segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Gastamos Sola no Morro da Conceição

Domingo, dia 14, foi dia de acordar cedo para participar da caminhada Gastando Sola no Morro da Conceição, realizada em parceria com a Expedição Cultura Turismo. O evento marcou o encerramento das comemorações do primeiro ano de existência do blog e reuniu uma animada turma de gastadores de sola que aproveitaram a ocasião para conhecer um pouco mais da história do Rio de Janeiro e clicar belas imagens pelo caminho.

Roteiro é um mix de lazer, história e cultura


O ponto de encontro foi no número 1 da Avenida Rio Branco, de onde já se pode ver a paisagem da região portuária sem a estrutura da perimetral. Aos poucos o pessoal foi chegando, se enturmando e formando um grupo disposto a botar o pé na rua.

Seguindo o estilo consagrado pela Expedição Cultura, a Prof. Nani Rodrigues iniciou os trabalhos com uma rápida explanação destinada a situar os participantes sobre a importância histórica e cultural daquela parte da cidade. A seguir, sob a orientação do guia e historiador Jean Pierre Guerra Domingues, teve início o deslocamento com destino à Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, no alto do morro.


Todos prontos para começar o passeio!

Uma outra cidade


Para quem está acostumado a frequentar o centro do Rio durante a semana não deixa de ser estranho a calma e a tranquilidade que reinavam por ali naquela momento. É como se o Rio fosse uma outra cidade nos domingos pela manhã!

Com as ruas vazias é possível caminhar sem pressa e prestar atenção aos detalhes que passam desapercebidos devido a correria da semana.

O Centro do Rio fica diferente num domingo pela manhã.

Seguindo pela Travessa do Liceu se chega à Ladeira João Homem, que tem este nome curioso devido a um personagem que vivia nesta rua e passou a história por ter recebido o Vice-Rei em ceroulas! Ficou curioso? Estas e outras curiosidades você só encontra nos roteiros da Expedição Cultura.

Para o alto e avante!

Paisagem de contrastes


Conforme se vai progredindo em direção ao topo do morro a paisagem vai mudando radicalmente. Os arranha-céus e as avenidas dão lugar a ruas sinuosas, de calçamento irregular, e ladeadas por um casario ensolarado e alegre, dando ao ambiente um ar de cidade do interior.

O contraste entre o casario do morro e o Centro da cidade.

Alguns participantes desconheciam o Morro da Conceição e para eles este recanto tão pitoresco e tão próximo do Centro oferecia motivos de sobra para paradas de contemplação e, é claro, cliques para eternizar o momento. Felizmente Jean, nosso guia, conhece bem este lado do Gastando Sola Mundo Afora e planejou o roteiro com tempo suficiente para que todos pudessem exercer seu lado fotográfico de ser.

Um único lugar, vários pontos de vista...

No alto encontra-se a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, outrora responsável pela defesa da cidade contra ataques vindos da Baia da Guanabara. Hoje é difícil imaginar como isto seria possível, uma vez que os sucessivos aterros empurraram a zona portuária para bem longe do alcance de seus canhões.

A fortaleza é um símbolo de resistência.

Atualmente a Fortaleza continua na ativa, mas com outra função. Nela funciona o Serviço Cartográfico do Exército. E no antigo Palácio Episcopal, contíguo à seus muros, está sediado o Museu Cartográfico.

Não podia faltar a tradicional foto do grupo na escadaria do Museu Cartográfico.

Seguindo pelas ruazinhas que cortam a geografia do morro encontram-se mirantes que oferecem uma vista privilegiada de vários pontos da cidade, da Baia da Guanabara, da Ponte Rio-Niterói e, como o dia estava claro, de bem mais além. Um deles fica na Rua do Jogo da Bola que, ao contrário do que muitos pensam, não deve seu nome ao futebol. O outro fica no final da Ladeira do Pedro Antônio. Deste último se avista o Morro da Providência e, logo abaixo, o Jardim Suspenso do Valongo.

Parada estratégica no Jardim do Valongo.

As pedras pisadas do cais ...


E por falar em Valongo, fizeram parte do roteiro dois importantes pontos que marcaram a história do Rio de Janeiro em diferentes épocas: o Jardim, destinado à elite da época, e o Cais, por onde se estima que tenham passado em torno de 1 milhão de seres humanos escravizados.

Um pouco de muita história no Cais do Valongo.

O Cais do Valongo foi aterrado para dar lugar ao Cais da Imperatriz (e como forma de apagar esta mácula da história brasileira), mas o Projeto do Porto Maravilha resgatou sua localização e hoje ele é um importante sítio arqueológico e um monumento à memória dos escravos que por ali passaram.

As ruínas do Cais estão expostas à visitação e ao lado foi montado um Centro de Informações onde é possível conhecer a história da região portuária através de elementos multimídia.

Centro de Informações conta a história das transformações da região.

Completando o circuito da Pequena África, o roteiro incluiu uma visita à Pedra do Sal - considerada berço do Samba carioca - e ao Largo de São Francisco da Prainha.

Pedra do Sal, berço do samba.

Com mais alguns passos chegamos ao Museu de Arte do Rio - MAR para o encerramento oficial do evento.

Última parada: Museu de Arte do Rio - MAR.

A caminhada não terminou


Depois de Gastar Sola no Morro da Conceição com este grupo tão bacana só nos resta agradecer a todos os que participaram de nossas promoções e nos tem apoiado acompanhando as postagens do blog e curtindo as publicações em nossa página no Facebook.

Chegamos ao final deste primeiro ano de atividades com a certeza que o caminho recém começou e que há mutio chão pela frente ainda. Por isso adotamos o lema "O Blog Que Vai Longe", para deixar clara nossa intenção de seguir firmes Gastando Sola Mundo Afora!

Veja estas e outras fotos no álbum Gastando Sola no Morro da Conceição (clique aqui) em Abaretiba, nossa página no Facebook.

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