sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Especial de Carnaval - Bota a camisinha, bota meu amor

Historicamente o Largo da Carioca sempre foi palco de manifestações dos mais variados tipos, via de regra demonstrando a irreverência do carioca na abordagem de temas os mais variados. Em tempos de carnaval, vale lembrar que já em 1917 Donga gravava, e fazia sucesso, o primeiro samba reconhecido como tal. E na primeira estrofe já se via a referência ao local:
"O Chefe da polícia
Pelo telefone
Mandou me avisar
Que na Carioca
Há uma roleta
Para se jogar..."

Por isto não foi com espanto que, gastando sola por lá, encontrei um ruidoso grupo de agentes de saúde em campanha pela prevenção da AIDS. Muito animados, tratavam o tema com bom humor e alegria, lembrando a todos a importância do uso do preservativo como forma de proteção.


Vale tudo para chamar a atenção sobre a importância do uso da camisinha.

Enquanto o bloco se organizava, uma dupla de humoristas fazia intervenções com o público. Alguns mais corajosos topavam a brincadeira e muitos faziam questão de uma foto para guardar de lembrança.


Apesar da desconfiança, muitos toparam brincar com os humoristas.

Mesmo quem passava apressado dava uma paradinha para acompanhar a performance da dupla. Se o objetivo era chamar a atenção, eles conseguiram.


Dupla chamou a atenção dos passantes no Largo da Carioca.


Apesar da forma divertida utilizada pelos agentes, sempre é bom lembrar que com AIDS não se brinca! Por isto, neste carnaval... bota a camisinha, bota meu amor!!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Candombe - Montevidéo - Uruguai

Antes de chegar a Punta Ballena para conhecer a Casapueblo de Vilaró (clique aqui para saber mais), gastei alguma sola perambulando pelas ruas de Montevidéu, capital do Uruguai. Foi nesta ocasião que conheci o Candombe, uma manifestação cultural típica da região e cujas raízes africanas deixam bem claro suas ligações com o Candomblé brasileiro. Entretanto, é bom esclarecer que o Candombe, pelo menos na atualidade, não possui conotação religiosa.

De forma similar ao que ocorreu com a colônia portuguesa, as colônias espanholas também receberam um significativo contingente de escravos africanos. No Uruguai o processo teve início por volta de 1750 e se intensificou de tal maneira que no ínio do século XIX mais de 50% da população de Montevidéu era constituída por afro-descendentes.

Assim que chegavam, os escravizados eram submetidos a um processo de aniquilamento cultural para que esquecessem suas origens. Desprovidos de tudo, restava-lhes apenas a música, como uma recompensa pelas pesadas tarefas executadas durante o dia e um refúgio contra a nostalgia da terra natal. Da mistura de etnias africanas reunidas nestes encontros musicais nasceu o Candombe no século XVIII. O termo inicialmente designava as danças praticadas pelos negros, posteriormente passou a significar o ritmo musical baseado sobretudo nos tambores. Estas reuniões a céu aberto foram duramente reprimidas durante muito tempo e o Candombe passou a ser executado em lugares fechados, muitas vezes em segredo. Atualmente, é considerado uma representação fundamental da cultura uruguaia e foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Mama Vieja com seu leque, personagem típica do Candombe.


O Candombe moderno é executado por três tipos distintos de tambores (chamados genericamente de tangó ou tambó):
  • tambor piano: é o maior e sua função é dar o som de fundo, como um bumbo;
  • tambor chico: é o menor, seu som agudo dita o ritmo;
  • tambor repique: de tamanho intermediário, serve para dar o tom nas improvisações feitas pelos músicos.
 Um conjunto de tangós é chamado de cuerda. Durante o carnaval uruguaio, formam-se blocos chamados de comparsas, que saem às ruas acompanhados por multidões de dançarinos e populares. O cortejo é conduzido pelo Escobero, em geral um jovem que tem a função de arauto; o mestre dos tambores é conhecido como gramillero, sempre acompanhado de sua mama vieja - uma mulher vestida de trajes coloridos e com um leque à mão.

Fonte

O que é Candombe. CANDOMBE. Disponível em http://www.candombe.com/portuguese.html. Acessado em 27 fev. 2014.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Casapueblo - Punta Ballena - Uruguai

Neste último dia 24 morreu Carlos Páez Vilaró, artista plástico uruguaio de renome internacional. Segundo seu filho, morreu como sempre viveu, em plena atividade e para ele vale, literalmente, a frase "descanse em paz".

Obras de Vilaró expostas na Casapueblo.

Autor de obras nos mais variados suportes e estilos, Vilaró deixa uma herança cultural valiosíssima e um vazio que dificilmente será preenchido. Dentre suas realizações, a mais marcante e monumental é sem dúvida a Casapueblo, uma edificação erguida na encosta de um penhasco em frente ao mar. O próprio artista a definia como uma escultura habitável e dedicou boa parte de sua vida a sua construção.

Tudo começou em 1958 com uma pequena casa de lata destinada a armazenar os materiais que ele ia recolhendo para a futura casa.  Com a ajuda de amigos ergueu "La Pionera", uma estrutura feita com a madeira trazida pelo mar após as tempestades e que eram recolhidas por ele com a ajuda de pescadores. Deixando-se levar pela imaginação e pelos desníveis do terreno, conseguiu uma integração perfeita da construção com a paisagem. Hoje Casapueblo é a maior atração turística do local e conta com museu, hotel e área de visitação aberta ao público. Todos os dias, ao entardecer, é realizada a Cerimônia do Sol, uma espécie de missa ecumênica muito disputada pelos visitantes.


Casapueblo está integrada à paisagem de Punta Ballena.
A melhor descrição do conceito arquitetônico vem do site do artista: o estilo de construção segue uma arquitetura modelada em luta aberta com a linha reta e utiliza o conceito de forno de pão. Carlos Vilaró se inspirou no assador e no homem do campo que se vale do adobe para levantar sua casa. Também se perecebe a influência mediterrânea neste estilo tão particular que caracteriza o mestre uruguaio (1).


Estruturas forma modeladas pelo próprio artista.

Em 2007, enquanto gastava sola em terras uruguaias, tive a oportunidade de conhecer Punta Ballena e, é claro, a Casapueblo. O lugar é no mínimo impressionante e é até difícil imaginar que algo tão mirabolante possa ter saído da cabeça de uma única pessoa. Mas em sendo Vilaró, obviamente é possível. Segundo contam, um dos motivos da obra ser modular é econômico. Como o artista não dispunha de recursos, tinha que interromper o trabalho e aguardar até que a venda de uma nova obra pudesse financiar mais um módulo. Outra curiosidade é que há um caminho conhecido como Ernesto Sábato, cujo trajeto foi traçado pelos operários em suas idas e vindas transportando materiais para a construção.

Vilaró se foi, mas sua obra permanece e a Casapueblo se torna seu legado para o povo de Punta Ballena e para todos nós.

Fonte:

VILARÓ, Carlos Páez. Museo - taller. Disponível em http://carlospaezvilaro.com.uy/nuevo/museo-taller/. Acessado em 26 fev. 2014.




dfsd

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Ilha da Boa Viagem - Niterói - RJ

A Ilha da Boa Viagem localiza-se na baía de Guanabara, na cidade de Niterói, e está ligada ao continente por uma ponte e uma extensa faixa de areia, o que não deixa de ser curioso, uma vez que, por definição, uma ilha é uma porção de terra cercada de água por todos os lados.

Ilha da Boa Viagem, em Niterói.

O primeiro registro conhecido data de 1615 e foi feito pelo holandês Dierick Ruiters. Nos mapas dos séculos  XVII e XVIII, aparece como um ponto de referência para os navegantes, sendo retratada como uma local paradisíaco. Talvez por isto e pelo formato original da praia onde está localizada, também é conhecida como Pérola da Guanabara.

Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem.


Por volta de 1650 tem início a construção de uma igreja em homenagem à Nossa Senhora da Boa Viagem no ponto mais alto da ilha, sendo que as obras só foram concluídas em 1734. É um templo pequeno, mas que forma uma composição harmoniosa com o céu azul e a Baia da Guanabara ao fundo. E é também um sobrevivente, pois já passou por dois incêndios e resistiu a um longo período de abandono. O pátio ao redor é recoberto com cerâmica produzida pelos índios, que foram introduzidos na técnica pelos catequisadores da época.


Vista lateral da igreja.


No início do século XX, a capela passou a ser cuidada pela Sociedade Protetora dos Homens do Mar, que exerceu esta função até 1937, quando a Sociedade a devolveu para a União. Em 2013 passou por uma reforma para receber os peregrinos da Jornada Mundial da Juventude. Atualmente, uma vez ao mês é realizada uma missa aberta à comunidade e esta tem sido a única oportunidade de visitação à ilha.

Um pouco mais abaixo, na face voltada para o interior da Baia, resiste o que sobrou de um antigo fortim, composto por uma bateria de artilhada e que tinha como responsabilidade contribuir para a defesa da entrada da barra: a Bateria de Nossa Senhora da Boa Viagem. Apesar de seu pouco poder de fogo, cruzou tiros com a frota do corsário francês Dugay-Trouin em 1710 e, em 1893, durante a Revolta da Armada, foi a vez de combater contra a Fortaleza de Villegaignon. Encontra-se atualmente em ruínas. Ali funcionou, entre 1840 e 1846, a Escola de Aprendizes Marinheiros.

O Castelo abriga a sede dos Escoteiros do Mar.


Em 1937 foi entregue pela Marinha aos Escoteiros do Mar, sob os cuidados do Almirante Benjamin Sodré, o "Velho Lobo", que passou a ser o Guardião da Ilha. Após a morte do almirante em 1982, sua filha, Maria Pérola Sodré passou a ser a guardiã da ilha. Em 1938 foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e hoje abriga a sede do 4° Grupo de Escoteiros do Mar Gaviões do Mar.

Escadaria que dá acesso à igreja.


O interior da ilha é recortado por várias escadarias e vias de acesso em estado regular de conservação. Algumas subidas são íngremes devido ao relevo do local, mas o grau de dificuldade para subi-las é mínimo.

Vias de acesso foram calçadas com as pedras de lastro dos navios portugueses.


A partir do pátio da igreja é possível compreender o porquê do interesse no domínio da ilha pelos colonizadores. Sua posição estratégica era fundamental para a defesa da barra, mas hoje seu valor reside no ponto de vista privilegiado que se tem da paisagem ao redor, que inclui atrações turísticas do porte do Museu de Arte Contemporânea - MAC, Pão de Açucar, cidade do Rio de Janeiro e a Baia da Guanabara propriamente dita.

Vista do Pão de Açucar a partir da igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem.

Veja mais fotos da Ilha de Boa Viagem em Abaretiba, nossa página no Facebook.

A equipe do Gastando Sola Mundo Afora eteve na Ilha da Boa Viagem acompanhando o guiamento feito pela Expedição Cultura.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Quem Num Guenta Bebe Água - Rio de Janeiro - RJ

Faltando uma semana para o Carnaval, fomos gastar sola correndo atrás do bloco Quem Num Guenta Bebe Água, em Laranjeiras.

A saída do bloco no fim de semana anterior ao Carnaval já é uma tradição e a prova disto é o grande número de foliões que acompanhou o cortejo com muita alegria e criatividade.


Uma multidão se formou para pular ao som das marchinhas.

Esta turma bebe água, mas não perdeu o pique durante o desfile.

Respeita a moça, patente alta, bigode grosso!


Ala das Mulheres Maravilhosas.


Foliões de todas as galáxias vieram prestigiar o bloco.

É de pequeno que se toca o tamborim!

O Quem Num Guenta Bebe Água foi fundado em 2003 e desde então não perdeu a oportunidade de botar o bloco na rua, sempre com um número cada vez maior de seguidores.


Fazendo folia com proteção.
Bateria afinada no ritmo e na coreografia.


Mestre Sala e Porta Estandarte deram show de samba e simpatia.

Fica a  dica de fantatasia nota 10 no quesito economia!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Baia da Guanabara - Rio de Janeiro - RJ


Vista da Baia da Guanabara a partir da Ilha da Boa Viagem, em Niterói.

A Baia da Guanabara é considerada uma das mais belas e abrigadas baias do mundo, com a cidade do Rio de Janeiro em sua margem oeste e Niterói na margem leste. Seu interior é pontilhado de ilhas e ilhotas e em seu contorno há uma série de montanhas - das quais se destacam o Pão de Açucar e o Corcovado.

Guanabara Bay


The Guanabara Bay is considered one of the most beautiful and sheltered bays in the world, with the city of Rio de Janeiro in its western bank and Niteroi on the east. Its interior is dotted with islands and islets and its outline is surrounded by a series of mountains - including the Sugar Loaf and Corcovado.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Plataformas - Baia de Guanabara - RJ

Nem só de belas paisagens é formada a Baia de Guanabara. Enquanto cruzávamos rumo à Niterói, da barca foi possível avistar a intensa atividade que logo cedo se instala nos navios, instalações e plataformas espalhadas em suas águas.

Baia da Guanabara, plataforma e Pão de Açucar.
Boa parte desta atividade é decorrente do setor petrolífero e do transporte de cargas. Os estaleiros localizados em Niterói são responsáveis pela montagem e manutenção de equipamentos marítmos de vários tipos e portes, tais como porta-contêineres, barcos de cruzeiro, petroleiros, plataformas, entre outros. Com o advento do pré-sal, os grandes eventos e a atratividade do porto do Rio, o número de embarcações que transitam pela região aumentou consideravelmente.

Serviços de manutenção movimentam a Baia.
O setor tem atraído investimentos de vulto e contribuído para o crescimento econômico da região, mas os riscos ecológicos decorrentes são bastante elevados. O ecossistema da Baia já se encontra afetado pelo contínuo despejo de esgotos in natura e a despoluição prometida, ao que tudo indica, está cada vez mais distante.

Técnicos sendo içados a bordo de plataforma.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Especial Dia da Tomada de Monte Castelo


No dia 21 de fevereiro de 1945 a Força Expedicionária Brasileira - FEB realizou seu maior feito em solo italiano durante a Segunda Guerra Mundial ao participar decisivamente da batalha de Monte Castelo. O objetivo das tropas aliadas era neutralizar as posições de artilharia alemãs que, graças a sua posição privilegiada, dificultavam o avanço para Bolonha e a Região do Pó. As operações tiveram início em novembro e, após três tentativas, as tropas brasileiras cumpriram com sua missão.


Pracinhas representam Marinha, Exército e Aeronáutica.

Monumento está localizado no Aterro do Flamengo.

O Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, mais conhecido como Monumento aos Pracinhas, foi idealizado pelo Marechal Mascarenhas de Moraes, Comandante da FEB, como forma de manter viva a memória daqueles que perderam suas vidas no cumprimento do dever. Nele repousam os restos mortais de 462 militares mortos em combate, sendo que uma das urnas de mortos não identificados passou a simbolizar o Soldado Desconhecido. No local há também uma exposição permanente com material militar utilizado pelos combatentes no teatro de operações europeu.

A guarda do local é feita de forma compartilhada pelas três armas que se alternam e mensalmente realizam a solenidade conhecida como Rendição Mensal da Guarda.



Placa da Associação dos Ex-Combatentes - Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro, a Associação dos Ex-Combatentes do Brasil tem sua sede na Rua do Lavradio e a visitação é aberta ao público. Nela é possível conhecer um pouco da história da FEB e participar de atividades como cursos e palestras promovidos regularmente.


Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial

Endereço: Av. Infante D. Henrique, 75, Glória, Rio de Janeiro - RJ
Visitação: terça a domingo das 09h00 às 17h00 com estacionamento e bicicletário gratuitos
Entrada franca

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

As marés de Paraty - Paraty - RJ

A cidade de Paraty está localizada no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro e é um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil. Viveu seu ápice político e econômico durante o período colonial, quando foi ponto de escoamento do ouro trazido de Minas Gerais pela Estrada Real. Passados os anos de fausto, sofreu com um longo período de estagnação que, paradoxalmente, serviu para preservar-lhe o casario e a conformação originais.

Localizada a apenas cinco metros de altitude em relação ao nível do mar e entre dois rios, as ruas de seu centro histórico foram projetadas para tirar proveito do movimento das marés como forma natural de remoção dos detritos. É preciso lembrar que naquela época não havia saneamento básico, mesmo nas casas mais abastadas, e as águas servidas eram despejadas diretamente na via pública!

O Grupo é da Terra, mas as ruas são das marés ...

Quem conhece o fenômeno já não se espanta, mas é comum encontrar algum turista desavisado admirado com as ruas tomadas pela água. A dica é não estacionar seu automóvel próximo ao Mercado do Peixe e adjacências.

Elevação do nível da água cria cenas curiosas.

A região do cais tem uma mureta de pedra que fica totalmente submersa durante a maré alta. Ao retornar dos passeios de escuna, os visitantes precisam fazer fila indiana para sair do local.

Para o charreteiro, atravessar o alagamento virou rotina.

O entorno da praça da igreja e a rua do Mercado do Peixe são as mais afetadas pelo fenômeno, que na verdade demonstra a habilidade dos construtores da cidade em aproveitar o refluxo da água em benefício da saúde pública. Aliás, o planejamento urbanístico de Paraty incluiu também a defesa da cidade, com ruas propositadamente curvas, alinhamento de paredes e outros recursos para dificultar a visibilidade dos piratas que a observavam de seus barcos.

Casas foram construídas de modo a evitar entrada da água.

Uma intensa programação cultural movimenta a cidade durante o ano todo, sendo que os eventos mais conhecidos são a Festa Literária Internacional de Paraty - FLIP, em julho, e o Festival da Cachaça em agosto.


The tides of Paraty

The city of Paraty is located on the southern coast of the State of Rio de Janeiro and is one of Brazil's most popular tourist destinations. Had its political and economic peak during the colonial period, when was used to send the gold from Minas Gerais to the RIo de Janeiro city by the sea. After years of pageantry, suffered a long period of stagnation that paradoxically served to preserve his houses and original design.

Located just five feet above sea level and between two rivers, the streets of its historic center were designed to take advantage of the tidal movement as a natural way of removing the debris. One must remember that at that time there was no sanitation, even in the wealthiest households, and wastewater were dumped directly on public roads!

Who knows the phenomenon is no longer surprised by it, but it is common to find some unsuspecting tourist admired taken to the streets by the water . The tip is to not park your car near the Fish Market and vicinity.

The region of the pier has a low stone wall that is completely submerged during high tide. Upon return of the boat tours, visitors need to make single file to exit the place.

The surroundings of the church square and the streets close to the Fish Market are most affected by the phenomenon, which actually demonstrates the ability of builders of the city to use the flow of water for the benefit of public health. Moreover , the urban planning of Paraty also included the defense of the city , with purposely curved streets , alignment of walls and other features to impair visibility of pirates who were watching from their boats .

An intense cultural program moves the city throughout the year, like the Paraty International Literary Festival in July , and Cachaça Festival in August.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O retumbante Rim Bam Bum - Cinelândia - Rio de Janeiro - RJ

Ao que parece está aberta a temporada de artistas de rua no Rio de Janeiro. Desta vez foi o som dos metais e o ribombar do tambor do grupo chileno Rim Bam Bum que fez o povo parar para ver a banda passar na Cinelândia.

Uso de metais cria um belo efeito e dispensa o uso de equipamento de som.

O grupo Rim Bam Bum é uma banda formada por jovens músicos que tem como objetivo instalar a alegria do carnaval através do som dos metais e da percussão. Em seu repertório entram cumbias (estilo popular nascido na Colômbia) e ritmos latino-americanos mesclados com sons ciganos oriundos da Europa. O resultado desta mistura é o conceito de festa que o Rim Bam Bum se esforça em resgatar, buscando a identidade de uma geração que se reencontra com suas raízes.

Saxofones de todos os timbres e para todos os gostos.


Diga-se de passagem que o carnaval chileno é bem diferente do brasileiro, o que torna a proposta do grupo ao mesmo tempo curiosa e intrigante. Os ritmos, fantasias e danças apresentados pouco tem a ver com o samba e o gingado das mulatas brasileiras, mas servem para mostrar o quão rica é a cultura latino-americana em sua diversidade e singularidade.



A fantasia colorida e a coreografia que lembra um pássaro chamou a atenção do público.

A turma do Rim Bam Bum fica no Rio de Janeiro até início de março e fará uma apresentação no Circo Voador, além é claro, de continuar levando cor, alegria e música aonde o povo está.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Botequim Ladeirinha - Santa Teresa - Rio de Janeiro - RJ

Para aqueles que, como nós, curtem gastar sola subindo e descendo as ladeiras de Santa Teresa, aqui vai uma dica gastronômica valiosa: o Botequim Ladeirinha.

Como o nome diz, fica numa ladeira, mas se você está no Largo dos Guimarães é descida e o diminutivo aqui faz sentido. O declive não assusta ninguém. Além disso, o retorno ao Largo vai ser de baterias renovadas.


A rua calma é um convite ao descanso entre uma caminhada e outra.
A localização do Ladeirinha por si só é uma recomendação, pois fica próximo a vários acessos importantes ao bairro numa rua tranquila e de pouco movimento.

César, misto de proprietário e garçom, atende pessoalmente à freguesia.

Outros pontos fortes são a qualidade do atendimento - os clientes são servidos pelo proprietário, o preparo dos pratos (muito bem temperados por sinal), o tamanho generoso das porçoes e o preço.

Um prato bem servido saiu por R$ 18,50. No total, a conta para duas pessoas com refrigerantes incluídos, não chegou a R$ 60,00. Em tempos de Rio $urreal, um exemplo que não pode passar despercebido.

O ambiente é simples e aconchegante.


O bonde presente em toda parte!

As paredes estão repletas de referências aos bondes, verdadeiros ícones do bairro. Infelizmente vai demorar um pouco até que eles retornem aos trilhos. Por isso, já que teremos que esperar, que seja tomando uma cervejinha gelada.

Botequim Ladeirinha

Ladeira do Castro, 215 - Santa Teresa - Rio de Janeiro - RJ
Atende diariamente das 11h00 às 17h00.


Ladeirinha's Bar at Santa Teresa - Rio de Janeiro - RJ


For those who, like us, spend dig soles up and down the hills of Santa Teresa, here's a valuable culinary tip: the Ladeirinha's Bar.

As the name says, is a slope, but if you're at the Guimarães is lowered and the diminutive here makes sense. The slope does not scare anyone. Furthermore, the return will be to the square of renewed batteries.
 
The location of Ladeirinha is a great recommendation because it is close to the main entrance to the neighborhood and is located in a quiet street with little traffic.

Other strengths are the quality of service - customers are served by the owner, the preparation of the dishes (well tempered by the way), the generous portion size and price.

One dish came out well served for $ 4.10. In total, the bill for two with soft drinks included, there was U.S. $ 25.00. In times of excessive pricing due to the FIFA World Cup, an example that can not go unnoticed.
 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Selarón e os Arcos da Lapa - Rio de Janeiro - RJ

Selarón foi um conhecido boêmio e artista plástico chileno que se tornou carioca por opção e adotou a Lapa e seu entorno como destino em sua jornada. Sua obra mais conhecida é a Escadaria Selarón, localizada na Rua Manoel Carneiro, no coração do bairro. Entretanto, existem outros trabalhos seus não tão conhecidos espalhados pela região, os quais, após a morte trágica do artista em janeiro de 2013, encontram-se em estado de verdadeiro abandono.


Painel em azulejo, obra de Selarón.

É o caso destes painéis de azulejos existentes nos Arcos da Lapa, próximos ao início da Ladeira de Santa Teresa. Tanto os painéis quanto o local estão imundos, com lixo, pichações, restos de comida e excrementos humanos se somando para tornar o ambiente deplorável.


Pichaçõe e lixo depreciam o potencial turístico do local.

Parte considerável dos azulejos que compõem as obras caiu, ou foi arrancado. A julgar pelas marcas de fuligem nas paredes é possível dizer que fogões improvisados pelos moradores de rua tenham contribuído para o fato. Seja como for, as obras já se encontram descaracterizadas e correm um sério risco de desaparecer em bem pouco tempo.

Aspecto geral da região é de abandono.
Considerando-se o potencial turistico do local e o projeto de revitalização da Lapa levado a cabo pela iniciativa privada e pelo poder público, é de se perguntar como este pedaço tão importante da história do bairro pode ficar tão esquecido.

Selarón and Arcos da Lapa (Lapa Arches)

Selarón was a well known bohemian and  Chilean artist who has became carioca (native of Rio de Janeiro) by option and adopted Lapa and its surroundings as a destination on your journey. His best known work is the Selarón Staircase, located at Rua Manoel Carneiro, in the heart of the neighborhood. However, there are other works of him not so well known across the region, which, after the tragic death of the artist in January 2013, are in a state of true abandonment.

This is the case of these panels tiles located in Arcos da Lapa, near the beginning of the Slope of Santa Teresa. Both the panels and the location are filthy, with trash, graffiti, food scraps and human excrements making deplorable the place.
Considerable part of the tiles that make up the works fell, or was pulled. Judging from soot marks on the walls, improvised stoves by homeless people have contributed to the fact. Anyway, the works are already impaired and are at serious risk of disappearing in a short time.
Considering the tourist potential of the site and the revitalization project Lapa carried out by the private sector and the government, one wonders how this important piece of neighborhood history can be so forgetful.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Bonde de Santa Teresa, é melhor esperar sentado - Rio de Janeiro - RJ

Em novembro de 2013 fomos gastar sola nas ladeiras de Santa Teresa para verificar como andavam as obras de recuperação da linha de bondes que servia o bairro e que sempre foi uma importante atração turística da cidade (para ver este post, clique aqui). Na época, a boa notícia é que as obras haviam começado, mas passados três meses constatamos que muito pouco foi feito.


Trecho localizado no final dos Arcos da Lapa.

Rua Joaquim Murtinho, próximo a Francisco Muratori

Na verdade, os canteiros de obras estão praticamente no mesmo lugar, só que noutro estágio de trabalho. Na primeira visita estavam removendo os trilhos antigos e agora estão colocando os novos. A julgar pelo ritmo das obras e considerando o fato que os trechos em andamento não representa nem 10% do total a ser feito, pode-se afirmar que não há previsão para retorno do bonde!


Outro trecho da Joaquim Murtinho. Note que apenas um lado da rua está em obras.

Enquanto isto, a população amarga a ausência do bonde e da extrema precariedade do transporte coletivo, pois os ônibus tiveram que ser desviados por não terem espaço na via de acesso. O serviço de van colocado à disposição para servir aos moradores é considerado insuficiente e motivo de muita reclamação, tanto pela pouca disponibilidade, quanto pelo trajeto realizado. Isto sem falar na poeira, barulho e interdição das garagens.


Serviço de van não atende moradores adequadamente.

Conversando com comerciantes da região percebe-se que a insatisfação é geral, pois, como as ruas estreitas de Santa Teresa tornaram-se praticamente intransitáveis, isto afetou a circulação no local, sendo que a baixa frequência de turistas constatada em pleno sábado é apenas mais uma prova disto.

Apesar de manifestações, protestos e cartazes espalhados pelo bairro, as autoridades não tem se mostrado sensíveis aos problemas da região, atitude esta que só tem agravado o clima de insatisfação dos moradores.


Cartazes em diversos idiomas protestam contra a situação.

Santa Teresa quer seu bonde de volta, mas não a qualquer preço. Tomara que em nossa próxima visita tenhamos melhores notícias para dar.

Streetcar of Santa Teresa, is better to seat to wait for it

In November 2013 we were spending soles on the slopes of Santa Teresa went to see how the recovery works of the streetcar line that served the neighborhood and has always been a major tourist attraction of the city (to see this post, click here). At the time, the good news is that the work had begun, but three months later found that very little was done.

In fact, the construction sites are virtually in the same place, just in another stage of work. On the first visit they were removing the old rails and are now putting the new one. Judging by the pace of work and considering the fact that the passages in progress does not represent or 10% of the total to be done, it can be stated that there is no provision for return of the tram!

Meanwhile, the population suffers from the absence of the tram and the extreme precariousness of public transport because buses had to be diverted because they have no space on the access road. The van service made ​​available to serve the residents is considered insufficient and cause a lot of complaint, both by limited availability, like the path performed. Not to mention the dust, noise and closed garages.

Talking with shop owners in the region is perceived that dissatisfaction is general. Due to narrow streets of Santa Teresa became almost impassable the circulation of tourists on the spot, and the low frequency of costumers found in the Saturday is just another proof of this.

Despite demonstrations, protests and posters around the neighborhood, the authorities have not been sympathetic to the problems of the region, this attitude that has only exacerbated the climate of dissatisfaction of the residents.

Santa Teresa wants its tram back, but not at any price. Hopefully on our next visit have better news to report.