Roteiro é um mix de lazer, história e cultura
O ponto de encontro foi no número 1 da Avenida Rio Branco, de onde já se pode ver a paisagem da região portuária sem a estrutura da perimetral. Aos poucos o pessoal foi chegando, se enturmando e formando um grupo disposto a botar o pé na rua.
Seguindo o estilo consagrado pela Expedição Cultura, a Prof. Nani Rodrigues iniciou os trabalhos com uma rápida explanação destinada a situar os participantes sobre a importância histórica e cultural daquela parte da cidade. A seguir, sob a orientação do guia e historiador Jean Pierre Guerra Domingues, teve início o deslocamento com destino à Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, no alto do morro.
Todos prontos para começar o passeio! |
Uma outra cidade
Para quem está acostumado a frequentar o centro do Rio durante a semana não deixa de ser estranho a calma e a tranquilidade que reinavam por ali naquela momento. É como se o Rio fosse uma outra cidade nos domingos pela manhã!
Com as ruas vazias é possível caminhar sem pressa e prestar atenção aos detalhes que passam desapercebidos devido a correria da semana.
O Centro do Rio fica diferente num domingo pela manhã. |
Seguindo pela Travessa do Liceu se chega à Ladeira João Homem, que tem este nome curioso devido a um personagem que vivia nesta rua e passou a história por ter recebido o Vice-Rei em ceroulas! Ficou curioso? Estas e outras curiosidades você só encontra nos roteiros da Expedição Cultura.
Para o alto e avante! |
Paisagem de contrastes
Conforme se vai progredindo em direção ao topo do morro a paisagem vai mudando radicalmente. Os arranha-céus e as avenidas dão lugar a ruas sinuosas, de calçamento irregular, e ladeadas por um casario ensolarado e alegre, dando ao ambiente um ar de cidade do interior.
O contraste entre o casario do morro e o Centro da cidade. |
Alguns participantes desconheciam o Morro da Conceição e para eles este recanto tão pitoresco e tão próximo do Centro oferecia motivos de sobra para paradas de contemplação e, é claro, cliques para eternizar o momento. Felizmente Jean, nosso guia, conhece bem este lado do Gastando Sola Mundo Afora e planejou o roteiro com tempo suficiente para que todos pudessem exercer seu lado fotográfico de ser.
Um único lugar, vários pontos de vista... |
No alto encontra-se a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, outrora responsável pela defesa da cidade contra ataques vindos da Baia da Guanabara. Hoje é difícil imaginar como isto seria possível, uma vez que os sucessivos aterros empurraram a zona portuária para bem longe do alcance de seus canhões.
A fortaleza é um símbolo de resistência. |
Atualmente a Fortaleza continua na ativa, mas com outra função. Nela funciona o Serviço Cartográfico do Exército. E no antigo Palácio Episcopal, contíguo à seus muros, está sediado o Museu Cartográfico.
Não podia faltar a tradicional foto do grupo na escadaria do Museu Cartográfico. |
Seguindo pelas ruazinhas que cortam a geografia do morro encontram-se mirantes que oferecem uma vista privilegiada de vários pontos da cidade, da Baia da Guanabara, da Ponte Rio-Niterói e, como o dia estava claro, de bem mais além. Um deles fica na Rua do Jogo da Bola que, ao contrário do que muitos pensam, não deve seu nome ao futebol. O outro fica no final da Ladeira do Pedro Antônio. Deste último se avista o Morro da Providência e, logo abaixo, o Jardim Suspenso do Valongo.
Parada estratégica no Jardim do Valongo. |
As pedras pisadas do cais ...
E por falar em Valongo, fizeram parte do roteiro dois importantes pontos que marcaram a história do Rio de Janeiro em diferentes épocas: o Jardim, destinado à elite da época, e o Cais, por onde se estima que tenham passado em torno de 1 milhão de seres humanos escravizados.
Um pouco de muita história no Cais do Valongo. |
O Cais do Valongo foi aterrado para dar lugar ao Cais da Imperatriz (e como forma de apagar esta mácula da história brasileira), mas o Projeto do Porto Maravilha resgatou sua localização e hoje ele é um importante sítio arqueológico e um monumento à memória dos escravos que por ali passaram.
As ruínas do Cais estão expostas à visitação e ao lado foi montado um Centro de Informações onde é possível conhecer a história da região portuária através de elementos multimídia.
Centro de Informações conta a história das transformações da região. |
Completando o circuito da Pequena África, o roteiro incluiu uma visita à Pedra do Sal - considerada berço do Samba carioca - e ao Largo de São Francisco da Prainha.
Pedra do Sal, berço do samba. |
Com mais alguns passos chegamos ao Museu de Arte do Rio - MAR para o encerramento oficial do evento.
Última parada: Museu de Arte do Rio - MAR. |
A caminhada não terminou
Depois de Gastar Sola no Morro da Conceição com este grupo tão bacana só nos resta agradecer a todos os que participaram de nossas promoções e nos tem apoiado acompanhando as postagens do blog e curtindo as publicações em nossa página no Facebook.
Chegamos ao final deste primeiro ano de atividades com a certeza que o caminho recém começou e que há mutio chão pela frente ainda. Por isso adotamos o lema "O Blog Que Vai Longe", para deixar clara nossa intenção de seguir firmes Gastando Sola Mundo Afora!
Chegamos ao final deste primeiro ano de atividades com a certeza que o caminho recém começou e que há mutio chão pela frente ainda. Por isso adotamos o lema "O Blog Que Vai Longe", para deixar clara nossa intenção de seguir firmes Gastando Sola Mundo Afora!
Veja estas e outras fotos no álbum Gastando Sola no Morro da Conceição (clique aqui) em Abaretiba, nossa página no Facebook.
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