quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Feliz Ano Novo meu povo!!

O ano que se encerra se vai sem deixar saudades. 2015 foi, e está sendo, o ano da crise, da alta do dólar, da corrupção e da descrença na classe política.

Quando o cenário está assim, é comum pensarmos apenas no que de ruim aconteceu, esquecendo tudo de bom que vivenciamos. Por isso é bom relembrar as conquistas obtidas neste cenário de crise, sabendo que não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe.

Em 2015 o GSMA:


Se associou à Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem - RBBV, uma parceria que abriu novos horizontes e nos fez conhecer pessoas engajadas nos mesmos objetivos que perseguimos;

Participou do II Encontro de Inverno de Blogueiros de Viagem, em São João Del Rei, onde ampliamos o círculo de amizades e aprendemos muito com quem já está nesta estrada há muito tempo;

Contribuiu com o grupo afro-americano Kina Zoré fornecendo uma de nossas fotos de Moçambique para a capa de seu primeiro CD;

Gastando sola e registrando as folias na neve.

Gastou sola em lugares incríveis, tais como a Chapada dos Veadeiros, um lugar místico que rendeu fotos maravilhosas. Amazônia, numa viagem de barco no coração da floresta e um encontro inesquecível com uma senhora onça!! Valle Nevado, nos Andes chilenos, onde além de brincar na neve renovamos o desejo de percorrer a Trilha de Salkantay - um dos nossos propósitos em 2016, mas isto é outra história ...

Resumindo: o ano podia ter sido melhor, todavia está longe de ser uma perda total. Agora é acertar o passo e seguir firme em busca de novos desafios, conscientes que a luta não é fácil, mas vale a pena lutar!

O GSMA deseja a todos um 2016 pleno de realizações e conquistas!!




quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Viajante secreto - a surpresa de Natal da RBBV

2015 foi um ano de grandes realizações para o Gastando Sola Mundo Afora e, entre outras coisas boas, começamos a fazer parte da Rede de Blogueiros de Viagem - RBBV.

Todo final de ano a turma da RBBV promove a brincadeira do Viajante Secreto, uma variante em tudo igual ao Amigo Secreto que todos conhecem, mas com um nome mais adequado ao contexto! E com um diferencial, os viajantes estão espalhados por não se sabe onde e você pode sortear ou ser sorteado por alguém que esteja num canto qualquer do planeta.

A ideia é enviar uma lembrancinha que represente o lugar onde o remetente mora, um cartão postal do lugar ou alguma reminiscência de viagem e o propósito é fazer com que as pessoas interajam entre si para promover o convívio entre os membros da rede.

Meu viajante secreto é ...


Jodrian Freitas, que reside em Natal e com o qual compartilho o gosto pela fotografia. Neste quesito o cara é fera e já estou seguindo suas postagens em busca de inspiração. O blog se chama AventuraMango (clique aqui para visitar) e tem muita informação para quem gosta de turismo de aventura, trilhas, bike, montanhismo entre outros tantos assuntos.

Como esta foi minha primeira participação na brincadeira não me dei conta que seria importante fotografar o mimo que enviei para ele: um cartão e uma caderneta de anotações, feitos artesanalmente e de forma ecologicamente correta, para que ele possa realizar anotações em suas próximas viagens.

Sou o viajante secreto da ...


Mariana Bueno, do blog Mariana Viaja (clique aqui para visitar). Assim como eu, ela acredita que o importante é viajar, não importa como! Pode ser de ônibus, de avião, a pé ou até na imaginação. E assim ela vai contando as coisas que descobriu em cada lugar que visitou, deixando muitas dicas valiosas para quem quiser seguir seus passos.

O cartão e o postal que recebi da Mariana.

Em tempos de comunicação eletrônica só recebo e-mails, por isso foi muito bacana abrir a cartinha enviada por ela com um cartão e um postal nos quais havia uma bela mensagem (manuscrita!). E qual não foi a minha surpresa ao olhar o endereço do remetente e descobrir que, além de sermos da mesma cidade, moramos no mesmo bairro!! É muita coincidência, não acham?

Feliz Natal Pessoal!!


Nesta véspera de Natal aproveito para agradecer a todos que nos prestigiaram com suas leituras, sugestões e críticas (construtivas, sempre), desejando muitas felicidades, paz e alegria!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Mercado de Abastos Tirso de Molina - Santiago - Chile

Recentemente a equipe do Gastando Sola Mundo Afora andou deixando suas pegadas em Santiago do Chile, durante uma viagem que nos levou do nível do mar em Valparaíso a uma altitude em torno dos 3.000 metros em Valle Nevado. E é claro que iremos contanto os pormenores das aventuras e mostrando as belas paisagens que tivemos a oportunidade de desfrutar.

Desta vez viajamos aproveitando as condições facilitadas de um pacote, o que acabou nos inserindo num grupo com uma programação mais ou menos pré-definida. Mesmo assim conseguimos deixar um dia inteiramente livre para fazermos o que mais gostamos: bater perna cidade adentro para conhecer além do destino turístico e ver como vive a população local.

Santiago do Chile


A capital chilena está localizada no vale central do país e é a maior cidade do Chile. Estivemos lá por apenas 8 dias, mas a impressão que ficou é de uma cidade moderna, organizada e bem cuidada. Para quem mora no Rio, como nós, chama a atenção a falta de pichações nas paredes e a limpeza das ruas.

Como é público e notório, adoramos visitar um mercado daqueles bem populares, pois é neles que reside a essência do modo de viver das pessoas daquela região. É o melhor lugar para se saber o quê se come, como se prepara, como anda o custo de vida e quais são os hábitos culturais e até mesmo as crenças religiosas do povo. Em assim sendo, saímos perguntando onde se encontrava o mercado público, sendo que invariavelmente a resposta conduzia ao badalado Mercado Central - uma atração turística que em nada atendia ao que buscávamos.

Por obra do acaso, uns dias antes, ao voltar de um passeio com o ônibus do grupo, avistáramos uma construção com grandes portas e balaios do lado de fora e decidimos ir até lá para investigar. De mapa na mão, aproveitamos para testar o sistema de metro de Santiago (excelente, por sinal) e tentar localizar o tal edifício. Na verdade foi bastante fácil de encontrar e era ele mesmo o lugar que procurávamos. Por fim, constatamos que o mercado público de Santiago fica bem próximo do Mercado Central.

Mercado de Abastos


Oficialmente seu nome é Mercado de Abastos Tirso de Molina. Por definição, abastos é uma palavra espanhola que significa provisões, víveres e artigos de primeira necessidade com os quais se abastece a população.

Já Tirso de Molina foi um religioso espanhol que se destacou como dramaturgo, poeta e narrador na época do barroco nos séculos XVI e XVII. Entre suas realizações literárias mais conhecidas está a criação do mito de Don Juan, o famoso galanteador que tinha por hábito desonrar tantas donzelas quanto possível.

As instalações são simples, com um amplo espaço de circulação no primeiro piso. Aqui estão localizadas as bancas de frutas, verduras, carnicerias (açougues) e gêneros alimentícios em geral. Aliás, chamou a atenção o tamanho dos morangos e dos kiwis, enormes! Quanto aos preços, não há muita diferença daqueles praticados aqui no Rio em matéria de horti-frutis.

Vista geral do Mercado Tirso de Molina.

Morangos gigantes por R$ 3,50 o quilo.

Veja estas e outras imagens de
Santiago no álbum 
em nossa página no Facebook.

Devoção popular presente no Mercado.

No segundo piso ficam as tiendas (barracas) de vestuário, armarinho, produtos para o lar, brinquedos e outros. Em Santiago não há camelôs ou camelódromos, de modo que o único lugar em que encontramos este tipo de comércio foi aqui no Tirso de Molina.

Atendente do restaurante fazendo pose.

Nesta área também se encontram vários restaurantes que oferecem desde lanches rápidos a refeições completas, incluindo o popularíssimo lomo a lo pobre - prato típico da cozinha chilena composto por um bife, ovos e batatas fritas. Pelo que pudemos apurar, o local é muito procurado pelos trabalhadores da região que encontram aqui refeições de qualidade a um preço mais acessível. É bom lembrar que o custo da alimentação no Chile é bastante alto mesmo para os padrões locais. Para se ter uma ideia, em Santiago uma refeição para duas pessoas não sai por menos de R$ 120,00, enquanto no Rio se come mais por menos da metade deste valor.

Um toque de requinte


Na época em que visitamos o Chile as temperaturas andavam baixas para a primavera, algo em torno de 14 a 20 ºC. Por isso foi com grata satisfação que descobrimos um quiosque de cafés especiais ao fundo do segundo piso, cuja decoração destoava um pouco do clima informal do lugar. Era o Café Altura.

Felipe, barista e boa praça.

Na verdade a tienda do Café Altura no Tirso de Molina é a segunda da rede e havia sido inaugurada há apenas uma semana. Fomos atendidos pelo Felipe, barista e expert em cafés que respondeu a nossas perguntas com paciência e uma certa satisfação por estar sendo entrevistado.

Aproveitamos para experimentar um grão da Guatemala recém chegado - plenamente aprovado! - e degustar um lanche rápido antes de voltar ao hotel e preparar tudo para o passeio do dia seguinte: uma subida aos Andes para conhecer o Valle Nevado.

Mercado de Abastos Tirso de Molina


Endereço: Artesanos 750 - Recoleta - Santiago - Chile
Site: http://www.mercadotirsodemolina.cl/
Como chegar: de metrô utilize a linha vermelha e desembarque na estação Cal y Canto.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Dois anos de estrada com muita sola pra gastar!!

Hoje o GSMA completa dois anos de existência inquieta e dedicada aos dois assuntos que mais nos interessam: viajar e fotografar.

O primeiro ano foi um período de descobertas e aprendizado intenso, momento em que as bases do nosso trabalho foram lançadas e hoje alicerçam as novas conquistas. Neste segundo ano, dominada a linguagem e a tecnologia, aproveitamos para aprimorar o conteúdo para oferecer aos nossos leitores um produto de qualidade, interessante e, sobretudo, que sirva de auxílio para aqueles que pretendem visitar os destinos que ilustramos em nossas matérias. Além disso, 2015 foi um ano de importantes realizações, das quais destacamos: ingresso na Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem - RBBV, comunidade composta por mais de 300 blogueiros que publicam sobre diferentes temas diretamente ligados a turismo e viagens, participação no 2º Encontro de Inverno de Blogueiros de Viagem - EIBV2, em São João Del Rei, e inclusão de uma imagem nossa, obtida durante uma estada em Moçambique, no disco do grupo Kina Zoré, uma banda formada por músicos moçambicanos radicados em Boston.

Gastando sola na Chapada dos Veadeiros.

De acordo com o previsto ao final do primeiro ano de vida, marcamos duas viagens de peso, uma com destino nacional e outra internacional. A viagem nacional teve como destino a Chapada dos Veadeiros e foi realizada entre 14 e 21 de junho. Já publicamos dois posts relatando parte desta experiência fantástica que foi percorrer a pé o interior de Goiás, descobrindo e revelando a grandiosidade do lugar e suas belíssimas paisagens. São eles Chapada dos Veadeiros e Vila de São Jorge - Alto Paraíso de Goiás - GO e Salto do Raizama e Vale da Lua na Chapada dos Veadeiros - Alto Paraíso - GO. Novos posts já estão sendo preparados e deverão ser publicados em breve.

Sempre de malas prontas


Nosso destino internacional em 2015 será o Chile, mais especificamente sua capital Santiago. Hotel e passagens já foram comprados e, a princípio, realizaremos tours nas famosas vinícolas no entorno da cidade e um passeio de um dia para conhecer os Andes. A saída está marcada para o dia 13 de outubro com retorno no dia 18. Aguardem os posts e as fotos que publicaremos na sequência.

De volta a Amazônia.

E é claro que não conseguiríamos ficar parados até outubro! Nosso presente de aniversário para o blog será uma viagem de retorno a Amazônia, com embarque marcado para amanhã - dia 5. Desta vez pretendemos conhecer a floresta através de uma viagem de barco pelo interior do Amazonas, retratando o modo de vida local com postagens e fotos - muitas fotos! - como da outra vez.

Passaporte da Estrada Real.

Planos e mais planos


E por falar em planos, para 2016 temos como meta realizar a famosa trilha de Salcantay. Um roteiro de aproximadamente 50 km pelos Andes peruanos em trechos que vão além dos 4.500 m acima do nível do mar. E tem mais: de posse de nossos Passaportes da Estrada Real já estamos montando o planejamento para percorrer a pé os 800 km que ligam Ouro Preto a Paraty e Rio de Janeiro e por onde passou boa parte da história do Brasil Colônia. Por questões práticas e de tempo a ideia é ir completando os trechos por etapas.

E entre uma aventura e outra aquelas saidinhas básicas de fim de semana para gastar sola em algum pedaço amado deste nosso País. Que não nos falte força, porque disposição temos de sobra. E vamos Gastar Sola Mundo Afora!!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Fenômeno UFO desembarcará na capital dos gaúchos em setembro

A discussão sobre a existência de vida inteligente fora da Terra é antiga e atrai a atenção dos mais variados segmentos - ou seja - todo mundo tem uma opinião a dar sobre o assunto. Pois agora aficionados e curiosos poderão debater o assunto durante a VII Semana Ufológica, que irá ocorrer de 28/set. a 04/out. em Porto Alegre.

Seriam os ET´s gastadores de sola intergaláticos?


Em paralelo ocorrerá também o  I Encontro Ufológico do Cone Sul e o objetivo destes eventos é estimular o intercâmbio da comunidade ufológica gaúcha e brasileira, além de propiciar o compartilhamento de ideias com palestrantes da Argentina, Chile e Uruguai. Durante os painéis serão discutidos, entre outros temas, as evidências de que a Terra tem sido o destino de visitantes extraterrestres desde o seu primórdio e os rumos da ufologia moderna - tratada como uma área avançada de estudo e pesquisa.

Como parte da programação será exibido o documentário Acobertamento : a verdade não revelada, no dia 30 de setembro, a partir das 19h30min, no Colégio Militar de Porto Alegre.

Entre os pesquisadores internacionais convidados destaca-se a presença do Coronel Ariel Sánchez Ríos, representante do projeto Agência Espacial Uruguaia, que falará sobre o novo enfoque na investigação de UFOs.

Encontro reunirá especialistas brasileiros e do Cone Sul.

Semana Ufológica


Quando: de 28 set. a 04 out. 2015
Onde: Porto Alegre
Inscrições: informe-se no site www.gaidu.com.br/semanaufologica

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Trilha na Serra do Lenheiro - São João Del Rei - MG

Contam os antigos que em idos tempos era nestas cercanias que os habitantes de São João Del Rei vinham se abastecer de lenha para seus fogões, vindo dai o nome Serra do Lenheiro. Apesar de ser uma área de natureza preservada, o fato é que a região fica bem próxima da área urbana do município. Tanto que muitas trilhas tem como ponto de partida ruas de bairros vizinhos, como o Tijuco. Seu perfil rochoso é perfeito para a prática de montanhismo, trilhas e rapel, motivo pelo qual o 11º Batalhão de Infantaria de Montanha de São João Del Rei a utiliza na instrução da tropa nas técnicas de combate em terreno acidentado.

Se por um lado esta proximidade facilita o acesso da população a uma área de lazer privilegiada, por outro expõe o bioma remanescente aos perigos da expansão imobiliária - muitas vezes mais interessada no lucro do que na preservação do ambiente natural. Como forma de proteger este patrimônio, desde 1993 boa parte da Serra do Lenheiro passou a integrar o Parque Municipal Ecológico. Embora a área coberta seja relativamente pequena, apenas 2.000 km², a demarcação deste espaço foi considerada uma vitória importante pelos conservacionistas.

Morro dos Três Pontões.


Veja estas e outras imagens no álbum Pinturas Rupestres na Serra do Lenheiro em nossa página no Facebook.

Para o alto e avante!


Como parte das atividades do II Encontro de Inverno de Blogueiros de Viagem a Rumos Em Rotas brindou os participantes com uma trilha no Morro dos Três Pontões, ao fim da qual uma surpresa nos aguardava. Devido a exiguidade do tempo, desta vez o deslocamento até o pé do morro foi feito de carro, mas normalmente o caminho é percorrido a pé e tem duração aproximada de 40 min.

Após uma rápida preleção sobre os cuidados a serem adotados no trajeto, incluindo um alerta especial sobre a possível presença de serpentes da espécie urutu, nativa da região, teve início a marcha para o alto. A trilha é de nível médio, com alguns trechos mais ingrimes, e extensão aproximada de 950 metros. Caminhando com calma, mesmo pessoas sedentárias e sem experiência podem realizá-la sem maiores problemas. Sempre é bom lembrar que este tipo de atividade requer um mínimo de equipamentos: calçado fechado com solado anti-derrapante, chapéu (ou boné) e água!

A subida é íngreme, mas vale a pena.

Em pouco tempo chegamos ao ponto alto da visita (literalmente!), as pinturas rupestres. De acordo com Miranda, o guia, não há um consenso sobre a datação destes desenhos. Os estudos já realizados sugerem que eles teriam sido feitos entre 6 a 9 mil anos atrás, por tribos indígenas que habitavam a região.

Pinturas rupestres, vestígios da presença humana na região há 9.000 anos.

Também não se sabe ao certo a motivação ou significado destes registros, compostos por figuras antropomórficas, zoomórficas e abstratas. Talvez façam parte de um ritual para favorecer a caça ou são apenas o relato das atividades cotidianas da tribo. No paredão rochoso pode-se identificar facilmente a representação de veados, lagartos e pessoas, as quais sugerem uma formação familiar.

Vista do mirante natural do morro dos Três Pontões.

Mas o quê teria levado estes habitantes ancestrais a subir até o alto daquele morro? Ao que parece o lugar funcionava como um ponto de observação, de onde facilmente se poderia avistar a aproximação de tribos inimigas ou de caça. O que sugere uma outra explicação para os desenhos: talvez algum vigia entediado tenha encontrado na arte uma maneira de matar o tempo que tinha de passar na tocaia.

Gostou? Este passeio faz parte dos roteiros oferecidos pela agência Rumos Em Rotas.


A equipe do GSMA fez a trilha da Serra do Lenheiro como cortesia oferecida pela Rumos Em Rotas por estar participando do 2º Encontro de Inverno de Blogueiros de Viagem - #eibv2.

Fonte:


SENTINELAS DA SERRA DO LENHEIRO. Nossa Serra do Lenheiro. São João Del Rei. Disponível em http://sentinelasdaserradolenheiro.blogspot.com.br/p/nossa-serra-do-lenheiro.html. Acessado em 25 ago. 2015.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

II Encontro de Inverno de Blogueiros de Viagens - São João Del Rei - MG


De 14 a 16 de agosto estivemos gastando sola em Minas Gerais, só que desta vez não foi apenas pelo prazer da viagem. O GSMA fez sua primeira participação num evento oficial, o II Encontro de Inverno de Blogueiros de Viagens - #eibv2.

Foram três dias intensos, com diversas atividades voltadas especificamente aos temas de turismo, viagens, produção cultural e profissionalização da atividade de blogueiro. A presença de representantes de diversos estados brasileiros enriqueceu e favoreceu a troca de experiência entre o grupo ali reunido por pelo menos dois interesses em comum: viajar e blogar!

A organização do encontro ficou a cargo de Antônio Rômulo Jr., do blog Retrip, e o local escolhido para as palestras foi o Garden Hill Hotel e Golf, um espaço dedicado ao lazer e relaxamento, mas que neste dia ferveu com a vibração da turma de blogueiros que aproveitou a oportunidade para rever velhos conhecidos e fazer novas amizades.

A programação incluiu duas palestras, uma com Cris Marques - do blog Dentro do Mochilão - e outra com  Fábio Lima - do Intrip Turismo de Experiência.

Cris Marques: Caminhos Alternativos


De forma bastante criativa e descontraída, Cris fez um relato de experiência sobre as formas que encontrou para gerar renda a partir do seu blog, a ponto de transformá-lo em seu trabalho atual. Segundo ela, é comum entre os blogueiros valorizar excessivamente o uso de publicidade como forma de monetização, enquanto existem inúmeras possibilidades que podem, e devem, ser exploradas.

Fábio Lima: Como fazer uma apresentação vendedora


A segunda palestra teve um caráter mais didático, quando Fábio Lima abordou um tema de grande interesse dos presentes: como fazer uma apresentação para captar recursos para projetos de conteúdo. Há diversas variáveis envolvidas no processo de elaboração, mas Fábio destacou a importância de determinar se a apresentação será feita na presença do prospectado ou remotamente como ponto de partida para direcionar o conteúdo do material. Para exemplificar, o palestrante apresentou o caso De Carona com Walentina, onde foram utilizados os princípios abordados durante sua fala.

Maria Fumaça que liga São João Del Rei a Tiradentes.

Turismo é cultura


Além da parte técnica propriamente dita houve também atividades culturais que serviram tanto para entrosar os participantes quanto apresentar algumas atrações oferecidas por São João Del Rei e Tiradentes.

Visita à Imperial Estanhos: a produção de artesanato em estanho é uma exclusividade são joanense, por isso nada melhor que conhecer esta preciosidade com quem é mestre no assunto. Na ocasião foi feita uma demonstração de como são produzidas as peças;
Arte em estanho,
exclusividade são joanense.

Passeio de Maria Fumaça: partindo de São João Del Rei e chegando a Tiradentes em grande estilo, num vagão de época puxado por uma charmosa locomotiva a vapor. Roteiro organizado pela Rumos em Rotas;

City Tour em Tiradentes: visita guiada a uma das mais bem preservadas cidades históricas do Brasil, seguindo o roteiro preparado pela Rumos em Rotas;

Assistir as Lendas São Joanenses: espetáculo que mistura um passeio noturno pelo Centro Histórico de São João Del Rei com a dramatização de contos populares. Quer saber mais? Dá uma olhada no post que fizemos sobre isto clicando aqui;

Trilha na Serra do Lenheiro: caminhada leve no Morro dos Três Pontões para conhecer as pinturas rupestres, datadas entre 6 e 9 mil anos de idade. Roteiro organizado pela Rumos em Rotas;

Almoço no Dedo de Moça: para encerrar os trabalhos em grande estilo, um almoço neste premiado restaurante cuja proposta é levar ao cliente os sabores da comida tradicional contemporânea.

Blogs que participaram do EIBV2


Ter participado deste encontro foi uma experiência muito positiva para a equipe do GSMA e esperamos ter também colaborado para o aprimoramento do grupo. Pelo carinho com que fomos recebidos, pelo empenho e pela dedicação para que tudo funcionasse a contento, deixamos aqui um agradecimento especial ao Antônio Rômulo Jr., bem como a Cris e ao Fábio que se dispuseram a partilhar sua experiência conosco.


Vista de Tiradentes, com a Igreja de Santo Antônio entre o céu e a terra.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Lendas São Joanenses - São João Del Rei - MG

Centro Histórico de São João Del Rei.

Ao caminhar pelas vielas de calçamento irregular de São João Del Rei o passante não se dá conta, mas refaz trajetos repetidos há centenas de anos por diferentes habitantes que também transitaram por ali. Alguns a passeio, outros apressados ou quem sabe ... enlouquecidos! Tanta história já passou por estas pedras que fica difícil conhecer todas elas. Mesmo assim há quem tente.

Inspirado pelos causos contados pelos antigos, o escritor e poeta são joanense Lincoln de Souza escreveu o livro Contam Que ..., uma coletânea de relatos assombrosos, místicos e misteriosos que tem origem no imaginário da população local. Nele o escritor registrou boa parte do rico patrimônio cultural que de outra forma acabaria se perdendo com o tempo. Em textos enxutos, aparecem personagens como D. Jacinta, que graças a sua crueldade acabou por dar nome ao bairro Segredo. Ou Mercês, uma jovem noiva enlouquecida pela dor da perda do noivo no dia do seu casamento. E ainda o defunto cujo corpo foi levado pelo Diabo!

Veja estas e outras imagens no álbum Lendas São Joanenses, em nossa página no Facebook.

Nas escadaria da Catedral de N. Sra. do Pilar.
Tendo por base estas histórias fantásticas e o cenário envolvente do centro histórico de São João Del Rei à noite, surgiu a ideia de realizar conduções turísticas noturnas juntamente com a encenação teatral das lendas. O projeto teve início em julho de 2007 e hoje encontra-se no formato atual com o título de Lendas São Joanenses. Apoiados por um carro de som, um grupo de atores trazem de volta a vida os personagens do livro, realizando performances nas escadarias da Igreja do Rosário, nas vielas e nos alpendres do casario antigo. O resultado é ótimo, pois tudo conspira para criar o clima de mistério que se instala em meio a platéia que vai acompanhando o espetáculo. Mas não se assuste, pois não se trata de um show de horrores. Mesmo as histórias mais macabras acabam ganhando um matiz suave graças ao bom humor empregado nas narrativas.

A organização fica por conta da Rumos Em Rotas, uma agência local que tem investido muito no desenvolvimento de estratégias para fomentar o turismo na região.




A equipe do GSMA assistiu ao espetáculo Lendas São Joanenses como cortesia por estar participando do 2º Encontro de Inverno de Blogueiros de Viagem.

Lendas São Joanenses


Onde: inicia no largo da Igreja do Rosário, em São João Del Rei - MG;
Quando: ocorre em datas pré-determinadas. Veja a agenda das apresentações no site da Rumos em Rotas (clique aqui);
Quanto: R$ 20,00 por pessoa.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Salto do Raizama e Vale da Lua na Chapada dos Veadeiros - Alto Paraíso - GO

As noites na Vila de São Jorge costumam ser tranquilas e silenciosas, um pouco estranho para quem vive numa rua movimentada do Rio de Janeiro e se acostumou a dormir embalado por freadas e buzinas. Talvez por isso a primeira noite na Chapada dos Veadeiros tenha sido tão marcante e repousante. O fato é que bem cedo já estava a postos no refeitório da pousada pronto para saborear um café reforçado com tapioca, ovos mexidos e bruschetta. Como sabiamente dizia minha vó, saco vazio não para em pé e uma boa refeição é essencial para gastar sola por aqui.

No Espaço Infinito


A Trilha do Raizama começa no Sítio Espaço Infinito, localizado há uns três quilômetros da Vila de São Jorge. Confesso que estranhei um pouco o local, meio largado - como se diz lá no Sul quando a falta de conservação é evidente. Logo na entrada há um grande palco de madeira com ícones do rock dos anos 70/80 e logo a seguir as ruínas de uma construção semi-demolida e, aparentemente, abandonada.

Entrada do Espaço Infinito.

Passado o susto inicial fui perguntar ao guia o que era aquilo, afinal o aspecto do lugar destoava bastante das demais instalações turísticas que existem na região. Pelo visto não era a primeira vez que ele respondia a esta mesma pergunta, pois ele não tardou em explicar que o sítio era um local alternativo, assim como seu proprietário, voltado para o lado místico do contato com a natureza. Além disso, aqui também são realizadas festas e festivais de música.

Depois de uma rápida preleção do guia, seguimos em frente rumo ao Córrego Raizama e suas quedas. O percurso total da trilha é de 4 km, nível fácil a moderado, e seu traçado basicamente segue o curso d'água até chegar ao salto propriamente dito. Ao longo do caminho vão surgindo pequenas quedas que são verdadeiras hidromassagens naturais, bem como piscinas escavadas na rocha, propícias para banho. A água é límpida, mas um pouco fria - o que não chegou a ser um problema devido ao calor que fazia na ocasião.

A primeira parada foi nesta cascatinha, com uma bela piscina natural.

O trajeto é bem sinalizado e há trechos em que a caminhada é feita em estruturas de madeira mantidas pelo proprietário do sítio. Após passarmos pelo Salto do Raizama o caminho ficou estreito e foi preciso ter um pouco mais de atenção, mas a passagem foi bem tranquila. É neste ponto que o Raizama se encontra com o Rio São Miguel e há um mirante de onde é possível observar o Salto ao fundo, o cânion e as corredeiras. Um cenário realmente magnífico.

Corredeiras do Rio São Miguel.

Um pouco mais adiante as águas ficam mais tranquilas e o rio corre em meio a paredões de pedra. Esta é uma excelente área para banho, sendo que é possível mergulhar das pedras em alguns pontos. Depois desta parada refrescante seguimos pela trilha até alcançar novamente o ponto de partida. Pausa para um lanche reforçado e direto para o próximo destino.

Trecho do Rio São Miguel, entre as rochas.

Vale da Lua


A formação rochosa conhecida como Vale da Lua é realmente impressionante, mas o ponto alto desta visita - para mim! - foi sem dúvida a paisagem que emoldura o caminho. A trilha em si é de nível fácil e tem extensão aproximada de um quilômetro. Durante boa parte do trajeto é possível admirar a formação rochosa da Serra do Segredo. Já mais próximo do rio há um mirante natural, uma enorme pedra, onde se pode subir sem maiores problemas, perfeita para um tempo de contemplação da vista que se descortina a frente.

Panorâmica do cerrado, com a Serra do Segredo ao fundo.

Este vale é uma das atrações mais procuradas na Chapada dos Veadeiros e a visita pode ser feita sem a presença de uma guia, pois o caminho é bem sinalizado e não apresenta perigo. Entretanto, é bom estar atento as mudanças do tempo, principalmente no período de chuvas, para não ser surpreendido pela enxurrada.

Formações rochosas lembram uma paisagem lunar.

O nome Vale da Lua vem do aspecto peculiar das rochas arenosas escavadas pela ação da água do Rio São Miguel e também por sua cor acinzentada, que remete ao solo lunar. O lugar está repleto de crateras de todos os tamanhos, passagens subterrâneas, funis e moinhos. Para andar aqui com segurança é indispensável o uso de sapatos fechados, com solado anti-derrapante.

Ação da água é responsável pelo aspecto do lugar.

Em alguns pontos se formam bacias próprias para banho, algumas bem profundas. Por um lado é bom para os que gostam de saltar das pedras, mas por outro é bom ficar atento e somente se aventurar por ali se for um bom nadador.

Almojanta


Para quem não sabe, almojanta é uma refeição reforçada que se toma ao fim da tarde e faz as vezes de almoço e janta - dai o nome. Como os passeios começam cedo, são muitos os lugares para ver, as distâncias são grandes e nos levam para o meio da natureza fica difícil conciliar as refeições com horários regulares. Então a solução mais prática é fazer uma parada para um lanche por volta do meio do dia e uma bela refeição no retorno à pousada.

Veja estas e outras imagens nos links abaixo:

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Kina Zoré - Tchova Nyolo ou Nunca desista!

Paulo Cattelan com seu
exemplar do Tchova Nyolo.
Chegou hoje pelo correio um exemplar do disco Tchova Nyolo (Never Give Up) do grupo Kina Zoré, formado por moçambicanos residentes em Boston, nos Estados Unidos. Além de boa música africana contemporânea o CD traz um detalhe que, para nós do GSMA, é de grande importância: a ilustração utilizada na capa e no disco tem como base uma de nossas fotos - obtida durante uma estada em Moçambique e que ilustrou a matéria Tchova e o Burro Sem Rabo (clique aqui para ler a postagem).

O contato inicial foi feito por Hélder Tsinine em julho de 2014, após ele ter visto a publicação aqui no blog. Acontece que o tema principal do disco é baseado justamente no Tchova Xita Duma, um carrinho de tração humana amplamente utilizado em Moçambique para transportar de tudo!  Em tradução livre, significa Empurra Que Vai e acabou por se tornar uma expressão de incentivo para que o outro nunca desista, pois mesmo quando a carga parecer difícil de suportar é preciso continuar empurrando até que tudo dê certo.

O disco é composto por sete faixas que fazem referência a diferentes aspectos da vida e da luta do povo Moçambicano em busca de uma vida digna e paz. Destaque para  Tchova Nyolo, que dá nome ao disco e Moçambique, uma comovente canção de despedida que é também um tributo à terra natal do compositor.

Saiba mais sobre o Kina Zoré visitando sua página no Facebook (clique aqui).



sexta-feira, 17 de julho de 2015

Chapada dos Veadeiros e Vila de São Jorge - Alto Paraíso de Goiás - GO

De 14 a 21 de junho estivemos gastando sola num dos lugares mais bonitos e impressionantes do Brasil, a Chapada dos Veadeiros, no coração de Goiás.

Foram oito dias de atividades intensas, com longas caminhadas, paisagens de encher os olhos e muito aprendizado com os guias que nos acompanharam nesta aventura. Isto sem falar nas fotos - muitas fotos! - que já estamos publicando em nossa página no Facebook (clique nos títulos para ver as imagens):


A primeira etapa da viagem consistiu em reunir os participantes do grupo no Aeroporto de Brasília, onde um transfer nos aguardava para pegar a estrada rumo ao interior do Estado. O deslocamento foi tranquilo, com pouco movimento e estradas em boas condições. Uma rápida parada no distrito de São Gabriel para um café já deu o tom do que seriam os dias que tínhamos pela frente: muito sol num céu profundamente azul com algumas nuvens fazendo contraponto!

Um rebanho de nuvens na pradaria azul do céu.

Este é o clima típico de início de inverno no cerrado. Aliás, diga-se de passagem que a época do ano para a realização desta viagem foi escolhida a dedo, uma vez que é a mais indicada para visitar a região por ser o início da estação seca. Na prática isto significa dias ensolarados, temperatura amena e cursos ainda com um bom volume de água. Dali seguimos por mais duas horas direto para Alto Paraíso, onde rolou um "almojanta" às quatro horas da tarde! Depois, mais um pouco de chão até chegarmos ao destino final: Vila de São Jorge.

Vila de São Jorge


São Jorge é um pequeno povoado pertencente ao município de Alto Paraíso, com ruas de chão batido, casas baixas e a sensação de que pressa e urgência são termos que ficaram para trás. De acordo com o relato de um goiano conhecedor da região, a ausência de asfalto não é um problema, mas sim uma opção dos habitantes da Vila, que acreditam ser esta uma forma de manter o progresso e suas mazelas longe de suas portas. Depois de passar alguns dias muito tranquilos por aqui tive que concordar com eles.

Uma rua como outras tantas em São Jorge.

O que não significa que não se possa contar com os confortos de uma vida moderna. A localidade conta com a infraestrutura básica indispensável, como luz, água tratada, saneamento e telefonia - inclusive móvel. O acesso à internet é precário e nos horários de pico praticamente não há conexão.

Por outro lado, aqui o visitante pode levantar os olhos da tela do celular à noite e se surpreender com um céu muito diferente do que ele está acostumado. Para quem mora num grande centro urbano, como eu, onde a iluminação feérica impede o avistamento de boa parte das estrelas, poder desfrutar de uma visão como esta é um privilégio.

Céu de São Jorge - fazia tempo que não via tanta estrela assim!

O comércio local conta com dois mercados bem abastecidos e, claro, diversas pousadas. Também há vários bares e restaurantes, mas atente para este detalhe curioso: muitos deles só funcionam de quinta a domingo, que é quando o afluxo de turistas é maior.

Um pouco de história


Inicialmente a região da Chapada era ocupada por tribos indígenas, principalmente pelos Goyazes, bem como por numerosos bandos de veados-campeiros. No final do século XVI os primeiros bandeirantes começaram a chegar em busca de ouro. Em decorrência, os índios foram exterminados assim como os veados-campeiros. Em contrapartida a terra herdou seus nomes: Goiás para o Estado e Chapada dos Veadeiros para a região. Neste período também teve início o povoamento de áreas remotas pelos escravos que fugiam das expedições europeias e fundavam quilombos. Devido à dificuldade de acesso, algumas destas comunidades quilombolas permaneceram praticamente intocadas até o século XX, conservando antigos costumes e modos tradicionais de existência.

Em 1912 foi descoberta a primeira grande jazida de cristal-de-rocha, dando início a um novo fluxo migratório que incrementou o povoamento da Vila de São Jorge. Levas de garimpeiros se aventuraram nestas terras em busca de fortuna, motivados pelo preço alcançado pelo mineral, já que existia uma grande demanda da indústria eletro-eletrônica por cristais de boa qualidade. Com o surgimento dos cristais sintéticos, a atividade mineradora entrou em declínio e a região só voltou a ser descoberta pelos idos da década de 70 do século passado, quando uma onda de misticismo fez acorrer outra leva de pessoas, desta vez em busca de revelações espirituais. Segundo eles, a geografia do lugar faz com que esta seja uma região especial do planeta, onde as energias fluem de forma intensa.

Por fim, mais recentemente, a Chapada começou a atrair o interesse do Ecoturismo e do turismo de aventura, graças a suas belas e fascinantes paisagens.

Na trilha


A partir da próxima semana estaremos publicando posts exclusivos contando cada passo desta aventura. Não perca!

Já saiu o primeiro post: Salto do Raizama e Vale da Lua na Chapada dos Veadeiros - Alto Paraíso - GO

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Brique da Redenção - Porto Alegre - RS

Brique, para quem não sabe, é um ponto de venda. O termo tem origem no francês Bric-a-brac, posteriormente aportuguesado para bricabraque e finalmente reduzido à brique! No extremo Sul do Brasil ele é utilizado também para sinalizar aquelas lojinhas de móveis e objetos usados e, mais recentemente, para designar a maior feira de artesanato e antiguidades do Rio Grande do Sul: o Brique da Redenção.

Mas dizer que o Brique da Redenção é apenas uma feira não faz jus à dimensão sócio-cultural no qual se transformou este evento que atrai milhares de pessoas todos os domingos pela manhã ao Parque da Redenção - ou Parque Farroupilha, como também é conhecido. O que começou como uma reunião de antiquários na década de 70, em 2005 foi proclamado Patrimônio Cultural do Estado do Rio Grande do Sul e se converteu num dos maiores atrativos turísticos da cidade de Porto Alegre.

Venha para ver e ser visto


Isto vale em todos os sentidos. Apesar da venda direta ser boa, alguns expositores deixaram claro que o Brique é uma grande vitrine e uma excelente forma de estar em contato com potenciais clientes, incluindo lojistas que buscam novidades para seus negócios. E não pense que é fácil montar sua barraquinha por aqui! Há um rigoroso processo seletivo e acompanhamento constante para garantia da qualidade. Isto sem falar que a entrada de novos expositores só ocorre com a abertura de vagas pela saída de algum veterano, o que não acontece frequentemente.

Família faz pose para Lambe-lambe.

Por outro lado, muitos frequentadores gostam de fazer do Brique um ponto de encontro para rever novos e velhos amigos e - óbvio! - saborear aquele chimarrão ao sol (no inverno, pois no verão a preferência é pela sombra amiga das árvores que margeiam a avenida). Isto vale para encontros previamente combinados ou não, pois no meio de tanta gente é comum encontrar um rosto conhecido e partir para colocar a prosa em dia.

Políticos em época de campanha, atores, músicos, divulgadores de causas humanitárias ou comerciais, todos acorrem ao Brique na esperança de se fazerem ver e ouvir.

De Feira das Pulgas à Patrimônio Cultural do Estado


Em 1978, por iniciativa da Prefeitura de Porto Alegre, um grupo de especialistas elaborou um projeto de implantação de uma feira de antiguidades, tendo como base as feiras que já ocorriam em San Telmo, em Buenos Aires, e do Mercado de Pulgas em Montevidéu. A Feira das Pulgas, como foi chamada, era inicialmente composta por 24 expositores que comercializavam objetos antigos.

Vários artistas locais expõem suas obras no Brique da Redenção.

Passados quatro anos, em 1982, a Feira recebeu o reforço de 40 artesãos e artistas plásticos que começaram a expor seus produtos no parque, ao lado dos antiquários. De lá para cá o sucesso crescente fez crescer também a Feira, que passou a ser conhecida como Brique da Redenção e aos poucos foi ganhando organização e se institucionalizando. Em 26 de outubro de 2005 foi sancionada a Lei 12.344 que declarou o Brique da Redenção integrante do patrimônio cultural do Rio Grande do Sul e no ano seguinte o Brique tornou-se a primeira feira do país a utilizar coletivo de venda com cartão de crédito.

Originalidade com qualidade


Uma volta pelas barracas enfileiradas ao longo da Av. José Bonifácio é o suficiente para comprovar o alto nível dos itens expostos. São artigos que primam pela qualidade no acabamento, mas que também se destacam por serem originais.

Após visitar mais de uma centena de feiras de artesanato Brasil afora e encontrar sempre o mesmo estilo de produção - que não por acaso apelidei de artesanato industrializado - chamou minha atenção o número de barracas que ofereciam produtos exclusivos e efetivamente feitos à mão! No Brique ainda se pode encontrar manifestações regionais genuínas com qualidade, bom gosto e o toque nada sutil de um humor escrachado, bem de acordo com o jeito franco de ser do gaúcho.

Por exemplo, em que outro ponto do País se encontra um chaveiro de couro trançado com uma unha de avestruz? Ou facas que são verdadeiras obras de arte, com lâminas feitas de aço de arado? Se ficou curioso não deixe de conferir a banca 16 do Daniel Guasqueiro. Por aqui também encontrei vários artesãos que transformam porongos em cuias de chimarrão ornadas com prata que fazem bonito tanto em sedes de fazenda quanto em joalherias. Isto sem falar nas miniaturas de Nilton Costa (box 35) que reproduzem o modo de vida campeiro com detalhes e muita alegria.

O principal adereço do gaúcho não podia ficar de fora.

O certo é que isto não ocorre por acaso. O sucesso do Brique é fruto de muito trabalho e empenho dos participantes em fazer o negócio funcionar de forma organizada. Os expositores estão divididos em quatro setores bem distintos: artesanato (o maior de todos), artes plásticas, alimentação e antiquário. A seleção dos expositores se dá através de triagem, feita por um grupo especial de avaliadores dentro de cada segmento, sendo que cada um destes segmentos tem representantes que integram a comissão especial encarregada de discutir periodicamente as questões do Brique através de pautas de trabalho. A representação formal do Brique se dá através da Associação dos Artesãos do Brique da Redenção – AABRE, entidade civil registrada e com personalidade jurídica.

Mas ao perambular pelas barracas coloridas curtindo o burburinho dos tomadores de chimarrão você não precisará lembrar disto. Aprecie o momento e não deixe de comprar um souvenir, afinal o Brique está ali pra isso!

Veja estas e outras fotos no álbum Brique da Redenção (clique aqui) em Abaretiba, nossa página no Facebook.

Brique da Redenção


Onde: Avenida José Bonifácio, no Bairro Bom Fim, junto ao Parque Farroupilha;
Quando: Todos os Domingos das 9h às 18h;
Entrada franca.

Fonte


BRIQUE DA REDENÇÃO : institucional. Disponível em http://briquedaredencao.com.br/brique/institucional/. Acessado em 02 jul. 2015.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Feira de Antiguidades da Praça XV - Rio de Janeiro - RJ

Na Feira de Antiguidades da Praça XV se encontra de tudo um pouco, literalmente: de botões a gibis, de chaveiros a faqueiros de prata e de jóias a pedaços de brinquedos. Bem organizada, com setores distintos para cada tipo de atividade, bancas padronizadas e até praça de alimentação, a Feira reproduz em cada banca uma pequena porção de caos, responsável por reunir e ofertar ao visitante pedaços da vida cotidiana de diferentes épocas.

Ferramentas restauradas e prontas para uso.

Antiguidades e oportunidades


A parte de antiguidades é o setor de maior prestígio da feira, e o mais conhecido, mas não é o único. Há também barracas que oferecem roupas usadas (um verdadeiro brechó a céu aberto), outras especializadas em brinquedos, mangás, animés, artigos fotográficos (várias!), ferramentas e as de artigos militares.

Nos tabuleiros que se enfileiram ao longo da praça é possível encontrar verdadeiras relíquias, mas é preciso estar atento. Normalmente elas estão ocultas por um amontoado de tralhas sem valor ou de gosto duvidoso e é preciso paciência para garimpar até encontrar algum achado precioso. Segundo os aficionados que encontramos revirando avidamente as quinquilharias expostas, a busca é sem dúvida a parte mais divertida do processo. A dica é chegar bem cedinho, quando os primeiros feirantes ainda estão montando suas bancas, pois assim fica mais fácil encontrar itens de valor.

Brinquedos nem tão antigos.

Uma rápida passagem pela feira revelou que:
  • Uma camisa feminina usada em excelente estado sai por R$ 10,00;
  • Uma armação de óculos importada, sem uso, por R$ 20,00; 
  • Um aparelho de barbear completo, com estojo, da década de 40, por R$ 30,00;
  • Uma faca de cangaceiro - legítima - por R$ 400,00;
  • Uma baioneta do fuzil Mauser, com bainha, por R$ 350,00 e
  • Uma câmera fotográfica Roleiflex - funcionando - a bagatela de R$ 1.500,00.

Barracas de roupas formam um brechó a céu aberto.

Um pouco de história


Tradicionalmente localizada embaixo da Perimetral, que veio abaixo em novembro de 2013, a Feira foi deslocada para o espaço ao lado do Paço Imperial. Embora a área seja ampla e muito próxima da antiga localização, os feirantes enfrentaram, e continuam enfrentando, algumas dificuldades de adaptação. A cobertura do antigo viaduto já não existe mais e a feira fica a mercê do tempo. Além disso, o arrastar das obras transformaram parte da Praça XV em terra arrasada e por muito tempo o acesso permaneceu fechado, dificultando a circulação dos frequentadores. Felizmente hoje a situação já está um pouco melhor e a Feira parece recuperar seu antigo prestígio.


Boa parte da Praça XV ainda sofre com as obras do Porto Maravilha.

A origem da Feira da Praça XV está ligada a duas feiras que tiveram início no final da década de 70: a Feira do Albamar - considerada a primeira feira de antiguidades do Brasil - e a Feira da Troca, cujo objetivo era a permuta de objetos pessoais. As duas ocorriam aos sábados nas imediações da Praça XV. A primeira era organizada pela Associação Brasileira de Antiquários - ABA e levou o nome de um famoso restaurante que existe no local. Já a segunda foi uma iniciativa da Prefeitura.

Com o passar do tempo e a rápida decadência da zona portuária, os membros da ABA decidiram trocar de localização, passando a se reunir na Praça Santos Dumont, na Gávea, onde estão até hoje. Os feirantes remanescentes deram continuidade e a feira acabou por tornar-se a Feira de Antiguidades da Praça XV em seu formato atual.

Com o projeto de revitalização da área, conhecido como Porto Maravilha, espera-se que tanto a praça como seu entorno recebam melhorias no que diz respeito aos aspectos urbanísticos, de limpeza e segurança para oferecer o conforto e tranquilidade que os feirantes necessitam para exercer suas atividades e voltar a atrair os frequentadores.

Fontes


FEIRA DE ANTIGUIDADES DA PRAÇA XV : serviço de anúncios. Grupo do Facebook. Disponível em https://www.facebook.com/pages/Feira-de-Antiguidades-da-Pra%C3%A7a-XV/456987777722473. Acessado em 07 jun. 2015.

FREITAS, Marcos. Fim da Perimetral não extingue tradição da Feira da Praça XV. Publicado em 02 dez. 2013.  Disponível em http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/Texto/Cidade/Fim-da-Perimetral-nao-extingue-tradicao-da-Feira-da-Praca-XV-23698.html#.VXRWcs93nIU. Acessado em 07 jun. 2015.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Rio de Janeiro, visite por conta e risco - Rio de Janeiro - RJ

Já faz algum tempo que tenho enfrentado uma certa dificuldade em escrever posts sobre o Rio de Janeiro. No início não tinha bem certeza do porquê disto, mas dois fatos que abalaram a cidade recentemente abriram meus olhos: eu tenho receio de atrair os leitores para uma armadilha!

Desde o início do blog, sempre procuramos manter uma abordagem positiva e, ao mesmo tempo, ser o mais fiel possível sobre os locais que visitamos para que o leitor pudesse formar seu próprio juízo sobre as vantagens de realizar aquele passeio. Então, como escrever sobre as trilhas da Floresta da Tijuca ou do Corcovado se elas são utilizadas pelos assaltantes para emboscar turistas? Ou sobre o Aterro do Flamengo, cartão postal da cidade, tomado por uma gangue que age livremente sem que as autoridades tomem qualquer atitude? Recentemente o Secretário de Segurança Pública do Rio afirmou em entrevista que a população deveria pensar bem antes de chamar a polícia, pois era uma questão de pega e solta ...

Os dois casos aos quais me referi no início do texto são a explosão de um apartamento devido a um vazamento de gás e o caso de um ciclista de 55 anos que foi atacado na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas por dois adolescentes que roubaram sua bicicleta. Mesmo sem ter reagido, este senhor foi esfaqueado e acabou falecendo na manhã de hoje. Quanto a explosão, há fortes suspeitas que tenha sido provocada deliberadamente por um invasor que teria esfaqueado o morador, um alemão, e desconectado a mangueira do aquecedor propositalmente, colocando em risco a vida de centenas de moradores do prédio.

Para esta gente a vida não tem valor

Casos de assalto com vítimas sendo esfaqueadas estão se tornando uma triste rotina aqui no Rio e os ataques estão acontecendo nas zonas Central e Sul, em locais muito procurados por turistas. A atitude dos delinquentes denota uma total desconsideração com a vida e a dignidade das vítimas. A violência é desmedida e parece ser motivada pelo simples desejo de matar. Mas o que mais me chamou a atenção nesta semana é o fato dos assaltantes pedestres agirem no varejo, fazendo uma vítima de cada vez, e o invasor do prédio partir para o atacado, mandando para o ar a vida dos ocupantes dos 72 apartamentos que foram inutilizados! Ou seja, nem dentro de casa, num condomínio de luxo, teoricamente protegido, o morador ou turista pode se sentir seguro, uma vez que a vida de todos pode estar nas mãos de um facínora infiltrado num canto qualquer do lugar onde você mora. Para esta gente a vida não tem valor.

Feito o desabafo e dado o aviso. Vamos continuar escrevendo dentro dos preceitos de coerência e compromisso com a verdade que sempre nortearam nossas publicações, mas talvez sem aquele tom de otimismo quando o assunto for a cidade do Rio de Janeiro.

Matérias citadas:


Alemão ferido em explosão pode ter sido assaltado ou tentado se matar. G1, 19 de maio de 2015. Disponível em http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/05/alemao-ferido-em-explosao-pode-ter-sido-assaltado-ou-tentado-se-matar.html. Acessado em 20 de maio de 2015.

COSTA, Ana Cláudia, AMORIM, Bruno, RAMALHO, Guilherme. Dos 38 detidos em operação contra suspeitos de assaltos no Aterro, só um ficou preso : grupos que usam parque como quartel-general intimidam pedestres. Para Beltrame, é preciso ‘pensar bem’ ao chamar a polícia. O Globo, 12 de maio de 2015. Disponível em http://oglobo.globo.com/rio/dos-38-detidos-em-operacao-contra-suspeitos-de-assaltos-no-aterro-so-um-ficou-preso-16126595#ixzz3agkzyVjJ. Acessado em 20 de maio de 2015.

CRUZ, Adriana et al. Explosão em prédio de São Conrado foi criminosa, diz vítima. O Dia, 20 de maio de 2015. Disponível em http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-05-20/explosao-em-predio-de-sao-conrado-foi-criminosa-e-apartamento-foi-invadido.html. Acessado em 20 de maio de 2015.

RESENDE, Dayana. Morre ciclista que foi esfaqueado por ladrões enquanto pedalava na Lagoa : médico foi atacado por criminosos, que fugiram com sua bicicleta. O Globo, 20 de maio de 2015. Disponível em http://oglobo.globo.com/rio/morre-ciclista-que-foi-esfaqueado-por-ladroes-enquanto-pedalava-na-lagoa-16209056. Acessado em 20 de maio de 2015.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Trilha do Morro da Urca - Rio de Janeiro - RJ

O Morro da Urca é um dos principais cartões postais da cidade do Rio de Janeiro e oferece ao visitante diversas oportunidades de lazer com acesso fácil e baixo custo. Uma combinação pra lá de boa, não é mesmo?

A primeira é desfrutar a paisagem na Praia Vermelha, localizada na base do morro, em cuja faixa de areia os cariocas costumam relaxar e se divertir nos dias de sol. Aqui o mar forma uma enseada com águas calmas, próprias para banho e prática de esportes como stand up padlle, mergulho, vela, entre outros.

A segunda é realizar uma caminhada na Pista Cláudio Coutinho, construída na encosta do morro e com vista para o mar. Turistas, corredores e ciclistas costumam frequentar o local pela qualidade da pista, clima ameno e beleza natural. Além destes, circulam por aqui praticantes de rapel e pescadores, uma vez que a pista dá acesso a paredões de pedra próprios para quem se dedica a praticar escaladas e ao mar, onde é possível pescar.

E a terceira é realizar a famosa Trilha do Morro da Urca, cujo acesso também se dá pela Pista Cláudio Coutinho. O início é bem sinalizado e muito conhecido, de modo que não há como errar.

Cartazes alertam sobre os cuidados necessários durante a realização da trilha.

Veja estas e outras fotos no álbum Trilha do Morro da Urca (clique aqui) em Abaretiba, nossa página no Facebook.

O percurso


A trilha começa no pé do morro e termina na Estação Morro da Urca do bondinho que faz a ligação com o Pão de Açucar. Do marco inicial ao portão de acesso à estação percorre-se 950m em meio a mata fechada. A parte inicial da trilha é a mais íngreme e requer maior cuidado para evitar quedas devido ao desnível das pedras.

Início da trilha do Morro da Urca.

Quem está acostumado a praticar trilha não terá dificuldades em realizar o percurso em torno de 45min, mas se o seu preparo físico não é lá essas coisas programe-se para 01 hora de caminhada, aproximadamente.

Há trechos bem irregulares.

As árvores que circundam a trilha fornecem sombra e aliviam o calor, mas mantém a terra úmida, deixando o solo escorregadio em algumas partes mesmo em dias de sol. Por isso, é indispensável o uso de calçados apropriados. No dia em que realizamos o passeio avistamos diversas pessoas utilzando sandálias tipo havaianas, rasteirinhas e outros tipos de calçados totalmente inadequados. E não esqueça de levar uma garrafinha de água, pois manter-se hidratado é fundamental nestas horas.

Vista do mirante, com bairro da Urca e Aterro do Flamengo ao fundo.

Ao chegar a uma bifurcação na parte plana da trilha vire à esquerda e siga em frente. A dica é dar uma paradinha no mirante que está logo adiante para descansar e aproveitar a vista da Baia de Guanabara.

Pão de Açucar visto da trilha.

Trilha Transcarioca


A Trilha do Morro da Urca é a última etapa do que é considerado a maior trilha urbana do mundo: a Transcarioca, que vai da Barra de Guaratiba ao Morro da Urca. Com uma extensão em torno de 170km, a Transcarioca tem como objetivo assegurar que os parques do Rio sejam ligados por um corredor ecológico que facilite o fluxo das espécies nativas que ali vivem, criar um grupo permanente de apoio a manutenção destes parques e gerar atividade de recreação acessível a toda população.

Sinalização indicativa da Transcarioca.

Em 2014 cerca de 600 voluntários se uniram para demarcar a trilha com o símbolo que a identifica: uma pegada amarela. Quando você vir esta marca, você estará na Transcarioca!

Subir a pé, descer de bonde


A trilha termina na Estação Morro da Urca, onde é possível dar uma boa descansada, curtir a paisagem e desfrutar da infra-estrutura do local, que conta com banheiros, lanchonetes e algumas lojas de conveniências e lembrancinhas.

A partir de agosto de 2015 as regras para uso do bondinho mudaram. Agora é necessário adquirir o ingresso para descida das 16h às 19h30, no Espaço Baía de Guanabara, na praça de alimentação. Os valores dos ingressos são R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

Trilha do Morro da Urca


Onde: acesso pela Pista Cláudio Coutinho, na Praia Vermelha - Rio de Janeiro - RJ.
Como chegar: a região é bem servida de ônibus - prefira o transporte público, pois pode ser difícil estacionar devido ao grande número de visitantes que se dirigem ao bondinho e a Praia Vermelha.
Horário: a pista abre às 08:00 e o portão de acesso à estação fecha impreterivelmente às 18:00.
Entrada franca. Para descer de bondinho é necessário adquirir o ingresso.

Fonte


WIKIPARQUES. Trilha Transcarioca. Disponível em http://www.wikiparques.com/wiki/Trilha_Transcarioca. Acessada em 07 abr. 2014.

quarta-feira, 18 de março de 2015

No estribo : matando a saudade do bonde de Santa Teresa - Rio de Janeiro - RJ

Dia desses, revisitando o acervo de fotografias, encontrei duas breves filmagens realizadas em 2009 de uma visita ao Rio de Janeiro e que foram tomadas durante um passeio de bonde. Na ocasião, era apenas o registro de mais um turista que visitava o bairro de Santa Teresa pendurado no estribo do bondinho, mas hoje são um documento que retrata como era o sistema naquela época e uma forma de matar a saudade enquanto os novos equipamentos não entram em operação. As imagens foram editadas e legendadas para facilitar a visualização.

Gravação feita em abril de 2009 mostra a passagem do bonde sobre os Arcos da Lapa.

Passados mais de três anos do trágico acidente que encerrou a trajetória dos bondes - e apesar das inúmeras promessas feitas pelas autoridades - o transporte ainda não foi retomado. As novas composições já foram entregues e o trecho de trilhos entre a estação central na Rua Senador Dantas e o Curvelo está pronto. Entretanto, até o momento o sistema encontra-se em fase de testes e não há como fornecer uma previsão de normalização uma vez que todas as datas anunciadas não foram respeitadas.

Um dos novos bondes, na Estação da Senador Dantas.

Os bondes atuais mantém o estilo dos anteriores, mas são mais leves e modernos. Espera-se que também sejam mais seguros e que a manutenção seja permanente.

Composições aguardam fim dos testes para entrar em operação.

Enquanto o bonde não vem, o jeito é matar a saudade revendo as cenas de um tempo em que andar pendurado no estribo era só alegria e uma forma de economizar na passagem.