Com o passar do tempo esta área verde foi sofrendo significativas mudanças, sendo que a configuração atual data do início do século XX e é resultado de uma reforma realizada em função da visita do Rei de Portugal D. Carlos I. Na ocasião, Afonso Pena, então presidente do Brasil, ordenou a reforma do prédio e seu entorno por considerar que não havia na capital da república um palácio digno para recepcionar tão ilustre visitante.
Vista frontal do jardim. |
Detalhe da fonte, onde se destaca Netuno. |
O projeto do jardim ficou a cargo do paisagista francês Paul Villon. o qual imprimiu ao local uma forte influência de sua terra natal que se traduz em um grande gramado ornado com vasos em terracota, taças metálicas e um chafariz monumental que utiliza a figura de Netuno cercado por um séquito de crianças cavalgando peixes.
Este chafariz é a peça chave no projeto de Villon e se destaca nitidamente na paisagem, formando um belo conjunto com as palmeiras imperiais ao fundo. A execução da peça ficou a cargo da fundição Val d'Osne - também francesa - e seu autor é Gabriel Dubray, autor de fontes em diversos países da Europa.
O Inverno, com as taças ao fundo. |
Em 1920, o jardim sofreu outra grande reforma, desta vez para receber os Reis da Bélgica Alberto e Elizabeth (O mesmo Rei Alberto que veio a falecer logo após sua estada no Palácio, conforme relatado no post anterior, clique aqui para ver). Desta feita a reforma ficou a cargo de Reinaldo Dierberger, paisagista brasileiro. Foi Dierberger o responsável pela inclusão das estátuas em mármore de Carrara, representando as quatro estações do ano. Em 2000 o chafariz de Netuno foi tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, através do Decreto 19.011/2000 e em 2011 uma ampla obra de restauração devolveu o esplendor do Palácio e seu magnífico jardim.
O Outono. Dierberger soube harmonizar a intervenção sobre o jardim com os elementos pré-existentes. |
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