Não é preciso ser estatístico para perceber que houve um significativo aumento na procura por blocos em relação ao ano passado. Este ano, por exemplo, o Bangalafumenga levou ao Aterro do Flamengo em torno de 90.000 pessoas, três vezes mais que no último carnaval. Mesmo blocos de bairro como o Bagunça Meu Coreto e Quem Não Guenta Bebe Água viram a massa de foliões crescer.
Por um lado este crescimento todo é positivo, pois mostra que o carnaval de rua está mais vivo do que nunca. Entretanto, crescimento sem controle pode acarretar sérios problemas, como caos no trânsito, acúmulo de lixo, xixi na rua e por ai vai. E o mais grave, pode descaracterizar agremiações que surgiram justamente para promover o convívio entre os participantes e que são a própria essência do carnaval de rua. Os excessos cometidos por turistas interessados apenas em aproveitar os dias de folia para beber, pular e namorar acabam afastando aqueles que preferem brincar de forma mais equilibrada.
Cariocas da gema e de coração. |
Quem curte o circuito de rua sabe que tradicionalmente estes blocos são o local preferido de famílias que trazem filhos pequenos e de figuras típicas que dão um colorido todo especial à festa. Sem eles, o carnaval certamente não terá a mesma graça.
É o caso de Márcia Bloch, contadora de histórias, que frequenta os blocos da Zona Sul com sua mãe fantasiada de Maria Coça-Coça. Uma brincadeira na qual ela convida as pessoas a "coçarem" a cabeça da Maria com um massageador e quem topa recebe um adesivo redondo no nariz. Ideia simples, divertida e que, a julgar pelo número de narizes adesivados, atrai bastante interessados.
Márcia e sua mãe, a Maria Coça-Coça. |
Tia do Passinho, figura carimbada nas rodas de samba da Praça São Salvador. |
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