhar e faço isso desde criança, sendo que nunca precisei utilizar transporte escolar para frequentar o colégio. Por volta de 1976 morava com a família no bairro Auxiliadora e comecei a cursar o segundo grau no Colégio Rosário, localizado em frente à Praça São Sebastião, no centro de Porto Alegre. Quem conhece a geografia da cidade sabe que entre estes dois pontos fica o Moinhos de Vento, um dos mais elegantes bairros da capital dos gaúchos, tornando-se assim passagem obrigatória de meu roteiro diário.

No ponto mais alto da rua 24 de Outubro passava pela velha hidráulica sem prestar muita atenção aos jardins e ao prédio que se destacava ao fundo. O que realmente me prendia era aquela torre misteriosa que ficava a poucos metros do portão e para a qual imaginava mil e uma finalidades, menos a qual ela realmente se destinava.

Anos depois ela foi convertida num centro cultural e tive a oportunidade de conhecer seu interior. Era interessante, mas a fantasia era bem melhor ...

Prédio é de 1928 e sua arquitetura é inspirada no Palácio de Versalhes.


A história da hidráulica remonta a 1890, quando começaram a ser construídos os tanques de captação de água da Hydráulica Guaybense, responsável pelo abastecimento de água da cidade até a década de 20 do século passado, quando foi adquirida pela empresa norte-americana Ulen & Co.

O prédio histórico - ainda em funcionamento - foi concluído em 1928 e sua arquitetura é inspirada no Palácio de Versalhes, inclusive os jardins, e apresenta traços ecléticos e positivistas. A grande área ajardinada a sua frente encontra-se sobre dois imensos reservatórios subterrâneos, atualmente desativados. Este tipo de armazenamento é utilizado para manter a temperatura da água já tratada estável, evitar sua contaminaçao e diminuir as perdas por evaporação. Hoje um é utilizado como arquivo e o outro como galeria de arte e fica aberto à visitação pública. Outra atração, que se destaca na paisagem, é a Torre da Hidráulica, na verdade uma antiga casa de filtros construída em 1910 e desativada em 1969.

A torre, construída em 1910.

O parque é um verdadeiro oásis de verde em meio ao concreto desta área densamente urbanizada. Aqui os porto-alegrenses podem tomar seu chimarrão em meio ao arboreto, que ameniza os efeitos do calor, e abriga uma grande variedade de pássaros.

Esta é uma das maiores estações do Departamento Municipal de Água e Esgotos - Dmae, órgão vinculado à Prefeitura de Porto Alegre. A Estação de Tratamento de Água Moinhos de Vento, ou ETA Moinhos, ocupa uma área total de seis hectares e é responsável pelo abastecimento de 14 bairros da cidade. Aqui são produzidos 121 mil metros cúbicos de água tratada por dia.

Desde maio de 2012 a ETA Moinhos integra o roteiro dos ônibus da Linha Turismo (para saber mais, clique aqui). Basta descer na parada do Parque Moinhos de Vento (Parcão) e caminhar pela rua 24 de Outubro cerca de 7 minutos, sentido bairro-Centro, até a entrada principal da Estação.

As Ninfas estão chegando


Ninfa que adornava o Chafariz do Imperador em 1866.

No início de outubro deste ano a Prefeitura efetuou a remoção de um conjunto de estátuas de grande valor artístico e histórico para o jardim da ETA Moinhos. Trata-se de um conjunto de quatro peças constituído por duas Ninfas e dois Netunos que representam os afluentes do Lago Guaíba, a saber: Jacuí, Sinos, Caí e Gravataí. Originalmente havia uma quinta representando o Guaíba, mas infelizmente seu paradeiro é desconhecido.

Estas estátuas são consideradas como sendo as mais antigas da cidade e foram esculpidas em mármore de Carrara, em 1866, provavelmente pelo escultor italiano José Obino. Na segunda metade do século XIX haviam apenas oito chafarizes que abasteciam a população de água potável e elas foram criadas para  adornar o Chafariz do Imperador que funcionava na Praça da Matriz, que em 1910 foi desmontado para dar lugar ao Monumento a Júlio de Castilhos. Com isso Ninfas e Netunos foram guardados em um depósito até 1936, quando foram instalados na Praça São Sebastião, em frente ao Colégio do Rosário.

Na década de 70, quando estudante do Rosário, não poucas vezes testemunhei atos de vandalismo contra as Ninfas indefesas. Reunidos em bandos, os estudantes costumavam sentar no colo das estátuas, subir em suas cabeças, praticar tiro ao alvo, pichar e gravar mensagens à posteridade naqueles corpos nus. Felizmente o local para onde elas foram transladadas é protegido e ao mesmo tempo permite que a população possa apreciar a obra. A iniciativa da Prefeitura é louvável, mas certamente tardia, pois este local existe há décadas e boa parte dos estragos que terão que ser restaurados agora poderiam ter sido evitados se esta mudança tivesse ocorrido há mais tempo. Seja como for, antes tarde do que nunca!  

Veja estas e outras fotos no álbum Hidráulica do Moinhos de Vento (clique aqui) em Abaretiba, nossa página no Facebook.

Hidráulica do Moinhos de Vento


Rua 24 de Outubro s/n - Bairro Moinhos de Vento - Porto Alegre - RS
Aberta de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30.
Entrada franca.

Fontes

PREFEITURA DE PORTO ALEGRE. DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTOS. Hidráulica Moinhos de Vento integra roteiro do Linha Turismo. Porto Alegre, 14 maio 2012. Disponível em http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmae/default.php?p_noticia=151872&HIDRAULICA+MOINHOS+DE+VENTO+INTEGRA+ROTEIRO+DO+LINHA+TURISMO. Acessado em 24 out. 2014.

PREFEITURA DE PORTO ALEGRE. SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA. Estátuas que representam afluentes do Guaíba ganham novo espaço. Porto Alegre, 10 out. 2014. Disponível em http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/default.php?p_noticia=173177&ESTATUAS+QUE+REPRESENTAM+AFLUENTES+DO+GUAIBA+GANHAM+NOVO+ESPACO. Acessado em 24 out. 2014.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Era uma casa muito engraçada ....

Você sabia que a tal casa muito engraçada que aparece na famosíssima canção de Vinícius de Moraes existe mesmo? E que ela já foi tema de um post aqui no GSMA, sem que nos déssemos conta disto??

Parece incrível, mas é verdade. E o mais interessante é que esta constatação ocorreu totalmente ao acaso!


Casapueblo continua sendo uma casa muito engraçada!


Informação nas alturas


Uma das coisas boas de viajar com a TAM é desfrutar da leitura da revista Brasil : almanaque de cultura popular, presente nos bolsões das poltronas e sempre recheada com histórias interessantes cujo tema invariavelmente é a brasilidade.

Enquanto retornava ao Rio, depois de gastar sola em Porto Alegre fugindo da chuva, aproveitei para matar o tempo lendo o Almanaque Brasil e qual não foi minha surpresa ao encontrar um artigo contando a origem da música de Vinícius em parceria com Toquinho. De acordo com o texto, a Casa Muito Engraçada é nada mais nada menos que a Casapueblo, construída por Carlos Vilaró em Punta Ballenas, no Uruguai. Em 2007 estivemos ali e ficamos impressionados com a obra monumental do artista uruguaio (para ver o post sobre a Casapueblo clique aqui), que a partir de uma modesta casinha na encosta de um morro construiu um complexo que abriga sua residência, um hotel, um museu e galeria de arte.

Ainda de acordo com a matéria, Vinícius, que foi Embaixador do Brasil no Uruguai, era amigo de Vilaró e costumava frequentar a Casapueblo. Numa destas visitas começou a improvisar a trova infantil para entreter as filhas do artista. O resultado agradou tanto o poetinha que ele acabou por transformá-la na canção que todos conhecemos e amamos. E um detalhe: na versão original a estrofe final arrematava com os seguintes versos:

Mas era feita com pororó
Era a casa de Vilaró

Posteriormente o poema foi modificado e esta parte foi suprimida, mas o delicioso non-sense da canção infantil permaneceu inalterado.

Fonte:

A TAL DA "CASA MUITO ENGRAÇADA" EXISTE MESMO. Brasil : almanaque de cultura popular. V. 16, n. 183, out. 2014. p. 8.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Beco dos Barbeiros - Rio de Janeiro- RJ

Desde seu surgimento, a cidade do Rio de Janeiro convive com um crescimento urbano desordenado, que intensificou-se após a chegada da família real no início do século XIX e que culminou com a tentativa de modernização levada a cabo por Pereira Passos entre 1903 e 1906. Até então o centro do Rio era formado por ruelas sinuosas e insalubres, onde as "Cabeças de Porco" (cortiços) proliferavam, bem como as mazelas decorrentes da falta de higiene e saneamento básico.

Com a demolição dos casebres, o alargamento das ruas e a construção de grandes avenidas este cenário caótico mudou e fica até difícil imaginar como seriam as condições de vida naquela época. Entretanto, por incrível que pareça, nem a sanha do "bota abaixo" de Pereira Passos, nem a cobiça do mercado imobiliário conseguiram apagar completamente este passado e ainda é possível encontar resquícios do (des)ordenamento urbano do Brasil Colonial em pleno século XXI.

Um lugar para quem conhece


Todos os dias centenas de turistas e seus guias perambulam pela Praça XV, indo do Paço Imperial ao Arco do Teles ouvindo as mesmas histórias sobre fatos pitorescos da região. Alguns até param em frente ao curioso conjunto formado por dois imponentes templos católicos localizados na Av. Primeiro de Março, mas nenhum fica sabendo que ao lado de um deles encontra-se o famoso Beco dos Barbeiros!

São duas belas igrejas, sendo a que fica na esquina com a rua Sete de Setembro a Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé e vizinha a ela, a Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Na verdade as duas reverenciam a mesma santa e são fruto das disputas político-religiosas que ocorriam entre as ordens religiosas no período colonial.


Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, vista da rua Sete de Setembro.

Uma consequência não programada desta disputa foi justamente o surgimento do beco, uma vez que a Câmara reinvindicou o terreno que separava as duas igrejas como de servidão pública. Para resolver a questão, a Ordem Terceira cedeu outro terreno, que passou a fazer a ligação entre as ruas do Carmo e Direita (atual Primeiro de Março).

A canaleta central escoava as águas servidas.

Com o tempo, a viela passou a ser ocupada pelos profissionais da navalha, dai o nome de Beco dos Barbeiros. É preciso ressaltar que enquanto a elite era atendida em estabelecimentos comerciais, a grande maioria da população dispunha dos ambulantes que exerciam suas atividades em tendas ou simplesmente perambulavam pelos arredores em busca de vítimas, quer dizer, clientes.

Viela dá uma idéia de como era o Rio de Janeiro colonial.

Cabelo, barba e sangria


É preciso que se diga que o barbeiro do Brasil Colonial era muito diferente daqueles que conheçemos atualmente. Além de cabelo, barba e bigode os profissionais da época estavam autorizados a executar extração de dentes, pequenas cirurgias e, principalmente, sangrias - muito apreciadas na época para tratar quase todos os tipos de doença. Considerando a inexistência de anestesia e as condições de higiene do local é de se imaginar que ir a uma barbearia naqueles dias não devia ser algo muito agradável.

E por falar em higiene, o beco mantém uma característica muito interessante daquele período: a canaleta central. Como não havia canalização de esgoto, as ruas possuiam um rebaixamento no vão central justamente para escoar os detritos lançados pela população porta a fora. Isto inclui restos de comida, conteúdo dos urinóis, águas servidas e, no caso dos barbeiros, o material retirado de seus pacientes. Somente após a chegada de D. João VI as ruas passaram a receber calçamento e passeios revestidos com pedra, de modo a manter os passantes afastados da sujeira, o que foi considerado um avanço significativo em termos de urbanização.

Felizmente a situação hoje é bem diferente e o Beco dos Barbeiros é somente uma referência a um tempo que já passou. Aos poucos estas histórias vão sendo esquecidas e os passantes apressados nem imaginam o que já aconteceu por ali. Na verdade, muitos só conhecem sua localização por ser este o endereço do bem conhecido Bar Escondidinho, onde é servida a melhor costela no bafo do Rio de Janeiro.

Beco dos Barbeiros


Via pública, localizado entre a Av. Primeiro de Março e a Rua do Carmo.

Fonte:


LADEIRA, Leonardo. Antigos becos e vielas do Centro do Rio contam parte da história urbanística da cidade. Postado em 20 dez. 2010. Disponível em http://www.rioecultura.com.br/coluna_patrimonio/coluna_patrimonio.asp?patrim_cod=53. Acessado em 13 out. 2014.

PACINI, Paulo. O Beco dos Barbeiros. Postado em 04 jan. 2012. Disponível em http://www.semprerio.com/pt/home/item/8-o-beco-dos-barbeiros. Acessado em 13 out. 2014.



quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cristo Redentor comemora 83 anos - Rio de Janeiro - RJ

Símbolo da cidade e ícone do País no exterior, o Cristo Redentor é sem dúvida alguma o monumento brasileiro mais difundido e conhecido em todo o planeta, por isso nada mais justo que comemorar seu aniversário em grande estilo.

Cristo Redentor visto do Aterro do Flamengo.

A data oficial é dia 12 de outubro, próximo domingo, mas as comemorações começam nesta quarta-feira, dia 07, com o lançamento às 18h00 do site www.cristoredentoroficial.com.br. Também está previsto a realização de missas, iluminação especial e uma campanha nas redes sociais onde as pessoas poderão postar fotos da estátua com a hashtag #CristoAmorBrasileiro.

Paralelamente as comemorações do Cristo também será festejado os 130 anos do Trem do Corcovado na quinta-feira, dia 08. Se você achou estranha a diferença de idade entre a ferrovia e o Cristo, saiba que antes da construção do monumento o Corcovado já era muito visitado por conta da bela vista que se tem da cidade e que ali funcionou durante décadas um dos mais luxuosos hotéis do Rio de Janeiro: o Hotel das Paineiras, que inclusive já foi tema de um post aqui do blog (para ler a matéria sobre o Hotel das Paineiras, clique aqui).

Um pouco de história


A proposta de construir um monumento religioso no alto do morro do Corcovado remonta aos tempos do Império, mas nunca foi levada adiante. Com a proclamação da República em 1889 o projeto foi abandonado em função da separação entre Estado e Igreja.

Em 1920 o Círculo Católico do Rio de Janeiro organizou um evento chamado "Semana do Monumento" para atrair doações e recolher assinaturas para apoiar a construção de uma estátua que homenageasse a fé católica. Dentre os projetos apresentados, a estátua do Cristo Redentor de braços abertos foi a escolhida por ser um símbolo de paz. O projeto ficou a cargo do engenheiro Heitor da Silva Costa. Coube ao escultor Paul Landowski e sua equipe dar forma a cabeça e mãos do monumento, os quais foram esculpidos na França e transportados ao Brasil.

A obra iniciada em 1922 foi concluída em 1931 e inaugurada, não por acaso, no dia 12 de outubro daquele ano. A data foi escolhida por ser o dia de Nossa Senhora de Aparecida, Padroeira do Brasil.

No dia 07 de junho de 2007 o Cristo foi incluído entre as Sete Novas Maravilhas do Mundo como resultado de um concurso informal que contou com mais de cem milhões de votos.

Como visitar


Desde 2013 o acesso ao Cristo mudou. Agora só é possível chegar até ele utilizando o serviço de vans credenciadas ou a linha férrea do Corcovado, localizada no Cosme Velho. A passagem de trem custa R$ 50,00 se adquirida na estação e R$ 55,00 se adquirida com antecedência (acredite, não vale a pena economizar estes R$ 5,00 da diferença!).

As vans saem de três pontos da cidade: Largo do Machado, Praça do Lido em Copacabana e Hotel das Paineiras no Corcovado. Os preços variam de acordo com o período do ano: R$ 41,00 na baixa estação e R$ 51,00 na alta.

Para maiores informações, visite o site http://www.ingressoparaocristo.com.br.

Fonte:


Cristo Redentor. Wikipédia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristo_Redentor. Acessado em 08 out. 2014.