Mostrando postagens com marcador Ecoturismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ecoturismo. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Gastando Sola em Bonito - MS

A pandemia não acabou e nem a nossa vontade de viajar! Por isso, tomando todos os cuidados, calçamos as botinas e fomos até Bonito, no Matro Grosso do Sul, sacudir o pó acumulado durante a quarentena.

Paulo e Renata no Buraco das Araras
Paulo e Renata no Buraco das Araras

Foi uma viagem e tanto, que nos permitiu conhecer um lugar maravilhoso e pessoas bacanas, as quais nos deram dicas super legais de passeios. Inclusive de um que não está nos roteiros tradicionais, mas que adoramos e sobre o qual faremos um post. Aguarde.

Enquanto preparamos as fotos e as matérias sobre Bonito, deixo aqui uma dica quente para quem deseja turistar por lá:

- alugue um carro!

É isso mesmo. O transporte turístico é monopólio de uma empresa local que cobra um absurdo pelo transporte para os atrativos. Houve um caso em que o custo do deslocamento era maior que o ingresso no atrativo.

Há duas locadoras de carros em Bonito: a Unidas e a Localiza. Optamos pela Unidas, que nos atendeu muito bem e ofereceu um custo de locação bem mais em conta do que gastaríamos utilizando o transporte monopolizado.

Rodamos com o carro locado por quatro dias e pagamos R$ 549,54 (uma suv com câmbio automático e ar condicionado).

Considerando os passeios pagos que fizemos, o equivalente usando o transporte da operadora, seria de R$ 660,00.

Entretanto, é importante ressaltar que de posse do carro conseguimos realizar passeios por conta própria com total liberdade de horário, o que seria impossível de outra forma.

E considerando a situação atual da pandemia, evitar o uso de vans lotadas é um plus que não pode ser negligenciado!



terça-feira, 2 de julho de 2019

Rio das Flores - RJ

Era o feriadão de Corpus Christi e não havíamos feito planos de sair, só que lá pelas tantas bateu aquela vontade de dar uma voltinha e foi aquele tal de "mas pra onde?", "será que tem vaga?" e o principal "mas o quê tem pra fazer lá?"!!

Foi assim que de uma hora para outra estávamos na estrada rumo a Rio das Flores. Não sei se essa escolha se deu por acaso ou obra divina, mas não podia ter sido melhor.

Saímos numa sexta bem cedinho da cidade do Rio de Janeiro e optamos por utilizar a BR-116. A estrada está em boas condições e paga-se apenas um pedágio (R$ 15,20), entretanto ao passar por Barra do Piraí é necessário entrar na cidade e acabamos por ficar presos num engarrafamento que nos tomou um bom tempo.

Ao final da viagem decidimos visitar a localidade de Três Ilhas em Minas Gerais e, por isso, para retornar ao Rio tomamos a RJ-040. A estrada está em condições sofríveis em vários pontos, com buracos e irregularidades na pista. Além disso, nesse trajeto passamos por dois pedágios (R$ 11,60 cada).

Um pouco de história


De acordo com o site da Prefeitura de Rio das Flores o povoamento da região intensificou-se devido ao ciclo do café - existem em torno de 40 fazendas históricas no entorno! Em 1851 foi erigida a capela dedicada a Santa Teresa, instituindo a Freguesia de Santa Teresa de Valença, então distrito de Marquês de Valença. A prosperidade adquirida com o cultivo do café foi decisiva para o desenvolvimento do povoado. Em 1882 foi inaugurada a estação da Estrada de Ferro Rio das Flores, e em 1890, emancipou-se do município de Valença, tornando-se Vila de Santa Teresa. Devido à Lei Áurea e à crise econômica do primeiro ciclo cafeicultor, a cidade foi entrando em declínio, sofrendo acentuado êxodo e gradual câmbio do foco produtor para o setor pastoril. Em 1929, a vila foi elevada à condição de cidade, e em 1943 passou a se chamar cidade de Rio das Flores. Atualmente tem sua economia baseada na agropecuária e no turismo.

Mas porque Rio das Flores? De acordo com a Sra. Margareth, proprietária da pousada Vila Flor, onde ficamos hospedados, até o início do século passado as margens do rio eram cobertas por Lírios do Campo, criando uma paisagem realmente encantadora. Infelizmente, hoje essa caraterística se perdeu e ficou apenas a referência no nome da cidade.

Dando umas voltinhas


Uma vez instalados na pousada e com algum tempo de sobra antes do almoço,  saímos para conhecer o centro de Rio das Flores, que, embora não seja muito grande, reúne tudo do que se precisa ao alcance de alguns poucos passos. Chamou nossa atenção o aspecto geral de organização e limpeza da cidade. Para quem como nós está acostumados a conviver com o caos diário do Rio de Janeiro, poder desfrutar dessa sensação de tranquilidade é um grande privilégio.

O primeiro ponto de parada foi a igreja matriz, dedicada à Santa Teresa D´Ávila. Aqui foram batizados Santos Dumont e sua irmã. Infelizmente estava fechada e só pudemos observá-la por fora.

Igreja Matriz de Rio das Flores.

Em compensação, atrás dela havia outro local que aproveitamos para conhecer: o Cemitério!

Cemitério de Rio das Flores - aqui repousam os restos dos antigos barões da região.

Tendo em vista o poderio econômico dos barões durante a época áurea do café era de se esperar que houvessem belos exemplares de arte tumular. Infelizmente encontramos bem poucos e um tanto deteriorados.

Veja mais imagens de nossa visita à Rio das Flores no álbum do Facebook e no nosso perfil no Instagram.

Hora do almoço


Chegamos próximo da hora do almoço já sabendo que a partir das 12:30h a Fazenda Santo Inácio abre seus portões para receber os visitantes com uma comidinha caseira feita com produtos da região num fogão a lenha.

Fomos recebidos pelo Sr. Celso, dono da fazenda e por sua filha Ana Célia - que é quem faz as honras da casa. Logo logo o papo estava engatado e aproveitamos para conhecer um pouco da história do lugar. Ao final, combinamos até um churrasco de costela na vala, a ser providenciado na nossa próxima visita.

D. Cida e a vaca atolada - entre outros pratos.

Sede da Fazenda Santo Inácio.

Um dos moradores de quatro patas da fazenda.

O valor é de R$ 45,00 por pessoa, sendo que o vivente pode fartar-se a vontade! Cada um pega o seu prato e vai até a cozinha, numa informalidade gostosa que torna a experiência ainda mais gratificante.

As cozinheiras são Cida e Regina e neste dia elas prepararam uma vaca atolada que estava uma delícia. Eu mesmo devo ter desatolado umas duas ... Também tinha arroz, feijão, angu, purê de abóbora, leitão assado, quiabo, espinafre, macarrão, saladas diversas e sobremesas. Isso sem contar o cafezinho.

Também é preciso dizer que o doce de mamão e o queijo de minas ganharam o coração da D. Renata, nossa especialista em questões culinárias.

Depois de saciada a fome, hora de dar umas voltas pelo terreiro para fazer a digestão e desfrutar da tranquilidade do campo e, obviamente, tirar fotos da bicharada que anda solta pelo quintal.

Depois do almoço na fazenda, pegamos o carro e seguimos em busca de outra especialidade da roça: a cachaça. Seguindo as orientações do Sr. Celso nos dirigimos ao Alambique Vieira  & Castro, o qual é bem fácil de encontrar por encontrar-se numa das glebas da Fazenda União.

Sra. Aline e D. Renata conferindo a origem da letra da música "pinga ni mim".

Fomos recebidos pela Sra. Aline, uma das proprietárias do alambique e especialista de primeira quando o assunto é água que passarinho não bebe. Segundo ela, a empresa tem uma preocupação muito grande com a sustentabilidade e o controle de qualidade no processo de fabricação da cachaça. Tudo começa com o cultivo próprio da cana na propriedade. A partir da colheita, todo subproduto é aproveitado de uma forma ou de outra de modo a causar o menor impacto possível no meio ambiente.

Mostrador de um dos tanques de destilação.

Como a visita foi feita na época da entre-safra os equipamentos estavam desligados para manutenção. Felizmente havia estoque suficiente da mercadoria e pudemos trazer alguns litros de recordações etílicas dessa viagem...

Hora da janta


A cidade conta com uma boa infraestrutura de bares e restaurantes, só que naquela noite haveria um show e as casas não estavam servindo refeições - não me perguntem o que uma coisa tem a ver com a outra! Então perguntamos a um dos rapazes se haveria alguma outra opção e nos indicaram o Restaurante da Paulinha. Como ali tudo é perto fomos andando até encontrar uma casa simples, com mesinhas na calçada e onde foi servida a pizza mais bem recheada que experimentei até hoje. Também servem pastéis, petiscos e lanches - entre outras coisas. Ao olhar o cardápio chamou nossa atenção a pizza sabor X-Tudo. Para garantir pedimos meio-a-meio com portuguesa. Tenham a certeza de que o produto faz jus ao nome, pois realmente veio de tudo e mais um pouco naquela pizza!!

Também foi legal passar um tempo ali porque é um ponto de encontro dos habitantes da cidade e pudemos compartilhar com eles aqueles momentos de descontração.

A pizza com tudo dentro, mais refrigerante saiu por módicos R$ 32,00.

Artesanato é o maior barato


Uma das dicas que o pessoal da cidade nos deu foi conhecer a Associação dos Artesãos de Manuel Duarte e Porto das Flores, popularmente conhecido como Florart.

A sede da associação fica às margens da RJ-145 e é bem fácil de achar, pois ocupa uma ampla área numa antiga estação ferroviária.

A loja é muito bem organizada e alí é possível encontrar o resultado do trabalho de mais de 60 artesãos e artistas populares. São peças feitas com diversas técnicas, tais como cerâmica, tecelagem manual, marcenaria e a especialidade da casa: trançados em taboa - folha com a qual são feitos cestos e outros itens de decoração.

D. Linéia e D. Renata trocando idéias sobre decoração.

Bruxinhas de cerâmica, trabalho de artesão local.

Pousada Vila Flor


Está localizada bem em frente da praça principal, no coração da cidade. Originalmente era uma residência que a Sra. Margareth decidiu transformar em pousada. O quarto em que ficamos não era muito grande, mas atendeu as nossas necessidades de espaço. Cama confortável, banheiro espaçoso, com chuveiro elétrico. As instalações são novas e em boas condições. Embora houvesse um reforçador de sinal no quarto a qualidade do wi-fi deixou um pouco a desejar. A conexão funcionava melhor na área onde é servido o café da manhã.

O atendimento foi nota dez pela simpatia e atenção com os quais a Sra. Margareth nos recebeu, bem como pelas dicas sobre a cidade e sua história.

Estabelecimentos citados nesse artigo


Alambique Vieria & Castro
Estrada Fazenda União, 4477
Telefone: 24 99939-0714
Contato: Sra. Aline

Fazenda Santo Inácio
Rua Professora Enaura Reis Valle, s/n - a entrada fica ao lado do portal da cidade
Telefone: (24) 2458-1996
Aberto aos domingos a partir das 12:30h - de segunda a sábado é preciso agendar
Contato direto com os proprietários, Sr. Celso e sua filha Ana Célia

Florart
Rua Major Belford, s/n - Manuel Duarte
Telefone: (24) 2458-0190
Contato com Sra. Linéia

Pousada Vila Flor
Praça Cel. Sucena, 40
Centro
Telefone: (24) 2458-1114
Contato direto com a proprietária, a Sra. Margareth

Restaurante da Paulinha
Rua Santa Teresa D'Ávila, 70
Telefone: 24 24581000 - faz tele entrega

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Revisitando a Floresta da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ

Já faz algum tempo que o Rio de Janeiro vem sendo assolado por problemas de todos os tipos, como resultado da perigosa combinação de má gestão e corrupção que se instalaram no governo do Estado. No topo desta lista de agruras figura a violência urbana, com diversos relatos de assaltos não raro seguidos de agressões e até mortes - inclusive de turistas.

Insegurança, uma triste realidade


Devido a essa situação calamitosa, lugares até então muito utilizados pelos amantes dos esportes outdoor tornaram-se verdadeiras armadilhas, pois o isolamento e a falta de comunicação dos pontos mais distantes são perfeitos para as emboscadas montadas pelos assaltantes.

Não faz muito tempo a Floresta da Tijuca andou aparecendo nas manchetes justamente devido a ação de grupos de meliantes que estavam praticando assaltos em suas trilhas, até mesmo no Parque Nacional da Tijuca - PNT, que é administrado pela União.

Por isso resolvemos realizar uma visita no local para ter uma noção de como andam as coisas por lá e, felizmente, tudo andou bem.

Muitas famílias aproveitavam o local para curtir a natureza.

Estivemos no PNT no domingo do feriadão da Independência, um belo dia de sol diga-se de passagem. O parque não estava propriamente lotado, mas havia um expressivo número de visitantes.

As áreas de circulação, bem como os estacionamentos, praças e recantos para piquenique estavam organizados e limpos. Além disso, encontramos diversos guarda-parques circulando pelo local.

Devido ao tempo relativamente curto de que dispúnhamos, optamos por realizar uma trilha não muito longa, que leva da área da Capela Mayrink até o Alto da Bandeira, a qual foi percorrida sem maiores problemas.

Entretanto não há como afirmar que a área do Parque esteja cem por cento segura, pois há diversas trilhas que cortam a mata, sendo que algumas delas levam a pontos realmente ermos. Pelo que pudemos observar há uma preocupação por parte das autoridades em manter as áreas de maior circulação em condições mínimas para receber os visitantes. Trocando em miúdos, frequente o Parque por sua conta e risco!

Para saber mais sobre o PNT leia o post Parque Nacional da Tijuca.

A seguir algumas fotos desse lugar tão especial para os cariocas.

Ponte em frente a Cascata Taunay

Carranca que ornamenta uma das muitas banheiras que captam a água das fontes.

Apesar do que diz a placa, o melhor é não beber desta água.

As cores da natureza indicam que a primavera se aproxima.

A vista do Alto da Bandeira.

Um quati veio checar se havia algo aproveitável no lixo.

Parque Nacional da Tijuca


Endereço: Estrada da Cascatinha, 850 - Alto da Boa Vista, Rio de Janeiro - RJ
Entrada franca
Horário: das 08:00 às 17:00, sendo que é recomendável iniciar as trilhas no máximo às 14:00
Como chegar: utilize uma das linhas de ônibus 301, 302 ou 345 e desça na Praça Antônio Viseu. A dica para quem está na Zona Sul é pegar o metrô e descer na Estação Uruguai, da onde é possível prosseguir de ônibus.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Hospedagem nos Lençóis Maranhenses - Barreirinhas - MA

Estivemos no Maranhão na semana de 1° a 8 de julho participando de uma expedição fotográfica pelos Lençóis Maranhenses. O ponto de encontro dos participantes, vindos de diferentes partes do País, foi a cidade de São Luís - capital do Estado. Dali partimos para uma aventura sensacional que incluiu uma série de deslocamentos para que pudéssemos registrar a beleza do lugar em diferentes locações. Com isso também tivemos a oportunidade de conhecer várias pousadas e aproveitamos para fazer um post específico sobre hospedagem com dicas úteis para quem está planejando se aventurar por lá.

Stop Way Hotel - São Luís


As instalações são novas, modernas e confortáveis. Está localizado num bairro nobre, entre o mar e a lagoa, de modo que a vista de qualquer um dos quartos é bem aprazível. Na chegada o wi-fi demorou para conectar e permaneceu instável por boa parte do tempo, mas isso parece ser um problema generalizado no Maranhão.

Fachada do hotel - foto divulgação

Café da manhã farto, com várias opções de pães, bolos e biscoitos. Oferecem leite em pó sem lactose. Caso o hóspede deseje, preparam ovos fritos na hora, mas o serviço é cobrado à parte.

O entorno é tranquilo. Há diversos restaurantes, bem como quiosques de praia muito próximos ao hotel. Há também um pequeno mercado estilo gourmet.

Fica um pouco distante do Centro Histórico e o acesso a ele é feito mediante a travessia de uma ponte que costuma engarrafar devido ao trânsito na região. Fique atento.

Endereço:Av. Mário Meirelles, rua 26
Bairro Ponta da Areia
65.077-640 - São Luís - MA
Telefone:+55 (98) 4009-7777
Site:www.stopwayhotel.com.br
Check in:14:00h
Check out:12:00h
Dados do Stop Way Hotel

Pousada Jurará - Atins


Nosso primeiro destino nos Lençóis foi a Praia de Atins, uma pequena vila plantada próximo à foz do Rio Preguiças.

Bar e área do café da manhã - foto divulgação

A arquitetura da pousada procura reproduzir o estilo das casas de pescadores da região e ao mesmo tempo garantir o conforto dos hóspedes. Todos os quartos são térreos, possuem banheiro privativo e estão posicionados de modo a ficarem isolados da área de circulação, onde há um bar e é servido o café da manhã. O apartamento que ocupamos era amplo, mas equipado apenas com a cama, cabides de parede e um suporte para colocar a mala.

Como não há frigobar no quarto é necessário solicitar ao pessoal da pousada para guardar o que necessita de refrigeração na geladeira da cozinha. Quanto a isso não há problema, pois foram todos muito atenciosos.

O café da manhã é simples, mas gostoso. Servem pão caseiro feito ali mesmo, tapioca e ovos ao gosto do freguês. As vezes pode demorar um pouco devido a grande demanda, então é bom ir cedo para não prejudicar a saída para os passeios.

Não há calçamento nem calçadas nas ruas de Atins, então prepare-se para caminhar na areia fofa o tempo todo. Leve sandálias confortáveis.

Endereço:Rua Principal, s/n
Praia do Atins
65590-000 - Barreirinhas - MA
Telefone:(011) 3331-3434
(098) 9130-7274
Site:www.pousadajurara.com.br
Check in:14:00h
Check out:12:00h
Dados da Pousada Jurara

Pousada Encantes do Nordeste - Barreirinhas


Esse é um daqueles casos em que o nome cai como uma luva, pois o hóspede realmente fica encantado com as instalações da pousada. A começar pela recepção, que acolhe os recém chegados num ambiente que mescla requinte e sofisticação com bem-estar.

Chalés - foto divulgação

Aqui o visitante fica hospedado em chalés independentes, com total privacidade, os quais contam com varanda, rede já instalada e uma pequena área ajardinada. Ao todo são 27 chalés distribuídos numa área de aproximadamente 15.000 m² onde, ao fundo, corre o rio Preguiças. Além dessa grande área verde, a pousada oferece piscina e um espaço zen, onde um massoterapeuta está a disposição mediante agendamento.

O entorno da pousada carece de restaurantes e afins, de modo que a alternativa é utilizar os serviços do "Bambaê", bar e restaurante da pousada, que fica às margens do rio. Como o terreno é bastante extenso e irregular, os chalés ficam em diferentes níveis interconectados por escadas, o quê pode representar um problema para pessoas que tenham dificuldades de locomoção. Se for esse o caso, será necessário utilizar o serviço de uma van que realiza o transporte da recepção ao restaurante sem custo adicional.

O café da manhã é caprichado e bem variado, servido numa área coberta próxima à piscina.

Aproveite uma ida ao Bambaê para provar a Tiquira, uma aguardente local feita a partir da mandioca. É forte!

Endereço:Rua Boa Vista, 950
Boa Vista
65590-000 - Barreirinhas - MA
Telefone:(098) 3349-0288
(011) 3331-3434
Site:www.encantesdonordeste.com.br
Check in:14:00h
Check out:12:00
Dados da Pousada Encantes do Nordeste

Pousada CIAMAT - Santo Amaro


Essa pousada oferece uma opção completamente diferenciada no quesito hospedagem. Sua proposta é aliar ecologia e respeito ao meio ambiente ao conforto e requinte. Os hóspedes tem a disposição pequenos chalés construídos em madeira e palha - de modo a poder desfrutar da ventilação natural - bem distribuídos num jardim de aproximadamente 10.000 m², o que garante tranquilidade e privacidade.

Vista interna de um dos quartos - foto divulgação

Confesso que estranhei um pouco o quarto, devido a sua aparência grosseira e ausência de móveis. Havia apenas uma cama protegida por um mosquiteiro e um apoio para a mala. O banheiro segue a mesma linha e também é construído em madeira rústica.

Em contrapartida, a pousada oferece diversas opções de pastas italianas artesanais as quais podem ser combinadas com vários tipos de molhos. Destaque para a carta de vinhos, com uma seleção  de fazer inveja a qualquer restaurante internacional. Na noite em que jantamos na pousada a pedida foi por um bordeaux Franc Beauséjour e Montepulciano d'Abruzzo. Magníficos.

Endereço:Rua Sempre Virgem 13
Olho d'Agua
Santo Amaro do Maranhao - MA
Telefones:+55 98 987084735
+55 21 996723360
Site:www.ciamatcamp.com
Check in:14:00h
Check out:12:00
Dados da Pousada CIAMAT

Veja imagens de Lençóis Maranhenses em nosso perfil no Instagram, clicando aqui.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Trilha na Serra do Lenheiro - São João Del Rei - MG

Contam os antigos que em idos tempos era nestas cercanias que os habitantes de São João Del Rei vinham se abastecer de lenha para seus fogões, vindo dai o nome Serra do Lenheiro. Apesar de ser uma área de natureza preservada, o fato é que a região fica bem próxima da área urbana do município. Tanto que muitas trilhas tem como ponto de partida ruas de bairros vizinhos, como o Tijuco. Seu perfil rochoso é perfeito para a prática de montanhismo, trilhas e rapel, motivo pelo qual o 11º Batalhão de Infantaria de Montanha de São João Del Rei a utiliza na instrução da tropa nas técnicas de combate em terreno acidentado.

Se por um lado esta proximidade facilita o acesso da população a uma área de lazer privilegiada, por outro expõe o bioma remanescente aos perigos da expansão imobiliária - muitas vezes mais interessada no lucro do que na preservação do ambiente natural. Como forma de proteger este patrimônio, desde 1993 boa parte da Serra do Lenheiro passou a integrar o Parque Municipal Ecológico. Embora a área coberta seja relativamente pequena, apenas 2.000 km², a demarcação deste espaço foi considerada uma vitória importante pelos conservacionistas.

Morro dos Três Pontões.


Veja estas e outras imagens no álbum Pinturas Rupestres na Serra do Lenheiro em nossa página no Facebook.

Para o alto e avante!


Como parte das atividades do II Encontro de Inverno de Blogueiros de Viagem a Rumos Em Rotas brindou os participantes com uma trilha no Morro dos Três Pontões, ao fim da qual uma surpresa nos aguardava. Devido a exiguidade do tempo, desta vez o deslocamento até o pé do morro foi feito de carro, mas normalmente o caminho é percorrido a pé e tem duração aproximada de 40 min.

Após uma rápida preleção sobre os cuidados a serem adotados no trajeto, incluindo um alerta especial sobre a possível presença de serpentes da espécie urutu, nativa da região, teve início a marcha para o alto. A trilha é de nível médio, com alguns trechos mais ingrimes, e extensão aproximada de 950 metros. Caminhando com calma, mesmo pessoas sedentárias e sem experiência podem realizá-la sem maiores problemas. Sempre é bom lembrar que este tipo de atividade requer um mínimo de equipamentos: calçado fechado com solado anti-derrapante, chapéu (ou boné) e água!

A subida é íngreme, mas vale a pena.

Em pouco tempo chegamos ao ponto alto da visita (literalmente!), as pinturas rupestres. De acordo com Miranda, o guia, não há um consenso sobre a datação destes desenhos. Os estudos já realizados sugerem que eles teriam sido feitos entre 6 a 9 mil anos atrás, por tribos indígenas que habitavam a região.

Pinturas rupestres, vestígios da presença humana na região há 9.000 anos.

Também não se sabe ao certo a motivação ou significado destes registros, compostos por figuras antropomórficas, zoomórficas e abstratas. Talvez façam parte de um ritual para favorecer a caça ou são apenas o relato das atividades cotidianas da tribo. No paredão rochoso pode-se identificar facilmente a representação de veados, lagartos e pessoas, as quais sugerem uma formação familiar.

Vista do mirante natural do morro dos Três Pontões.

Mas o quê teria levado estes habitantes ancestrais a subir até o alto daquele morro? Ao que parece o lugar funcionava como um ponto de observação, de onde facilmente se poderia avistar a aproximação de tribos inimigas ou de caça. O que sugere uma outra explicação para os desenhos: talvez algum vigia entediado tenha encontrado na arte uma maneira de matar o tempo que tinha de passar na tocaia.

Gostou? Este passeio faz parte dos roteiros oferecidos pela agência Rumos Em Rotas.


A equipe do GSMA fez a trilha da Serra do Lenheiro como cortesia oferecida pela Rumos Em Rotas por estar participando do 2º Encontro de Inverno de Blogueiros de Viagem - #eibv2.

Fonte:


SENTINELAS DA SERRA DO LENHEIRO. Nossa Serra do Lenheiro. São João Del Rei. Disponível em http://sentinelasdaserradolenheiro.blogspot.com.br/p/nossa-serra-do-lenheiro.html. Acessado em 25 ago. 2015.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Salto do Raizama e Vale da Lua na Chapada dos Veadeiros - Alto Paraíso - GO

As noites na Vila de São Jorge costumam ser tranquilas e silenciosas, um pouco estranho para quem vive numa rua movimentada do Rio de Janeiro e se acostumou a dormir embalado por freadas e buzinas. Talvez por isso a primeira noite na Chapada dos Veadeiros tenha sido tão marcante e repousante. O fato é que bem cedo já estava a postos no refeitório da pousada pronto para saborear um café reforçado com tapioca, ovos mexidos e bruschetta. Como sabiamente dizia minha vó, saco vazio não para em pé e uma boa refeição é essencial para gastar sola por aqui.

No Espaço Infinito


A Trilha do Raizama começa no Sítio Espaço Infinito, localizado há uns três quilômetros da Vila de São Jorge. Confesso que estranhei um pouco o local, meio largado - como se diz lá no Sul quando a falta de conservação é evidente. Logo na entrada há um grande palco de madeira com ícones do rock dos anos 70/80 e logo a seguir as ruínas de uma construção semi-demolida e, aparentemente, abandonada.

Entrada do Espaço Infinito.

Passado o susto inicial fui perguntar ao guia o que era aquilo, afinal o aspecto do lugar destoava bastante das demais instalações turísticas que existem na região. Pelo visto não era a primeira vez que ele respondia a esta mesma pergunta, pois ele não tardou em explicar que o sítio era um local alternativo, assim como seu proprietário, voltado para o lado místico do contato com a natureza. Além disso, aqui também são realizadas festas e festivais de música.

Depois de uma rápida preleção do guia, seguimos em frente rumo ao Córrego Raizama e suas quedas. O percurso total da trilha é de 4 km, nível fácil a moderado, e seu traçado basicamente segue o curso d'água até chegar ao salto propriamente dito. Ao longo do caminho vão surgindo pequenas quedas que são verdadeiras hidromassagens naturais, bem como piscinas escavadas na rocha, propícias para banho. A água é límpida, mas um pouco fria - o que não chegou a ser um problema devido ao calor que fazia na ocasião.

A primeira parada foi nesta cascatinha, com uma bela piscina natural.

O trajeto é bem sinalizado e há trechos em que a caminhada é feita em estruturas de madeira mantidas pelo proprietário do sítio. Após passarmos pelo Salto do Raizama o caminho ficou estreito e foi preciso ter um pouco mais de atenção, mas a passagem foi bem tranquila. É neste ponto que o Raizama se encontra com o Rio São Miguel e há um mirante de onde é possível observar o Salto ao fundo, o cânion e as corredeiras. Um cenário realmente magnífico.

Corredeiras do Rio São Miguel.

Um pouco mais adiante as águas ficam mais tranquilas e o rio corre em meio a paredões de pedra. Esta é uma excelente área para banho, sendo que é possível mergulhar das pedras em alguns pontos. Depois desta parada refrescante seguimos pela trilha até alcançar novamente o ponto de partida. Pausa para um lanche reforçado e direto para o próximo destino.

Trecho do Rio São Miguel, entre as rochas.

Vale da Lua


A formação rochosa conhecida como Vale da Lua é realmente impressionante, mas o ponto alto desta visita - para mim! - foi sem dúvida a paisagem que emoldura o caminho. A trilha em si é de nível fácil e tem extensão aproximada de um quilômetro. Durante boa parte do trajeto é possível admirar a formação rochosa da Serra do Segredo. Já mais próximo do rio há um mirante natural, uma enorme pedra, onde se pode subir sem maiores problemas, perfeita para um tempo de contemplação da vista que se descortina a frente.

Panorâmica do cerrado, com a Serra do Segredo ao fundo.

Este vale é uma das atrações mais procuradas na Chapada dos Veadeiros e a visita pode ser feita sem a presença de uma guia, pois o caminho é bem sinalizado e não apresenta perigo. Entretanto, é bom estar atento as mudanças do tempo, principalmente no período de chuvas, para não ser surpreendido pela enxurrada.

Formações rochosas lembram uma paisagem lunar.

O nome Vale da Lua vem do aspecto peculiar das rochas arenosas escavadas pela ação da água do Rio São Miguel e também por sua cor acinzentada, que remete ao solo lunar. O lugar está repleto de crateras de todos os tamanhos, passagens subterrâneas, funis e moinhos. Para andar aqui com segurança é indispensável o uso de sapatos fechados, com solado anti-derrapante.

Ação da água é responsável pelo aspecto do lugar.

Em alguns pontos se formam bacias próprias para banho, algumas bem profundas. Por um lado é bom para os que gostam de saltar das pedras, mas por outro é bom ficar atento e somente se aventurar por ali se for um bom nadador.

Almojanta


Para quem não sabe, almojanta é uma refeição reforçada que se toma ao fim da tarde e faz as vezes de almoço e janta - dai o nome. Como os passeios começam cedo, são muitos os lugares para ver, as distâncias são grandes e nos levam para o meio da natureza fica difícil conciliar as refeições com horários regulares. Então a solução mais prática é fazer uma parada para um lanche por volta do meio do dia e uma bela refeição no retorno à pousada.

Veja estas e outras imagens nos links abaixo:

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Chapada dos Veadeiros e Vila de São Jorge - Alto Paraíso de Goiás - GO

De 14 a 21 de junho estivemos gastando sola num dos lugares mais bonitos e impressionantes do Brasil, a Chapada dos Veadeiros, no coração de Goiás.

Foram oito dias de atividades intensas, com longas caminhadas, paisagens de encher os olhos e muito aprendizado com os guias que nos acompanharam nesta aventura. Isto sem falar nas fotos - muitas fotos! - que já estamos publicando em nossa página no Facebook (clique nos títulos para ver as imagens):


A primeira etapa da viagem consistiu em reunir os participantes do grupo no Aeroporto de Brasília, onde um transfer nos aguardava para pegar a estrada rumo ao interior do Estado. O deslocamento foi tranquilo, com pouco movimento e estradas em boas condições. Uma rápida parada no distrito de São Gabriel para um café já deu o tom do que seriam os dias que tínhamos pela frente: muito sol num céu profundamente azul com algumas nuvens fazendo contraponto!

Um rebanho de nuvens na pradaria azul do céu.

Este é o clima típico de início de inverno no cerrado. Aliás, diga-se de passagem que a época do ano para a realização desta viagem foi escolhida a dedo, uma vez que é a mais indicada para visitar a região por ser o início da estação seca. Na prática isto significa dias ensolarados, temperatura amena e cursos ainda com um bom volume de água. Dali seguimos por mais duas horas direto para Alto Paraíso, onde rolou um "almojanta" às quatro horas da tarde! Depois, mais um pouco de chão até chegarmos ao destino final: Vila de São Jorge.

Vila de São Jorge


São Jorge é um pequeno povoado pertencente ao município de Alto Paraíso, com ruas de chão batido, casas baixas e a sensação de que pressa e urgência são termos que ficaram para trás. De acordo com o relato de um goiano conhecedor da região, a ausência de asfalto não é um problema, mas sim uma opção dos habitantes da Vila, que acreditam ser esta uma forma de manter o progresso e suas mazelas longe de suas portas. Depois de passar alguns dias muito tranquilos por aqui tive que concordar com eles.

Uma rua como outras tantas em São Jorge.

O que não significa que não se possa contar com os confortos de uma vida moderna. A localidade conta com a infraestrutura básica indispensável, como luz, água tratada, saneamento e telefonia - inclusive móvel. O acesso à internet é precário e nos horários de pico praticamente não há conexão.

Por outro lado, aqui o visitante pode levantar os olhos da tela do celular à noite e se surpreender com um céu muito diferente do que ele está acostumado. Para quem mora num grande centro urbano, como eu, onde a iluminação feérica impede o avistamento de boa parte das estrelas, poder desfrutar de uma visão como esta é um privilégio.

Céu de São Jorge - fazia tempo que não via tanta estrela assim!

O comércio local conta com dois mercados bem abastecidos e, claro, diversas pousadas. Também há vários bares e restaurantes, mas atente para este detalhe curioso: muitos deles só funcionam de quinta a domingo, que é quando o afluxo de turistas é maior.

Um pouco de história


Inicialmente a região da Chapada era ocupada por tribos indígenas, principalmente pelos Goyazes, bem como por numerosos bandos de veados-campeiros. No final do século XVI os primeiros bandeirantes começaram a chegar em busca de ouro. Em decorrência, os índios foram exterminados assim como os veados-campeiros. Em contrapartida a terra herdou seus nomes: Goiás para o Estado e Chapada dos Veadeiros para a região. Neste período também teve início o povoamento de áreas remotas pelos escravos que fugiam das expedições europeias e fundavam quilombos. Devido à dificuldade de acesso, algumas destas comunidades quilombolas permaneceram praticamente intocadas até o século XX, conservando antigos costumes e modos tradicionais de existência.

Em 1912 foi descoberta a primeira grande jazida de cristal-de-rocha, dando início a um novo fluxo migratório que incrementou o povoamento da Vila de São Jorge. Levas de garimpeiros se aventuraram nestas terras em busca de fortuna, motivados pelo preço alcançado pelo mineral, já que existia uma grande demanda da indústria eletro-eletrônica por cristais de boa qualidade. Com o surgimento dos cristais sintéticos, a atividade mineradora entrou em declínio e a região só voltou a ser descoberta pelos idos da década de 70 do século passado, quando uma onda de misticismo fez acorrer outra leva de pessoas, desta vez em busca de revelações espirituais. Segundo eles, a geografia do lugar faz com que esta seja uma região especial do planeta, onde as energias fluem de forma intensa.

Por fim, mais recentemente, a Chapada começou a atrair o interesse do Ecoturismo e do turismo de aventura, graças a suas belas e fascinantes paisagens.

Na trilha


A partir da próxima semana estaremos publicando posts exclusivos contando cada passo desta aventura. Não perca!

Já saiu o primeiro post: Salto do Raizama e Vale da Lua na Chapada dos Veadeiros - Alto Paraíso - GO

terça-feira, 7 de abril de 2015

Trilha do Morro da Urca - Rio de Janeiro - RJ

O Morro da Urca é um dos principais cartões postais da cidade do Rio de Janeiro e oferece ao visitante diversas oportunidades de lazer com acesso fácil e baixo custo. Uma combinação pra lá de boa, não é mesmo?

A primeira é desfrutar a paisagem na Praia Vermelha, localizada na base do morro, em cuja faixa de areia os cariocas costumam relaxar e se divertir nos dias de sol. Aqui o mar forma uma enseada com águas calmas, próprias para banho e prática de esportes como stand up padlle, mergulho, vela, entre outros.

A segunda é realizar uma caminhada na Pista Cláudio Coutinho, construída na encosta do morro e com vista para o mar. Turistas, corredores e ciclistas costumam frequentar o local pela qualidade da pista, clima ameno e beleza natural. Além destes, circulam por aqui praticantes de rapel e pescadores, uma vez que a pista dá acesso a paredões de pedra próprios para quem se dedica a praticar escaladas e ao mar, onde é possível pescar.

E a terceira é realizar a famosa Trilha do Morro da Urca, cujo acesso também se dá pela Pista Cláudio Coutinho. O início é bem sinalizado e muito conhecido, de modo que não há como errar.

Cartazes alertam sobre os cuidados necessários durante a realização da trilha.

Veja estas e outras fotos no álbum Trilha do Morro da Urca (clique aqui) em Abaretiba, nossa página no Facebook.

O percurso


A trilha começa no pé do morro e termina na Estação Morro da Urca do bondinho que faz a ligação com o Pão de Açucar. Do marco inicial ao portão de acesso à estação percorre-se 950m em meio a mata fechada. A parte inicial da trilha é a mais íngreme e requer maior cuidado para evitar quedas devido ao desnível das pedras.

Início da trilha do Morro da Urca.

Quem está acostumado a praticar trilha não terá dificuldades em realizar o percurso em torno de 45min, mas se o seu preparo físico não é lá essas coisas programe-se para 01 hora de caminhada, aproximadamente.

Há trechos bem irregulares.

As árvores que circundam a trilha fornecem sombra e aliviam o calor, mas mantém a terra úmida, deixando o solo escorregadio em algumas partes mesmo em dias de sol. Por isso, é indispensável o uso de calçados apropriados. No dia em que realizamos o passeio avistamos diversas pessoas utilzando sandálias tipo havaianas, rasteirinhas e outros tipos de calçados totalmente inadequados. E não esqueça de levar uma garrafinha de água, pois manter-se hidratado é fundamental nestas horas.

Vista do mirante, com bairro da Urca e Aterro do Flamengo ao fundo.

Ao chegar a uma bifurcação na parte plana da trilha vire à esquerda e siga em frente. A dica é dar uma paradinha no mirante que está logo adiante para descansar e aproveitar a vista da Baia de Guanabara.

Pão de Açucar visto da trilha.

Trilha Transcarioca


A Trilha do Morro da Urca é a última etapa do que é considerado a maior trilha urbana do mundo: a Transcarioca, que vai da Barra de Guaratiba ao Morro da Urca. Com uma extensão em torno de 170km, a Transcarioca tem como objetivo assegurar que os parques do Rio sejam ligados por um corredor ecológico que facilite o fluxo das espécies nativas que ali vivem, criar um grupo permanente de apoio a manutenção destes parques e gerar atividade de recreação acessível a toda população.

Sinalização indicativa da Transcarioca.

Em 2014 cerca de 600 voluntários se uniram para demarcar a trilha com o símbolo que a identifica: uma pegada amarela. Quando você vir esta marca, você estará na Transcarioca!

Subir a pé, descer de bonde


A trilha termina na Estação Morro da Urca, onde é possível dar uma boa descansada, curtir a paisagem e desfrutar da infra-estrutura do local, que conta com banheiros, lanchonetes e algumas lojas de conveniências e lembrancinhas.

A partir de agosto de 2015 as regras para uso do bondinho mudaram. Agora é necessário adquirir o ingresso para descida das 16h às 19h30, no Espaço Baía de Guanabara, na praça de alimentação. Os valores dos ingressos são R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

Trilha do Morro da Urca


Onde: acesso pela Pista Cláudio Coutinho, na Praia Vermelha - Rio de Janeiro - RJ.
Como chegar: a região é bem servida de ônibus - prefira o transporte público, pois pode ser difícil estacionar devido ao grande número de visitantes que se dirigem ao bondinho e a Praia Vermelha.
Horário: a pista abre às 08:00 e o portão de acesso à estação fecha impreterivelmente às 18:00.
Entrada franca. Para descer de bondinho é necessário adquirir o ingresso.

Fonte


WIKIPARQUES. Trilha Transcarioca. Disponível em http://www.wikiparques.com/wiki/Trilha_Transcarioca. Acessada em 07 abr. 2014.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ipiabas - Barra do Piraí - RJ

Tranquilidade tem se tornado um bem precioso e difícil de encontrar ultimamente. Com o crescimento das cidades, a cada feriado hordas de turistas invadem recantos antes bucólicos e pacíficos, trazendo consigo as mazelas que gostariam de deixar para trás.

Por isso foi com grata satisfação que passamos alguns dias curtindo a paz, o sossego e o clima ameno de Ipiabas, um pequeno distrito do município de Barra do Piraí. E o mais incrível é que este oásis está localizado a apenas duas horas de carro da cidade do Rio de Janeiro.

O centro de Ipiabas é pequeno e pode ser percorrido a pé em bem pouco tempo. Não há muito para ver além da antiga estação da linha férrea e da vila dos ferroviários. Por outro lado, é de fácil acesso e está bem servido pelo comércio local, com farmácias, bares, restaurantes e super-mercado.

Caminhos rurais.

Mas quem vem a Ipiabas não está interessado na parte urbana e sim em seu interior. No passado as fazendas de café prosperavam, deixando casarões que merecem ser visitados. E hoje, como a base econômica do município ainda é o agronegócio, há diversas propriedades rurais espalhadas pela região que ajudam a manter o clima rural da paisagem. Aqui é possível explorar as trilhas em longas caminhadas para apreciar a natureza e avistar uma infinidade de pássaros, com destaque para os tucanos, pica-paus e canários.

Veja estas e outras imagens no álbum Eu Quero Uma Casa no Campo em nossa página no Facebook.

Pica-pau ao amanhecer.

Outra atração importante é a Cachoeira de Ipiabas, formada por duas quedas, uma com 3,5m de altura e a outra com 5m. Estivemos ali no início de fevereiro deste ano, época de estiagem, e o volume de água era impressionante! Apesar da correnteza, havia pequenas piscinas naturais próprias para banho. Infelizmente também havia muita sujeira deixada pelos frequentadores que não se dignam a recolher o lixo que produzem. Outro problema é a falta de sinalização para chegar até a cachoeira. Apesar do acesso ser relativamente fácil, é preciso conhecer o caminho para não se perder nas diversas bifurcações existentes na estradinha de chão batido que leva até ela.

Cachoeira!

O turismo ecológico vem se desenvolvendo aos poucos em Ipiabas, que já conta com uma boa infra-estrutura para receber seus visitantes. No Portal da Prefeitura de Barra do Piraí é possível encontrar uma relação de hotéis e pousadas que atendem a localidade. E ai vai uma dica: Ipiabas fica a 16km de Conservatória, onde os custos de hospedagem são bem maiores. Graças a isto, muitos turistas que se dirigem a Terra da Seresta preferem se hospedar por aqui devido aos preços mais acessíveis.


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Flutuante dos Botos - Novo Airão - AM

Depois de rodar quase 200km Amazônia adentro, passar uma noite tranquila e degustar um café regional com direito a tapioca recheada, finalmente era hora de conhecer o tão falado Flutuante dos Botos - para saber como tudo começou, veja a primeira parte desta história em Uma aventura inesperada (clique aqui).

O boto cor-de-rosa.

Casas flutuantes são comuns por aqui não só pela facilidade de locomoção, mas também devido as constantes, e dramáticas, mudanças nos níveis dos rios. E não só as casas flutuam, pois há também mercados de artesanato, armazéns, postos de saúde, agências bancárias e, acredite, até chiqueiros que utilizam este sistema.

Um pouco de história


Há pouco mais de dez anos o flutuante era apenas a residência de D. Marilza e suas duas filhas, Marisa e Monike. Quando tinha por volta de oito anos, Marisa começou a alimentar os botos que circulavam por ali e acabou criando um vínculo com alguns deles. É importante salientar que esta foi uma atitude pioneira numa época em que a conscientização sobre a necessidade de preservar o meio-ambiente ainda não havia chegado até os ribeirinhos da região. Mesmo nos dias atuais o boto cor-de-rosa é caçado indiscriminadamente para servir de isca ou para extração dos órgãos genitais para confecção de poções as quais a crendice popular atribui propriedades afrodisíacas. A docilidade que fez com que eles se aproximassem da menina Marisa é também o elemento que facilita o trabalho destes pescadores inescrupulosos.

Aos poucos o número de animais atraídos pelas crianças foi crescendo e a interação entre eles também. Além de alimentá-los, elas passaram a nadar com eles, o que lhes valeu o apelido de Encantadoras de Botos. Não demorou para que a história se espalhasse e atraísse o interesse da imprensa. O flutuante já foi tema de dois documentários internacionais, teve uma participação no filme Fundo do Abismo e já foi tema de reportagens de diversas emissoras brasileiras. Personalidades do calibre de Bill Gates, Richard Rasmussem, Lawrence Wahba, Sandra Annenberg, entre outros, já deram o ar da graça por aqui. Hoje a atração é geradora de renda para toda a cidade de Novo Airão devido ao grande número de turistas atraídos pela possibilidade de ficar tão próximo a um boto amazônico.

A coisa tomou tal dimensão que em 2010, por iniciativa do Conselho Consultivo do Parque Anavilhanas (onde o flutuante está inserido) foi criado o Grupo de Trabalhos para analisar o assunto, o GT-Botos.

Apenas os monitores podem alimentar os botos.

O resultado deste trabalho foi uma proposta de ordenamento do turismo com botos que procurou conciliar todos os aspectos envolvidos: biológicos, ecológicos, além das variáveis culturais, sociais e econômicas. A partir daí foram implementadas as seguintes medidas de ordem prática:

  • Somente funcionários treinados podem alimentar os animais; 
  • O limite é de 2 kg/dia de peixe para cada boto;
  • Não é mais permitido nadar com os animais. Os visitantes podem entrar na plataforma submersa desde que se comportem de maneira passiva, sem molestar os animais;
  • Antes da observação é ministrada uma palestra sobre os botos e a atividade de interação desenvolvida;
  • O número de pessoas na plataforma emersa e submersa é controlado;
  • Está proibida a navegação em um raio de 20 metros ao redor do flutuante.

Curumim na esperança de ganhar mais um peixinho.

Turismo consciente


Pelas conversas que tivemos com a equipe que nos atendeu, mas principalmente pelo que pudemos observar durante o tempo que permanecemos no local, há uma grande preocupação com o bem-estar dos botos. Aqui não há redes ou telas prendendo os animais, os quais vem e vão livremente e nem sempre são os mesmos. O convívio da equipe com eles é tão natural que os mais assíduos tem até nome e são tratados de acordo com suas preferências.

No dia em que visitamos o Flutuante, deram o ar da graça Chico, um macho irrequieto e guloso que corria os demais querendo abocanhar todos os peixes, uma fêmea e Curumim, outro macho, mais velho que os demais e também o mais fácil de identificar porque tem a mordida cruzada. Segundo a monitora, Curumim tinha o bico normal até ser arpoado por um pescador e escapar. A ponta do arpão ficou presa em sua boca e foram os outros botos que a arrancaram, deixando torta sua queixada.

Eles adoram um carinho no papo.

Durante a exposição que antecede o contato, Marisa foi passando algumas orientações importantes sobre os hábitos, o comportamento e a maneira como deveríamos nos comportar. Tocar nos botos faz parte da atração, mas é preciso seguir algumas regras para evitar incidentes desagradáveis, afinal, apesar de fofinhos, são animais selvagens: nunca encostar na parte de cima da cabeça (a bossa onde fica o "sonar" do animal). O correto é acariciar a parte de baixo ou das costas para o rabo. Desde 2010 não é mais permitido nadar com os botos, mas o Flutuante conta com uma plataforma submersa onde os visitantes podem se apoiar para ter um contato mais próximo com os bichinhos.

Uma curiosidade interessante a respeito dos botos é que eles tem personalidade própria. Por exemplo, quando o boto Dani aparece é proibido entrar na água, pois ela - é uma fêmea - gosta de interagir com as pessoas mordendo. Embora a mordida seja uma forma de brincar, os turistas acabavam se machucando ao se assustar e puxar o membro mordido instintivamente, o que ocasionava arranhões e cortes superficiais na pele.

Uma experiência emocionante


Enquanto estava na plataforma submersa fotografando por diversas vezes um deles vinha e roçava nas minhas pernas como se estivesse querendo chamar minha atenção. Em outro momento, a Renata (da equipe do blog) estava sentada com os pés dentro da água quando sentiu que Chico vinha e mordiscava levemente seus dedos. Apesar de não domesticados, são animais que aprenderam a conviver com as pessoas e parecem gostar de brincar com elas.

Não sei se terei a oportunidade de encostar num boto dentro da água novamente, mas posso garantir que a sensação que tive naquele dia não será esquecida facilmente! Sob uma pele macia e escorregadia é possível sentir que há muita força naquele corpo adaptado a vida aquática e que na verdade ele é que está dando a oportunidade de viver aquela experiência. Sai de lá com um sentimento bom e, a julgar pela expressão dos demais visitantes, não fui o único.

De olho no chapéu. Quem conhece a lenda do boto sabe porque!!

Veja o início desta aventura no post Uma aventura inesperada (clique aqui).

Para ver estas e outras fotos, acesse o álbum Novo Airão - Amazonas (clique aqui) em nossa página no Facebook.

Flutuante dos Botos


Endereço: Rua Antenor Carlos Frederico, s/n, Novo Airão - Amazonas.
Horário: 08h00 às 17h00. Os botos são alimentados em intervalos regulares às 09, 10, 11, 12, 14. 15, 16 e 17 horas.
Ingresso: R$ 25,00 por pessoa. Crianças até 10 anos são isentas.
Dica: vá com trajes de banho para poder curtir os botos dentro da água.


Veja também estes outros posts sobre o Amazonas:



Fontes


AMA BOTO. História. Novo Airão. Disponível em http://amaboto.com.br/historia/. Acessado em 27 jan. 2015.

PARQUE NACIONAL DE ANAVILHANAS. ICMBio. Turismo com botos vermelhos. Novo Airão. Disponível em http://www.icmbio.gov.br/parnaanavilhanas/turismo-com-botos-vermelhos.html. Acessado em 27 jan. 2015.