Para encerrar o ano em grande estilo o Gastando Sola Mundo Afora topou o convite da
Vivi Trilhas, nossa parceira de aventuras, para realizar a famosa trilha do Costão de Itacoatiara.
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Vista a partir do cume do monte Itacoatiara |
Para quem mora no Rio é um atrativo de fácil acesso, pois está localizado no município vizinho de Niterói. Tanto é que neste dia marcamos de nos encontrar na Estação das Barcas, na Praça XV. Feita a travessia, pegamos o ônibus 38 - Itaipu e em pouco mais de uma hora estávamos na portaria do Núcleo Itacoatiara do Parque Estadual da Serra da Tiririca prontos para dar início a subida. Se você for fazer este mesmo trajeto atenção: confirme com o motorista se ele passa pela praia de Itacoatiara, pois há dois percursos diferentes para a linha 38. Aliás, para quem gosta de mar, este é um programa dois em um: faça a trilha e pegue uma praia - ou vice-versa.
Parque Estadual da Serra da Tiririca - PESET
A trilha do Costão de Itacoatiara está dentro dos limites do PESET, o qual possui uma extensão total em torno de 3.493 hectares e é uma importante área de preservação ambiental.
Na verdade o PESET abrange partes dos municípios de Niterói e Maricá e é composto por uma parte marinha e outra terrestre, com uma cadeia de montanhas que adentra o continente.
Inclui ainda três lotes adjacentes à serra e que fazem parte da área natural protegida do PESET: Morro das Andorinhas, Núcleo Restinga e Duna de Itaipu, situadas em Itaipu, na região oceânica de Niterói.
O Núcleo Itacoatiara é o responsável pela administração desta trilha e, segundo o agente que nos atendeu, o excessivo número de frequentadores tornou necessária a fixação de um limite de 200 visitantes por dia. A medida será implantada em breve e o critério de acesso será a ordem de chegada. Portanto, a partir de janeiro programa-se para chegar cedo para poder curtir o passeio!
Sobre a trilha
O percurso tem início logo após a casa da guarda, praticamente na entrada do parque. A parte mais baixa é percorrida numa área de mata, com um aclive pouco acentuado, mas bastante irregular. Tome cuidado com os desníveis para evitar de torcer um pé - ou dois!
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A primeira parte é feita na sombra da mata |
Veja estas e outras imagens no álbum Gastando Sola no Costão do Itacoatiara em nossa página do Facebook.
Esta etapa termina numa área plana, onde o caminho se divide e o visitante pode optar em seguir para o Morro do Costão ou a Enseada do Bananal. Neste dia o objetivo era o Costão e para lá nos dirigimos lépidos e fagueiros!!
O início da rocha determina o fim da cobertura oferecida pelas árvores. Por isso não esqueça de usar protetor solar o tempo todo. Chapéu e óculos escuros são recomendados, principalmente em dias de sol forte, como foi o caso.
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Aguardando a vez para subir |
Apesar de muito íngreme, a rampa de pedra pode ser vencida com relativa facilidade, seja
escalaminhando com cuidado ou subindo de gatinhas (posso garantir que não é vergonha alguma, pois boa parte das pessoas utiliza esta opção). Nem deveria ser preciso dizer que calçados adequados são indispensáveis por questões de segurança. Solados rígidos e sandálias em geral não oferecem a aderência necessária para manter o equilíbrio e uma queda aqui pode ser muito perigosa.
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Subindo o costão do jeito que deu
Crédito da foto: Vivi Trilhas |
Este trecho tem uma extensão aproximada de 20m e é a parte mais divertida do caminho. A partir deste ponto a inclinação fica mais suave e é possível seguir caminhando normalmente, mas sempre tomando muito cuidado, é claro.
Falar sobre o nível de dificuldade de uma atividade como esta não é fácil, pois há vários elementos subjetivos que interferem na percepção do praticante, principalmente no que diz respeito a condicionamento físico e equipamento utilizado. Por isso, para padronizar as análises sobre trilhas, utilizamos a norma brasileira
NBR 15505-2 - Turismo com atividades de caminhada - Parte 2: Classificação de percursos.
Ficha técnica |
Extensão: | em torno de 1 km |
Saída: | Entrada do Núcleo Itacoatiara do PESET |
Altura máxima: | aproximadamente 200m acima do nível do mar |
Classificação do percurso
de acordo com a NBR 15505-2 |
Severidade do Meio: | 2 - Moderadamente severo |
Orientação no Percurso: | 2 - Caminho ou sinalização que indica a continuidade |
Condições do Terreno: | 4 - Percurso com obstáculos |
Intensidade de Esforço Físico: | 3 - Esforço significativo |
Análise da classificação
- Severidade do meio: o trecho com cobertura vegetal é muito tranquilo e não oferece risco neste quesito. Entretanto, é preciso estar atento na parte executada sobre a rocha. O ambiente é árido, sem fonte de captação de água e não oferece proteção ao sol ou a intempérie;
- Orientação: o caminho é bem sinalizado e o risco de desorientação é mínimo. Mesmo assim evite se desviar da rota marcada para evitar acidentes;
- Terreno: bastante irregular na primeira parte. No início do trecho sobre a rocha há uma inclinação de aproximadamente 70º, sendo necessário escalaminhar ou engatinhar;
- Esforço físico: esteja preparado para uma subida íngreme até o cume. Faça paradas curtas sempre que necessário, mas não se demore demais no caminho.
Como referência, segue o tempo gasto em cada etapa de nossa caminhada:
Subida |
Início: | 08:50 |
Parada: | 09:40 |
Cume: | 10:00 |
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Retorno |
Início: | 10:50 |
Parada: | 11:30 |
Portaria: | 11:50 |
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Quem já fez esta trilha sabe que o trajeto pode ser feito num tempo bem menor. Por isso é bom esclarecer que neste dia fizemos a subida com muita calma e diversas pausas para fotos (haviam dois fotógrafos no grupo!!).
E por último uma dica muito importante: acrescente um par de luvas à sua mochila. Na volta, na parte mais íngreme, é aconselhável descer escorregando sentado, apoiando as mãos no chão. Com o sol a pino, a pedra fica muito quente e é difícil fazer isso devido ao calor.
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Encerrando as atividades de 2016 em grande estilo
Crédito da foto: Vivi Trilhas |
Veja estas e outras imagens no álbum Gastando Sola no Costão do Itacoatiara em nossa página do Facebook.
Fontes
INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE. Parque Estadual da Serra da Tiririca. Localizado em
http://www.inea.rj.gov.br/Portal/Agendas/BIODIVERSIDADEEAREASPROTEGIDAS/UnidadesdeConservacao/INEA_008600#/Endere%C3%A7oemaisinforma%C3%A7%C3%B5es. Acessado em 22 dez. 2016.