O sol abençoa a todos com luz e calor, mas as vezes exagera um pouco e o jeito é apelar para a sombrinha para poder cruzar a praça em segurança.
E como não lembrar do poetinha ao ver uma cena como esta?
Mário Quintana
O dia abriu seu pára-sol bordado
de nuvens e de verde ramaria.
E estava até um fumo, que subia,
mi-nu-ci-o-sa-men-te desenhado.
Depois surgiu, no céu arqueado,
a Lua – a Lua! – em pleno meio-dia.
Na rua, um menininho que seguia
parou, ficou a olhá-lo admirado…
Pus meus sapatos na janela alta,
sobre o rebordo… Céu é que lhes falta
pra suportarem a existência rude!
E eles sonham, imóveis, deslumbrados,
que são dois velhos barcos, encalhados
sobre a margem tranquila de um açude…
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
O sol abriu seu para-sol bordado - Bananal - SP
Marcadores:
Cotidiano
Sobre o autor:
Paulo Cattelan é escritor e fotógrafo, cuja paixão é viajar coletando estórias e imagens dos lugares por onde passa. Tem um interesse especial pelo fantástico e o sobrenatural graças a experiências inexplicáveis vividas ao longo de sua carreira. Como bom ouvinte que é, sabe que em todo lugar há sempre alguém disposto a contar algo sobre si, esteja ele vivo ou não.
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